05 fevereiro, 2020

Terapias - Olhando Além

Por Milene Siqueira

Lembro de uma imagem com um prédio caindo e alguém subindo com uma escada onde os degraus eram palavras como florais, massagens e óleos essenciais, remetendo a apoios insuficientes de uma declarada queda - algo assim.

Concordo com a imagem, também acho perigoso quando usamos recursos naturais como apenas socorros emocionais. 
Não que eles não sejam, são e muito. Óleos essenciais, por exemplo, acalmam, equilibram, estimulam. Todo recurso de prática terapêutica é cheio de elementos que contribuem para restabelecer o equilíbrio perdido. Porém, focar no uso com base em paliativos não é muuuiiiito diferente de utilizar a alopatia para doer menos, para anestesiar. E em nada para aprender. Ainda que, sim digamos, que este ou aquele recurso tem o benefício singular da energia vital, orgânica, biocompatível, etc

Aprender implica em paciência, tolerância, construindo bases de fortalecimento e resiliência - e para tanto precisaremos olhar, sem tapar buracos, sem anestésicos. É uma arte que se aperfeiçoa no experienciar. Lidar com nossas emoções de forma não aversiva, não dolorida, mas afetiva, autocompassiva.

Sim! Há momentos que o que temos unicamente a fazer é apagar o incêndio! Mas fora do perigo, precisaríamos olhar num nível bem mais amplo para a condução dos cuidados terapêuticos. Que por base, inclui o equilibrio constante dos elementos em nosso ser. Penso que Hipócrates tinha mesmo razão, quando disse:

"Um banho perfumado e uma massagem aromática, todos os dias, constituem o melhor caminho para se ter o corpo e a mente saudáveis" Hipócrates, século IV a.C.


Bom, sabemos o quanto de dificuldades muitas pessoas encontram em se quer poder se alimentar -  nem digo bem, digo se alimentar! Quem diria o mais... como um banho e massagens aromáticas! A vida urbana dentro do sistema é complicada, adoece.

Mas, imaginando aqui que você esteja um pouco que seja podendo se cuidar... lembre-se que em nível básico os melhores aliados da sanidade como um todo, estão no equilíbrio dos elementos - ar, fogo, água, terra! E seja, por exemplo, indo pro mar, pra cachoeira ou apenas conscientizando-se no banho do chuveiro, faça contato com os elementos naturais a nível grosseiro,físico. E onde eles também estão presentes mas em modo mais sutil - nos óleos essenciais, florais, homeopatia, acupuntura, na dança, e enfim em todas as terapias! 
Na bem da verdade os elementos estão presentes em nós, mas nunca ou raramente tivemos o hábito de acessar a energia deles em nós, então usamos o modo físico através da atenção da consciência e também da energia como ponte.

Segundo, autoconhecimento e conhecimento! Elemento ar incluído aqui também! Importantíssimo para adquirir consciência!

Nenhum recurso ainda que natural, sejam óleos essenciais, cristais, florais, técnicas corporais ou energéticas, nos trarão consciência! Simplesmente porque nossa consciência não pode ser produzida de forma autônoma por algo externo a nós mesmos. Eles podem auxiliar, principamente ajudando a restaurar a harmonia, alterando a vibração e até mesmo formas de comportamento, ou ainda auxiliando uma sutil compreensão,  ampliando assim as possibilidades de consciência. De forma direta eles não nos ensinam, mas teremos acesso a possibilidades mais abertas, disponíveis em aprender, em conscientizar.


O autoconhecimento bem dirigido traz consciência. E consciência costuma doer, mas também nos ampara e ajuda a amparar aos demais ao nosso redor - sendo mais cuidadosos, pacientes, compreensivos com as dores alheias. Ser consciente - trazer lucidez aos nossos processos ajuda demais! Beneficia e resolve muitas questões.

Mas... somente parando por aí, em ter a consciência do porque agimos de tal forma, dos mescanismos de proteção, etc, pode nos deixar estagnados em algumas partes, operando situações e lembranças em rigidez,fixação, dor. Até que, se conduza a um elemento importantíssimo, o espaço! Que compreende visão, abertura, criatividade, sabedoria, amor e compaixão!


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