tag:blogger.com,1999:blog-10635102193150465052024-03-15T18:10:46.130-07:00Sentidos - PsicoAromaMilene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.comBlogger39125tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-69037300005732091522023-07-19T10:53:00.008-07:002023-07-19T10:53:51.896-07:00Raiva, a filha do Medo<p> p<span style="font-family: georgia; white-space-collapse: preserve;">or Milene C. Siqueira</span></p><div data-draftjs-conductor-fragment="{"blocks":[{"key":"4ms9j","text":"por Milene C. Siqueira","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"55v11","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"1s61i","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"d5krl","text":"Raiva, assunto delicado. Só notamos a raiva, similar a um vírus inativo que carregamos e que conforme o ambiente se \"inflame\". E mesmo manifestada, há quem não a reconheça ou a esconda. Afinal, para muitos de nós ficou bem entendido que sentir raiva é muito feio. É \"humanamente\" feio!","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"5fh3r","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"8npfs","text":"Raiva é filha do medo.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"c27jq","text":"Reprimir a raiva é aumentar o medo. Aumentar o medo é ficar cada vez mais refém de uma segurança vendida pelo mercado ou pelos falsos líderes.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"chsil","text":" ","type":"atomic","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[{"offset":0,"length":1,"key":0}],"data":{}},{"key":"4ls7q","text":"Então, por repressão, outro jeito da raiva se manifestar é no ataque silencioso, seja nas doenças físicas, acidentes*, ou na sua forma mais contida e voltada à si mesmo, a depressão. Ou, ainda em formas mais discretas como a irritabilidade ou a fome (a ânsia da mordida)! ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"df1pi","text":"*entenda-se doenças e acidentes não como efeito generalizado. ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":62,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"6enjf","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"cmq1t","text":"Vivenciamos a raiva como a sensação conflitante entre potência (desejo) diante de uma (realidade de) impotência. E desejo é qualquer desejo, inclusive o de que algo não seja revelado, visto. ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"9aqqg","text":"Olhar para a raiva é olhar para os medos, para nossas vulnerabilidades. ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":72,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"f0dur","text":"E se o desejo for esconder a fragilidade, quando alguém tocar na ferida... já sabe: ira! Nesse caso, ser vulnerável, ser água... é o jeito de abrandar as tensões contraídas da raiva e amansar suas labaredas!","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"23pd0","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"dlg3a","text":"O que nos faz reprimir a raiva, se não os julgamentos a seu respeito? O contrário da repressão não é expressão exatamente, é o direito pleno a sentir, sem julgar o sentimento, sem concluir. E é sentindo que nos autorizamos também a sentir plenamente todas as sensações, como o medo natural e o prazer. ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":42,"length":12,"style":"BOLD"},{"offset":143,"length":45,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"anbik","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"2ilms","text":"E sentir a raiva, não é sentir raiva de algo, ou de alguém, ainda que inicialmente pareça isso, mas é usar da experiência para sentir a potência dessa energia ígnea. É permitir que os insights que esse sentimento tem para lhe oferecer emerjam, se forem necessários.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":37,"length":2,"style":"UNDERLINE"},{"offset":49,"length":2,"style":"UNDERLINE"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"91uni","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"8ko0k","text":"Se os julgamentos persistem (e claro que não é tão simples se livrar deles!), a tolerância e a paciência, são os recursos sempre bem-vindos. Principalmente, por estarmos acostumados a projetá-la, seja ao parceiro(a), filhos, políticos, ao time rival do futebol, e até na comida. É a raiva que pode ser socialmente ou em grupos \"justificada\".","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":78,"length":26,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"eb8hv","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"ehrlp","text":"O julgamento justifica e dá alimento a raiva. ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":1,"length":12,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"eu17t","text":"Julgando-se ou não sendo permitido a sentir, reprime-se e alimenta-se o medo.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"aune1","text":"Julgando o outro ou uma situação, alimentamos a violência externa.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"bc1lr","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"935af","text":"Tirando o julgamento ao outro, e principalmente entendendo as necessidades pertinentes, a raiva rapidamente se dissipa. Esse é um processo indicado, mas também delicado, porque podemos direcioná-la a nós somada em culpa e/ou vergonha, dependendo da situação. Afinal, ainda não resvalamos no medo, nas fragilidades. Ou... poderemos tentar escapar por um outro meio, do criativo às drogas, jogos ou meios \"espiritualizados\". E principalmente na fuga espiritual é onde mais alimentamos a sombra - como quem coloca um perfume sem ter tomado banho - o problema é que imaginamos ter escapado do julgamento, mas ignorando estar operando dentro dele, julgando. Julgando que só podemos ser \"bons\" (oposição).","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":643,"length":8,"style":"BOLD"},{"offset":666,"length":3,"style":"BOLD"},{"offset":653,"length":46,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"62msk","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"70it3","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"abu","text":"\"Toda sombra é pequena, do tamanho de uma criança\"","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":50,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"left"}},{"key":"bef8f","text":"","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"fnep2","text":"Sentimos raiva por uma compaixão torta. Sentimos raiva por um desejo intenso por justiça. Justiça originalmente para quem? Para uma parte nossa, em geral, para nossa criança... Precisamos dar voz à ela! Sem julgamento, sem culpa, sem vergonha. E aqui onde moram as crianças caladas, também moram os medos, mora o castigo, os monstros, os abismos... por isso é preciso se reconhecer em território seguro, caminhando de novo nos passos pequenos da sua criança, até se tornarem firmes na terra e saltitantes no ar novamente!","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}}],"entityMap":{"0":{"type":"wix-draft-plugin-image","mutability":"IMMUTABLE","data":{"config":{"alignment":"right","size":"small","showTitle":true,"showDescription":true,"textWrap":"wrap"},"src":{"id":"99c21e_619c1f194b3643ec85ff9fa60b00da0a~mv2.jpg","height":564,"width":564,"original_file_name":"56353de339d175b347dc138a82faa8d7.jpg","file_name":"99c21e_619c1f194b3643ec85ff9fa60b00da0a~mv2.jpg"}}}},"VERSION":"9.11.0"}" style="white-space-collapse: preserve;"><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="26gqp-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="26gqp-0-0"><br /></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="7lm5i-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7lm5i-0-0"><span data-offset-key="7lm5i-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="ebrdh-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="ebrdh-0-0"><span data-offset-key="ebrdh-0-0"><span style="font-family: georgia;">Raiva, assunto delicado. Só notamos a raiva, similar a um vírus inativo que carregamos e que conforme o ambiente se "inflame". E mesmo manifestada, há quem não a reconheça ou a esconda. Afinal, para muitos de nós ficou bem entendido que sentir raiva é muito feio. É "humanamente" feio!</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="t1nl-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="t1nl-0-0"><span data-offset-key="t1nl-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="4m29-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="4m29-0-0"><span data-offset-key="4m29-0-0"><span style="font-family: georgia;">Raiva é filha do medo.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="4pom7-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="4pom7-0-0"><span data-offset-key="4pom7-0-0"><span style="font-family: georgia;">Reprimir a raiva é aumentar o medo. Aumentar o medo é ficar cada vez mais refém de uma segurança vendida pelo mercado ou pelos falsos líderes.</span></span></div></div><figure class="Er4un IyVnW" contenteditable="false" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="18u9p-0-0"><div class="BCdCh _4cG0J crs1V fR-4F CAVxJ _2VbkD f3bms4w UWgVD undefined W7t3M" data-focus="true" role="none" style="cursor: default; position: relative;" width="20"><div class="Q6a5A" data-hook="imageViewer" role="button" tabindex="0"><div class="vBPBf L9OMM f3bms4w" id="new-image635" style="--dim-height: 564; --dim-width: 564;"><wow-image class="S8OAb" data-bg-effect-name="" data-has-ssr-src="" data-image-info="{"containerId":"new-image635","displayMode":"fill","isSEOBot":false,"imageData":{"width":564,"height":564,"uri":"99c21e_619c1f194b3643ec85ff9fa60b00da0a~mv2.jpg","name":"","displayMode":"fill"}}" data-src="https://static.wixstatic.com/media/99c21e_619c1f194b3643ec85ff9fa60b00da0a~mv2.jpg/v1/fill/w_270,h_270,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/99c21e_619c1f194b3643ec85ff9fa60b00da0a~mv2.jpg" id="99c21e_619c1f194b3643ec85ff9fa60b00da0a~mv2.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="" src="https://static.wixstatic.com/media/99c21e_619c1f194b3643ec85ff9fa60b00da0a~mv2.jpg/v1/fill/w_270,h_270,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/99c21e_619c1f194b3643ec85ff9fa60b00da0a~mv2.jpg" style="background: rgb(255, 255, 255); border: 1px solid rgb(238, 238, 238); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.1) 1px 1px 5px; height: 360px; object-fit: cover; padding: 5px; width: 360px;" /></wow-image></div><div></div><div></div></div><div class="_0COSB" data-hook="componentOverlay" draggable="true" role="none"></div></div></figure><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="21hvp-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="21hvp-0-0"><span data-offset-key="21hvp-0-0"><span style="font-family: georgia;">Então, por repressão, outro jeito da raiva se manifestar é no ataque silencioso, seja nas doenças físicas, acidentes*, ou na sua forma mais contida e voltada à si mesmo, a depressão. Ou, ainda em formas mais discretas como a irritabilidade ou a fome (a ânsia da mordida)! </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="fmb5g-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="fmb5g-0-0"><span data-offset-key="fmb5g-0-0" style="font-style: italic;"><span style="font-family: georgia;">*entenda-se doenças e acidentes não como efeito generalizado. </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="7tluo-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7tluo-0-0"><span data-offset-key="7tluo-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="332hs-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="332hs-0-0"><span data-offset-key="332hs-0-0"><span style="font-family: georgia;">Vivenciamos a raiva como a sensação conflitante entre potência (desejo) diante de uma (realidade de) impotência. E desejo é qualquer desejo, inclusive o de que algo não seja revelado, visto. </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="c2nij-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="c2nij-0-0"><span data-offset-key="c2nij-0-0" style="font-weight: bold;"><span style="font-family: georgia;">Olhar para a raiva é olhar para os medos, para nossas vulnerabilidades. </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="frqbm-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="frqbm-0-0"><span data-offset-key="frqbm-0-0"><span style="font-family: georgia;">E se o desejo for esconder a fragilidade, quando alguém tocar na ferida... já sabe: ira! Nesse caso, ser vulnerável, ser água... é o jeito de abrandar as tensões contraídas da raiva e amansar suas labaredas!</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="4vfcd-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="4vfcd-0-0"><span data-offset-key="4vfcd-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="2da2-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="2da2-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="2da2-0-0">O que nos faz reprimir a raiva, se não os </span><span data-offset-key="2da2-0-1" style="font-weight: bold;">julgamentos </span><span data-offset-key="2da2-0-2">a seu respeito? O contrário da repressão não é expressão exatamente, é o direito pleno a </span><span data-offset-key="2da2-0-3" style="font-weight: bold;">sentir, sem julgar o sentimento, sem concluir</span><span data-offset-key="2da2-0-4">. E é sentindo que nos autorizamos também a sentir plenamente todas as sensações, como o medo natural e o prazer. </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="2b5og-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="2b5og-0-0"><span data-offset-key="2b5og-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="7g4sk-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7g4sk-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="7g4sk-0-0">E sentir a raiva, não é sentir raiva </span><span data-offset-key="7g4sk-0-1" style="text-decoration-line: underline;"><span data-text="true">de</span></span><span data-offset-key="7g4sk-0-2"> algo, ou </span><span data-offset-key="7g4sk-0-3" style="text-decoration-line: underline;"><span data-text="true">de</span></span><span data-offset-key="7g4sk-0-4"> alguém, ainda que inicialmente pareça isso, mas é usar da experiência para sentir a potência dessa energia ígnea. É permitir que os insights que esse sentimento tem para lhe oferecer emerjam, se forem necessários.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="fsci7-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="fsci7-0-0"><span data-offset-key="fsci7-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="9969l-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="9969l-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="9969l-0-0">Se os julgamentos persistem (e claro que não é tão simples se livrar deles!), </span><span data-offset-key="9969l-0-1" style="font-weight: bold;">a tolerância e a paciência</span><span data-offset-key="9969l-0-2">, são os recursos sempre bem-vindos. Principalmente, por estarmos acostumados a projetá-la, seja ao parceiro(a), filhos, políticos, ao time rival do futebol, e até na comida. É a raiva que pode ser socialmente ou em grupos "justificada".</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="23n2g-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="23n2g-0-0"><span data-offset-key="23n2g-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="8mmg5-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="8mmg5-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="8mmg5-0-0">O</span><span data-offset-key="8mmg5-0-1" style="font-weight: bold;"> julgamento </span><span data-offset-key="8mmg5-0-2">justifica e dá alimento a raiva. </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="19deh-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="19deh-0-0"><span data-offset-key="19deh-0-0"><span style="font-family: georgia;">Julgando-se ou não sendo permitido a sentir, reprime-se e alimenta-se o medo.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="4ajmf-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="4ajmf-0-0"><span data-offset-key="4ajmf-0-0"><span style="font-family: georgia;">Julgando o outro ou uma situação, alimentamos a violência externa.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="14v3r-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="14v3r-0-0"><span data-offset-key="14v3r-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="a3cc6-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="a3cc6-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="a3cc6-0-0">Tirando o julgamento ao outro, e principalmente entendendo as necessidades pertinentes, a raiva rapidamente se dissipa. Esse é um processo indicado, mas também delicado, porque podemos direcioná-la a nós somada em culpa e/ou vergonha, dependendo da situação. Afinal, ainda não resvalamos no medo, nas fragilidades. Ou... poderemos tentar escapar por um outro meio, do criativo às drogas, jogos ou meios "espiritualizados". E principalmente na fuga espiritual é onde mais alimentamos a sombra - como quem coloca um perfume sem ter tomado banho - o problema é que imaginamos ter escapado do julgamento, mas ignorando estar operando dentro dele, </span><span data-offset-key="a3cc6-0-1" style="font-weight: bold;">julgando</span><span data-offset-key="a3cc6-0-2">. </span><span data-offset-key="a3cc6-0-3" style="font-style: italic;">Julgando que </span><span data-offset-key="a3cc6-0-4" style="font-style: italic; font-weight: bold;">só </span><span data-offset-key="a3cc6-0-5" style="font-style: italic;">podemos ser "bons" (oposição).</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="apuo4-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="apuo4-0-0"><span data-offset-key="apuo4-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="d2auu-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="d2auu-0-0"><span data-offset-key="d2auu-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P x6pUR public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="2o7kj-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="2o7kj-0-0"><span data-offset-key="2o7kj-0-0" style="font-weight: bold;"><span style="font-family: georgia;">"Toda sombra é pequena, do tamanho de uma criança"</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="1imqg-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="1imqg-0-0"><span data-offset-key="1imqg-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="385th-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="385th-0-0" style="background-color: white; color: #666666;"><span data-offset-key="385th-0-0"><span style="font-family: georgia;">Sentimos raiva por uma compaixão torta. Sentimos raiva por um desejo intenso por justiça. Justiça originalmente para quem? Para uma parte nossa, em geral, para nossa criança... Precisamos dar voz à ela! Sem julgamento, sem culpa, sem vergonha. E aqui onde moram as crianças caladas, também moram os medos, mora o castigo, os monstros, os abismos... por isso é preciso se reconhecer em território seguro, caminhando de novo nos passos pequenos da sua criança, até se tornarem firmes na terra e saltitantes no ar novamente!</span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="385th-0-0" style="background-color: white; color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13.2px;"><span data-offset-key="385th-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="385th-0-0" style="background-color: white; color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13.2px;"><span data-offset-key="385th-0-0"><span style="font-family: georgia;">.</span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="385th-0-0" style="background-color: white; color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13.2px;"><span data-offset-key="385th-0-0"><span style="font-family: georgia;">.</span></span></div><div><span data-offset-key="385th-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></span></div></div></div>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-78005178155405717542023-07-17T11:22:00.004-07:002023-07-17T12:38:59.221-07:00Florais Bach<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOBNA2koywyxuRyLhT-sMa09O7OOVSCbqdlO2c-zgrvj_y43TlRnqRMOnXQnSQrqjxm8LjHfKj0F1nDOP7-ew4M29Q3WzD_MC7i5RgwfU-Ix7qnWUMB4C_MNGchABz4iSEUMRw2spgufIubUzrM4EYHM_bLxgmDGDkJJ9fbQzmeBQdHiDjlZ6i1A7moC_5/s960/floraisbach.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOBNA2koywyxuRyLhT-sMa09O7OOVSCbqdlO2c-zgrvj_y43TlRnqRMOnXQnSQrqjxm8LjHfKj0F1nDOP7-ew4M29Q3WzD_MC7i5RgwfU-Ix7qnWUMB4C_MNGchABz4iSEUMRw2spgufIubUzrM4EYHM_bLxgmDGDkJJ9fbQzmeBQdHiDjlZ6i1A7moC_5/w240-h320/floraisbach.jpg" width="240" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgESlrfs51ltUNMDPg1C2V95a142ruFRyPHwzKzw5JPxi6T84FIg2lD14E46f5Po6f9Wro7-Oom1325y1TtVn9qFW0d8gjJ5oOe7yNboKFKA_JvMEmCZNGWN1cTeo3Isu6LzhRjSDsvrdFKz_V4mSAXaPoEsIa5nG6_u2Ryq6IfBEyvHxr6kyOC_gwkgFDE/s752/florais-bach.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="752" data-original-width="564" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgESlrfs51ltUNMDPg1C2V95a142ruFRyPHwzKzw5JPxi6T84FIg2lD14E46f5Po6f9Wro7-Oom1325y1TtVn9qFW0d8gjJ5oOe7yNboKFKA_JvMEmCZNGWN1cTeo3Isu6LzhRjSDsvrdFKz_V4mSAXaPoEsIa5nG6_u2Ryq6IfBEyvHxr6kyOC_gwkgFDE/w240-h320/florais-bach.jpg" width="240" /></a></div> <p></p><p><a href="https://psicoaroma.blogspot.com/2023/07/florais-de-bach-e-terapia-floral.html" target="_blank">Nomes dos Florais</a></p><p><br /></p><p>.</p>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-32109479469075910332023-07-17T11:19:00.009-07:002023-09-22T09:04:27.808-07:00Florais de Bach e Terapia Floral<p><span style="font-family: georgia;">Os Florais atuam de forma vibracional, podendo nos dar apoio em questões agudas. Mas sua função principal é atuar sobre as causas que originam os efeitos, e na psicoterapia tem o valor de agregar a vibração daquilo que precisa ser "aberto" e reconsolidado positivamente nos aspectos da personalidade.</span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;">É um tratamento complementar e não há contra-indicações para interações medicamentosas. </span></p><p class="font_7" style="text-align: center;"><span style="font-family: georgia;"></span><span face="futura-lt-w01-book,futura-lt-w05-book,sans-serif" style="text-align: center;"> </span><span style="font-family: georgia,palatino,book antiqua,palatino linotype,serif; text-align: center;"><span style="font-style: italic;">“Devido às suas vibrações elevadas, certas flores, árvores e arbustos silvestres têm o poder de elevar nossas vibrações humanas e abrir os canais para ouvirmos as mensagens do nosso Eu Espiritual, inundar nossa natureza com a virtude específica de que precisamos e remover de nós a falha que está causando o sofrimento. Elas são capazes, tal como uma bela música, ou algo, gloriosamente enaltecedor que dá inspiração, de elevar nossa natureza e nos aproximar de nossa Alma; com isso, nos trazem a paz e aliviam nossos sofrimentos".</span></span></p><p class="font_7" style="text-align: center;"><span style="font-family: georgia, palatino, "book antiqua", "palatino linotype", serif;"><span style="font-style: italic;"></span></span><span style="font-family: georgia; font-style: italic;">Dr. Edward Bach, 1931</span></p><span style="font-family: georgia;"><br data-cke-eol="1" /></span><div><span style="font-family: georgia;"><br /></span></div><div><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Cuidados com seu floral:</span></div><div><ul class="font_8"><li><p class="font_8"><span style="font-family: georgia;">Não deixar o vidro de uso próximo a eletrodomésticos (televisores, computadores, tablets, celulares e microondas, etc) . Distância mínima recomendada é de 1m.</span></p></li><li><p class="font_8"><span style="font-family: georgia;">Celulares – não é indicado deixar o seu floral próximo a eles. Quando transportado na bolsa, coloque o celular em um compartimento separado ao compartimento do floral e assim que possível mantenha o floral afastado por pelo menos 1m de distância.</span></p></li><li><p class="font_8"><span style="font-family: georgia;">Não deixar em ambientes muito quentes, muito menos sob o Sol.</span></p></li><li><p class="font_8"><span style="font-family: georgia;">Não é necessário guardá-lo na geladeira, somente quando orientado à isso.</span></p></li><li><p class="font_8"><span style="font-family: georgia;">Não encostar a cânula (conta-gotas) nos lábios, língua ou parte interna da boca. Quanto maior a assepsia maior a validade do seu Floral.</span></p></li><li><p class="font_8"><span style="font-family: georgia;">Dê um intervalo de quinze minutos antes ou depois de comer ou escovar os dentes.</span></p></li></ul><div><span style="font-family: georgia;"><br /></span></div></div><div><p class="font_7"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Resumo da essência de cada Floral:</span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">1</span>,<span style="font-weight: bold;">Agrimony:</span> o medo de se ver. Aparenta estar sempre bem para a paz externa, evitando conflitos. Permite a interação com a sua sombra. Internamente ansiosos.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">2.Aspen</span>: o inconsciente "aberto". Medos desconhecidos, profundos, coletivos, ancestrais. Trabalha a sombra materna.</span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"></span><span style="font-family: georgia; font-weight: bold;">3.Beech:</span><span style="font-family: georgia;"> críticos com o outro. Preconceitos. Noção de certo e errado exarcebado.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">4.Centaury:</span> submissos, frágeis, delicados, servis. Não sabem dizer não. </span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">5.Cerato:</span> não confiam em si mesmos, por isso estão sempre querendo a opinião alheia. Não se ouvem. Fica sem direção, por não ouvir a voz do Eu. Trabalha autoconfiança.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">6.Cherry Plum:</span> profundo desespero, que pode se desencadear por uma grande repressão interna. Clareza emocional. Tira as projeções. Floral do autocontrole.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">7.Chestnut Bud:</span> conexão corpo e mente. Repetições. Falta ou lentidão de aprendizado.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">8.Chicory:</span> desapego, corte ao que não serve mais. </span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">9.Clematis: </span>aterrador. Para pessoas sonhadoras e/ou sonolentas. Traz presença.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">10.Crab Apple: </span>o faxineiro dos florais. Gostar de si mesma - mente e físico.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">11.Elm:</span> revitalizante e equilibrante para pessoas que fazem pelo mundo, mas esquecem de si mesmas. </span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"></span><span style="font-family: georgia; font-weight: bold;">12.Gentian:</span><span style="font-family: georgia;"> para os que estão sem Fé, desanimados por causa conhecida.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">13.Gorse: </span>para os que perderam mais que a fé, perderam a esperança. Desistência.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">14.Heather:</span> ansiosos em falar e em ter companhia. Aprender a se comunicar e a ouvir. </span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">15.Holly:</span> amor e aceitação. Dissolve raivas, inveja, ciúmes, desconfiança.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">16.Honeysuckle:</span> nostalgia. Ou associado à outra essência para desligar memória celular relacionada.</span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"></span><span style="font-family: georgia; font-weight: bold;">17.Hornbeam:</span><span style="font-family: georgia;"> estrutura corporal/física - prazer interno - ânimo para a rotina (obrigações).</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">18.Impatiens:</span> trabalha o ritmo interno. Impaciência com a lentidão. </span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">19.Larch:</span> liberdade para a alma. Para se "lançar" de novo, após fracassos. Autoconfiança.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">20.Mimulus: </span>medos conhecidos, timidez.</span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"></span><span style="font-family: georgia; font-weight: bold;">21.Mustard:</span><span style="font-family: georgia;"> depressão profunda. Estado cíclico. Traz fé e vontade.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">22.Oak: </span>rígidos. Fazem demais para os outros.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">23.Olive: </span>restaurador. Fadiga mental e esgotamento físico.<span style="font-weight: bold;"> </span>Ânimo<span style="font-weight: bold;"> </span>e energia.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">24.Pine:</span> culpa pelos seus atos; autocondenação. </span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">25.Red Chestnut:</span> trabalha a relação com o outro, dentro e fora de nós. Entes queridos.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">26.Rock Rose:</span> trabalha a coragem heroica, medos, pânicos, enfrentamento, entrega.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">27.Rock Water: </span>perfeccionistas, rígidos com eles mesmos. Aprender a ter mais jogo de cintura.</span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia; font-weight: bold;">28.Scleranthus: </span><span style="font-family: georgia;">integridade de Ser. Não oscilar.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">29.Star of Bethlehem: </span>traumas físicos e emocionais.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">30.Sweet Chestnut:</span> grande desespero. Dá entendimento para as tristezas vividas ou passadas.</span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"></span><span style="font-family: georgia; font-weight: bold;">31.Vervain:</span><span style="font-family: georgia;"> pessoas eufóricas, e que querem convencer os outros.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnLQd0VJVL0w5nkAlP2wOgomt5AgZlu0QevL5o75euPQ_NpeFHATDyrnH92yHc_2VXUm9lEFQ2PtsylLvsFMQTbpqA_qRvF8_ThVBRObFZnfu4TDpfujlxWNOdz3GVrd6ckqm8bskbWo4TSCi-9CeWBwS7LVKXRLiHncyGg3MrNHtcUuYxP0Zfn1hZer5v/s564/f132bb56ad5c7903b24b65c0f3727058%20(1).jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="564" data-original-width="564" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnLQd0VJVL0w5nkAlP2wOgomt5AgZlu0QevL5o75euPQ_NpeFHATDyrnH92yHc_2VXUm9lEFQ2PtsylLvsFMQTbpqA_qRvF8_ThVBRObFZnfu4TDpfujlxWNOdz3GVrd6ckqm8bskbWo4TSCi-9CeWBwS7LVKXRLiHncyGg3MrNHtcUuYxP0Zfn1hZer5v/w200-h200/f132bb56ad5c7903b24b65c0f3727058%20(1).jpg" width="200" /></a></div><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">32.Vine:</span> pessoas autoritárias que impõem aos outros o que fazer.</span><span style="font-family: georgia;"></span><p></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">33.Walnut: </span>fases de mudanças, delimitar a individualidade em pessoas sensíveis.</span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">34.Water Violet: </span>conviver, compartilhar, doar-se aos outros, ao coletivo. Sociabilizar.</span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">35.White Chestnut: </span>romper pensamentos preocupantes e obsessivos. </span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">36.Wild Oat: </span>direciona; traz propósito e comprometimento.</span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">37.Wild Rose: </span>conexões com o feminino/anima, amor próprio, para estados apáticos.</span><span style="font-family: georgia; font-weight: bold;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">38.Willow:</span> para as "vítimas do destino", dissolve mágoas.</span><span style="font-family: georgia;"></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><span style="font-weight: bold;">39.Rescue:</span> floral emergencial.</span></p><p class="font_7"></p><br /><span style="font-family: georgia;"><br /></span><p></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></p><p class="font_7"><span style="font-family: georgia;">.</span></p></div>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-83519248775564280892023-07-17T10:27:00.010-07:002023-08-01T17:04:27.454-07:00Lista de Necessidades Universais<p><span style="font-family: courier;"><a href="https://www.institutocnvb.com.br/copy-of-materiais" target="_blank"></a></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: courier;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicmtQd-UgtTH0EW7LnChDPWTkSkcOp0B0QE6Uqih6YUYZ8W9fiSaAwNS-772kI0fM0LVZmy6WqN-LQKwFHKsOlxQlnTNIhxZm4qpQxXiJU-xVUzRxgF1iAB3_WBYDzSpFTJriEi_f1xIT8BCBQwyPpw8nxQwuezwW8_RTFFCV864AOspV57098jdS0_KgJ/s588/cnv.PNG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="546" data-original-width="588" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicmtQd-UgtTH0EW7LnChDPWTkSkcOp0B0QE6Uqih6YUYZ8W9fiSaAwNS-772kI0fM0LVZmy6WqN-LQKwFHKsOlxQlnTNIhxZm4qpQxXiJU-xVUzRxgF1iAB3_WBYDzSpFTJriEi_f1xIT8BCBQwyPpw8nxQwuezwW8_RTFFCV864AOspV57098jdS0_KgJ/s16000/cnv.PNG" /></a></span></div><span style="font-family: courier;"><br /><br /></span><p></p><p><span style="font-family: georgia;"><span>Fonte: <a href="https://www.institutocnvb.com.br/copy-of-materiais" target="_blank">CNV - Link de PDF</a> - </span><a href="https://www.institutocnvb.com.br/copy-of-materiais" target="_blank">Lista de Necessidades </a></span></p><p><span style="font-family: georgia;">____________</span></p><p><span style="font-family: georgia;"><br /></span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: medium;"><i><u>Necessidades/qualidades de acordo com cada Energia/Elemento:</u></i></span></p><p><span style="font-family: georgia;"><br /></span></p><p><span style="font-family: georgia;">- <b>Terra</b> - confiança, segurança, apoio,amparo, tranquilidade, propósito, estabilidade, saúde físiológica, nutrição.</span></p><p><span style="font-family: georgia;">- <b>Água</b> - relaxamento, conforto, adaptação, afeto, relações, flexibilidade, paz, bem-estar consigo e com os outros.</span></p><p><span style="font-family: georgia;">- <b>Fogo</b> - interesse, criatividade, satisfação, discernimento, celebração, ânimo, expressão, autenticidade, liderança, conexão espiritual.</span></p><p><span style="font-family: georgia;">- <b>Ar</b> - movimento, expansão, leveza, humor, diversão, descontração, arte, harmonia, mudança.</span></p><p><span style="font-family: georgia;">- <b>Éter/Espaço</b> - atenção, vivacidade, liberdade, clareza, sabedoria, compaixão.</span></p><p><br /></p><p>(Elemente-se:<a href="https://elementese.blogspot.com/2021/09/percurso.html?q=percurso" target="_blank"> https://elementese.blogspot.com/2021/09/percurso.html?q=percurso</a>)</p><p><br /></p><p><span style="font-family: georgia;">.</span></p>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-85680398098655777752023-07-17T10:11:00.008-07:002023-07-17T10:27:50.864-07:00A Canseira do Amor Próprio<p><span style="font-family: georgia; white-space-collapse: preserve;">Milene C Siqueira</span></p><p><span style="font-family: georgia; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></p><p><span style="font-family: georgia; white-space-collapse: preserve;">Eu não sei você, mas eu ando bem cansada desse blá blá blá de amor próprio. De que você só será capaz de amar o outro quando amar a si mesma. Isso na verdade parece é muito mais inatingível, desesperador e autocentrado.</span></p><div data-draftjs-conductor-fragment="{"blocks":[{"key":"b1ctv","text":"Também pode ser ouvido via Podcast ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":27,"length":7,"style":"UNDERLINE"}],"entityRanges":[{"offset":27,"length":7,"key":0}],"data":{"dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"},"textAlignment":"justify"}},{"key":"f0289","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"1mes2","text":"Eu não sei você, mas eu ando bem cansada desse blá blá blá de amor próprio. De que você só será capaz de amar o outro quando amar a si mesma. Isso na verdade parece é muito mais inatingível, desesperador e autocentrado.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"bksm2","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"},"textAlignment":"justify"}},{"key":"7qa67","text":"E na real, acho que o que a gente queria mesmo, do fundo do coração, era a simplicidade de sempre amar e ser amada!","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"5l7fv","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"},"textAlignment":"justify"}},{"key":"cc2g9","text":"Mas não tem o pra sempre né? Tudo é impermanente e tá ok. ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"9nmv2","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"},"textAlignment":"justify"}},{"key":"852s1","text":"Além dessa ser a complexa dinâmica afetiva que envolve toda nossa vida, aqui tem também um x da questão. Enquanto o desejo realizado de ser amada nos blinda com um afeto gratuito ou retribuído, ele é em especial um porto seguro, um contentamento para a nossa criança. E tudo bem, porque nem por isso é menos importante, e preenche ou apazigua necessidades que validam a nossa primeira infância, onde a idealização era receber todo amor a experienciar, sendo amado/amada.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"92tof","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"},"textAlignment":"justify"}},{"key":"8tl4v","text":"Já o amar é o território do amadurecimento, é quando o amor que se dá não visa retribuição. É quando percebemos que o amar é a própria gratificação do amor. Porém, em relacionamentos de casais, amar precisa ser o propósito em comum, ainda que não tão iguais, onde horas vamos amar mais que ser amados e vice-versa. Mas, é a permanência no propósito que dará continuidade, e assim a possibilidade de que tambem dentro do relacionamento hajam curas.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"3v4g2","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"},"textAlignment":"justify"}},{"key":"47rvl","text":"Fato é que, quem ama nesse nível de maturidade será inevitavelmente amado.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"5f0to","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"},"textAlignment":"justify"}},{"key":"872ol","text":"Byron Katie, a idealizadora do The Work, fala sobre amor próprio como uma prática de conexão, nós nos conectamos com o nosso amor ao pensar ou estar com o outro, e também ao lavar a nossa louça, escovar os dentes... quando em tudo aquilo que fazemos colocamos conexão afetiva... estamos então praticando, segundo a Katie, o “amor próprio”, ou melhor, o amor que nos é próprio. E conexão é como se define também autocompaixão, onde além de nós, vamos sempre incluir o outro, seja por forma ativa ou em aspiração.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"vs6h","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"},"textAlignment":"justify"}},{"key":"2t25l","text":"Agora... pensar em fazer algo para lhe conferir amor próprio, como a tal autoestima é mais difundida, é mero efeito cosmético... embora tenha o seu valor estético é isso, coloque água e sabão e mais cedo ou mais tarde, vai emborar! Autoestima é hoje sinônimo de consumo para o mercado, porque você sempre vai achar que precisa fazer algo, ou seja, que precisa consumir, para imaginar-se aceita. E não é apenas a estética em si, mas todo tipo de milagres à venda. E em toda essa dinâmica da autoestima mercadológica, claro que tem muito da nossa cultura capitalista.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"64uui","text":"E por mais que a gente saiba da importância de todas as formas amorosas de autocuidado e fale da beleza do amor próprio, a verdade é que nem sempre a gente tá disposta ou sente-se capaz de acessar esse auto amor... se fosse fácil, boa parte dos problemas do mundo estariam resolvidos.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":215,"length":69,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"7sag2","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"},"textAlignment":"justify"}},{"key":"4g54e","text":"Por baixo de toda dificuldade moram traumas, dores, que todos nós temos, e que podem impedir que esse nosso ser habitual, egóico e identificado, desfrute do amor próprio, de dar-se o cuidado e o amor que ele não pôde reconhecer - porque em meio ao dito “amor”, haviam tantas outras sensações... tristezas, raivas, frustrações, indignações, abusos, brigas, solidão, interesses... então o que era, o que é o amor?","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":227,"style":"BOLD"},{"offset":379,"length":32,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"evij5","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"},"textAlignment":"justify"}},{"key":"6akr5","text":"Investigar, descongelar cenas, discernir a confusão, olhar com amplidão e compassividade, acessar a sabedoria dos mananciais afetivos, são possibilidades em dar passos rumo à integração dos nossos afetos.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"9uq4u","text":" ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}}],"entityMap":{"0":{"type":"LINK","mutability":"MUTABLE","data":{"url":"https://www.sentidospsico.com/podcast-1","target":"_blank","rel":""}}},"VERSION":"9.11.0"}" style="white-space-collapse: preserve;"><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="b3pt8-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="b3pt8-0-0"><span data-offset-key="b3pt8-0-0"><span style="font-family: georgia;">E na real, acho que o que a gente queria mesmo, do fundo do coração, era a simplicidade de sempre amar e ser amada!</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="9rie3-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="9rie3-0-0"><span data-offset-key="9rie3-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="a05n3-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="a05n3-0-0"><span data-offset-key="a05n3-0-0"><span style="font-family: georgia;">Mas não tem o pra sempre né? Tudo é impermanente e tá ok. </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="aufj5-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="aufj5-0-0"><span data-offset-key="aufj5-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="50sja-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="50sja-0-0"><span data-offset-key="50sja-0-0"><span style="font-family: georgia;">Além dessa ser a complexa dinâmica afetiva que envolve toda nossa vida, aqui tem também um x da questão. Enquanto o desejo realizado de ser amada nos blinda com um afeto gratuito ou retribuído, ele é em especial um porto seguro, um contentamento para a nossa criança. E tudo bem, porque nem por isso é menos importante, e preenche ou apazigua necessidades que validam a nossa primeira infância, onde a idealização era receber todo amor a experienciar, sendo amado/amada.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="es2t1-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="es2t1-0-0"><span data-offset-key="es2t1-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="8tfe2-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="8tfe2-0-0"><span data-offset-key="8tfe2-0-0"><span style="font-family: georgia;">Já o amar é o território do amadurecimento, é quando o amor que se dá não visa retribuição. É quando percebemos que o amar é a própria gratificação do amor. Porém, em relacionamentos de casais, amar precisa ser o propósito em comum, ainda que não tão iguais, onde horas vamos amar mais que ser amados e vice-versa. Mas, é a permanência no propósito que dará continuidade, e assim a possibilidade de que tambem dentro do relacionamento hajam curas.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="7222a-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7222a-0-0"><span data-offset-key="7222a-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="4omjb-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="4omjb-0-0"><span data-offset-key="4omjb-0-0"><span style="font-family: georgia;">Fato é que, quem ama nesse nível de maturidade será inevitavelmente amado.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="e2ckc-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="e2ckc-0-0"><span data-offset-key="e2ckc-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="8a7pk-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="8a7pk-0-0"><span data-offset-key="8a7pk-0-0"><span style="font-family: georgia;">Byron Katie, a idealizadora do The Work, fala sobre amor próprio como uma prática de conexão, nós nos conectamos com o nosso amor ao pensar ou estar com o outro, e também ao lavar a nossa louça, escovar os dentes... quando em tudo aquilo que fazemos colocamos conexão afetiva... estamos então praticando, segundo a Katie, o “amor próprio”, ou melhor, o amor que nos é próprio. E conexão é como se define também autocompaixão, onde além de nós, vamos sempre incluir o outro, seja por forma ativa ou em aspiração.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="d402l-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="d402l-0-0"><span data-offset-key="d402l-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="1mcg7-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="1mcg7-0-0"><span data-offset-key="1mcg7-0-0"><span style="font-family: georgia;">Agora... pensar em fazer algo para lhe conferir amor próprio, como a tal autoestima é mais difundida, é mero efeito cosmético... embora tenha o seu valor estético é isso, coloque água e sabão e mais cedo ou mais tarde, vai emborar! Autoestima é hoje sinônimo de consumo para o mercado, porque você sempre vai achar que precisa fazer algo, ou seja, que precisa consumir, para imaginar-se aceita. E não é apenas a estética em si, mas todo tipo de milagres à venda. E em toda essa dinâmica da autoestima mercadológica, claro que tem muito da nossa cultura capitalista.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="c1bnb-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="c1bnb-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="c1bnb-0-0">E por mais que a gente saiba da importância de todas as formas amorosas de autocuidado e fale da beleza do amor próprio, a verdade é que nem sempre a gente tá disposta ou sente-se capaz de acessar esse auto amor... </span><span data-offset-key="c1bnb-0-1" style="font-weight: bold;">se fosse fácil, boa parte dos problemas do mundo estariam resolvidos.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="8t4lq-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="8t4lq-0-0"><span data-offset-key="8t4lq-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="4scuh-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="4scuh-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="4scuh-0-0" style="font-weight: bold;">Por baixo de toda dificuldade moram traumas, dores, que todos nós temos, e que podem impedir que esse nosso ser habitual, egóico e identificado, desfrute do amor próprio, de dar-se o cuidado e o amor que ele não pôde reconhecer</span><span data-offset-key="4scuh-0-1"> - porque em meio ao dito “amor”, haviam tantas outras sensações... tristezas, raivas, frustrações, indignações, abusos, brigas, solidão, interesses... </span><span data-offset-key="4scuh-0-2" style="font-weight: bold;">então o que era, o que é o amor?</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="r0fh-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="r0fh-0-0"><span data-offset-key="r0fh-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="3k4u1-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="3k4u1-0-0"><span data-offset-key="3k4u1-0-0"><span style="font-family: georgia;">Investigar, descongelar cenas, discernir a confusão, olhar com amplidão e compassividade, acessar a sabedoria dos mananciais afetivos, são possibilidades em dar passos rumo à integração dos nossos afetos.</span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="3k4u1-0-0"><span data-offset-key="3k4u1-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="3k4u1-0-0"><span data-offset-key="3k4u1-0-0"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMfzyG5Y7H5_merXtyAeJfzHTiLfEXQicBVzESajJJ2Bv3wWObF1ilU9wsdHLtnWwDAHZyWjSBP5DTzLoISBL8VPFUwjRMPEpl18520LFYK4lGKAX9dGdCtV_P2eAbZgynqgt7NUlUArbrmf_IJ7AgbzP69BZ_bf3RP4QU9W4QueGcEK-M1uMFlSw6tcFq/s320/e4eba6912b2dee2f6948f3ae87fbcf3f%20(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="267" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMfzyG5Y7H5_merXtyAeJfzHTiLfEXQicBVzESajJJ2Bv3wWObF1ilU9wsdHLtnWwDAHZyWjSBP5DTzLoISBL8VPFUwjRMPEpl18520LFYK4lGKAX9dGdCtV_P2eAbZgynqgt7NUlUArbrmf_IJ7AgbzP69BZ_bf3RP4QU9W4QueGcEK-M1uMFlSw6tcFq/s1600/e4eba6912b2dee2f6948f3ae87fbcf3f%20(1).jpg" width="267" /></a></div><br /><span style="font-family: georgia;"><br /></span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="3k4u1-0-0"><span data-offset-key="3k4u1-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="3k4u1-0-0"><span data-offset-key="3k4u1-0-0"><span style="font-family: georgia;">.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="8p5n9-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="8p5n9-0-0"><span data-offset-key="8p5n9-0-0"> </span></div></div></div>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-76511245883753714682023-07-17T10:10:00.003-07:002023-07-19T06:31:44.540-07:00Apenas Humanos<p><span style="font-family: georgia;">S<span style="white-space-collapse: preserve;">omos apenas humanos. Estamos fazendo o melhor que podemos. Precisamos da auto-compreensão e auto-perdão que fluem a partir daí.</span></span></p><div data-draftjs-conductor-fragment="{"blocks":[{"key":"7r1pm","text":"omos apenas humanos. Estamos fazendo o melhor que podemos. Precisamos da auto-compreensão e auto-perdão que fluem a partir daí.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"9trki","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"3k0ip","text":"Marshall Rosenberg, o fundador da “Comunicação não violenta” (CNV), teve o seguinte insight: “Um importante aspecto da auto-compaixão é ser capaz de, com empatia, abordar as duas partes de nós mesmos: a parte que se arrepende de uma ação passada e o eu que cometeu a ação em primeiro lugar.”","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"49lhj","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"80gpn","text":"Quando nos julgamos rudemente e nos recusamos a nos perdoar por algo que fizemos, essencialmente estamos atacando a parte de nós que cometeu o ato — é “parte” de nós no sentido de que havia razões para termos feito algo que, de modo consciente ou inconsciente, significava algo para nós. Nossa mente julgadora, que odeia a si mesma, iria condenar os motivos “ruins”, mas na verdade são apenas motivos humanos.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"5j08t","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"dcjjg","text":"Ou então, nossa estratégia pode ser tentar amputar essa parte de nós, junto com seus motivos, negando que existam (“simplesmente, não vou pensar sobre isso”, ou “não sou o tipo de pessoa que faz essas coisas”). De qualquer modo, estamos em guerra com um parte de nós mesmos, desconectados dela, e não há esperança de compreensão ou reconciliação enquanto a guerra durar. Sem compreender nosso eu (inteiro), não podemos aceitar nosso eu (inteiro), e sem compreender e aceitar, não podemos aprender com nossos erros.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"7nskh","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"31u9r","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"r1vu","text":"~Thupten Jinpa","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}}],"entityMap":{},"VERSION":"9.11.0"}" style="white-space-collapse: preserve;"><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="4t2im-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="4t2im-0-0"><span style="font-family: georgia;">Marshall Rosenberg, o fundador da “Comunicação não violenta” (CNV), teve o seguinte insight: “Um importante aspecto da auto-compaixão é ser capaz de, com empatia, abordar as duas partes de nós mesmos: a parte que se arrepende de uma ação passada e o eu que cometeu a ação em primeiro lugar.”</span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="cass-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="cass-0-0"><span data-offset-key="cass-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="5aps2-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="5aps2-0-0"><span data-offset-key="5aps2-0-0"><span style="font-family: georgia;">Quando nos julgamos rudemente e nos recusamos a nos perdoar por algo que fizemos, essencialmente estamos atacando a parte de nós que cometeu o ato — é “parte” de nós no sentido de que havia razões para termos feito algo que, de modo consciente ou inconsciente, significava algo para nós. Nossa mente julgadora, que odeia a si mesma, iria condenar os motivos “ruins”, mas na verdade são apenas motivos humanos.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="6r6mm-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="6r6mm-0-0"><span data-offset-key="6r6mm-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="4jqio-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="4jqio-0-0"><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmVsIIT24AMhOJhd5C4WROXq1EjsXLwqbdw2iOjL3G7s6BnlDSdOqKB9--obCqqrxLMsdQkVZsiV6M4qgu0I3KOT5wekY0OPMHiKA1uii03rAcW5TBQ98GgMhOUl8BUH3tu1OaOCJe33wyB6eM8U7YvD_rk2syoaxy-fubkzoXgCISHXx6Jdgjx8_CQr_2/s543/88ae2915bfc34fa40453218493f556f2%20(1).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="543" data-original-width="400" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmVsIIT24AMhOJhd5C4WROXq1EjsXLwqbdw2iOjL3G7s6BnlDSdOqKB9--obCqqrxLMsdQkVZsiV6M4qgu0I3KOT5wekY0OPMHiKA1uii03rAcW5TBQ98GgMhOUl8BUH3tu1OaOCJe33wyB6eM8U7YvD_rk2syoaxy-fubkzoXgCISHXx6Jdgjx8_CQr_2/w148-h200/88ae2915bfc34fa40453218493f556f2%20(1).jpg" width="148" /></a></div><span data-offset-key="4jqio-0-0"><span style="font-family: georgia;">Ou então, nossa estratégia pode ser tentar amputar essa parte de nós, junto com seus motivos, negando que existam (“simplesmente, não vou pensar sobre isso”, ou “não sou o tipo de pessoa que faz essas coisas”). De qualquer modo, estamos em guerra com um parte de nós mesmos, desconectados dela, e não há esperança de compreensão ou reconciliação enquanto a guerra durar. Sem compreender nosso eu (inteiro), não podemos aceitar nosso eu (inteiro), e sem compreender e aceitar, não podemos aprender com nossos erros.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="f9jeb-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="f9jeb-0-0"><span data-offset-key="f9jeb-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="bmko8-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="bmko8-0-0"><span data-offset-key="bmko8-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="8b348-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="8b348-0-0"><span data-offset-key="8b348-0-0"><span style="font-family: georgia;">~Thupten Jinpa</span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="8b348-0-0"><span data-offset-key="8b348-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="8b348-0-0"><span data-offset-key="8b348-0-0"><br /><span style="font-family: georgia;"><br /></span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="8b348-0-0"><span data-offset-key="8b348-0-0"><span style="font-family: courier;"><br /></span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="8b348-0-0"><span data-offset-key="8b348-0-0"><span style="font-family: courier;">.</span></span></div></div></div>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-69356733173811843542023-07-17T10:08:00.002-07:002023-07-19T06:33:01.320-07:00Brutalidade, emoções contidas e medo de ser livre<p><span style="font-family: georgia;"> <span style="white-space-collapse: preserve;">por Kátia Marko</span></span></p><div data-draftjs-conductor-fragment="{"blocks":[{"key":"7de9b","text":"por Kátia Marko","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"29fnj","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"ehcsh","text":"Violência social resulta frequentemente de prazeres frustrados e raiva reprimida. Só quem recupera a liberdade é capaz de transformar o mundo.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":142,"style":"{\"FG\":\"#333333\"}"},{"offset":0,"length":142,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"8q1t6","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"4h0ng","text":"Somos todos violentos. Podemos não reconhecer isso. Acreditamos não ser violentos porque não matamos, roubamos, batemos ou quebramos. Mas se olharmos com mais atenção, vamos perceber que a violência passiva, ou seja, de natureza emocional, faz parte do nosso dia a dia. E é ela que alimenta a fornalha da violência física. Atitudes egocêntricas, egoístas, manipuladoras, maliciosas, gananciosas, odientas, preconceituosas, suspeitosas e agressivas, muitas vezes, ferem e deixam marcas mais profundas.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"1s5tv","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"8fqm5","text":"É comum ouvirmos as pessoas dizerem: “Este é um mundo cruel, e, se a gente quer sobreviver, também tem de ser cruel”. Então, vamos continuar a educar para o ódio. Para afastar e, quem sabe, eliminar os que são “diferentes”. Sim, é isso que estamos fazendo. Estamos todos esperando que os outros mudem primeiro. Tudo que fazemos é condicionado por motivações egoístas: “Que vantagem eu levo nisso?”. Claro que eu sei que muitas pessoas estão buscando outros caminhos, mas de alguma forma estamos sendo coniventes com essa visão que ganha força no mundo. O conservadorismo está vencendo. Por que temos medo de avançar na garantia dos direitos humanos? Podemos pensar em vários motivos, políticos, sociais, econômicos, culturais, mas quero entrar mais profundamente na esfera emocional, na forma como lidamos com nossos sentimentos, principalmente, a raiva, desde a infância.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":118,"length":192,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"auj5m","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"aht7t","text":"Num seminário em sua casa, em 1945, Wilhelm Reich declarou que a personalidade neurótica só se desenvolve quando a capacidade de uma criança de expressar raiva por um insulto à sua personalidade é bloqueada. Ele ressaltou que, quando o ato de ir em busca do prazer é frustrado, ocorre uma retração do impulso, criando uma perda de integridade no corpo. Essa integridade pode ser restaurada apenas através da mobilização da energia agressiva e sua expressão como raiva. Isso restabeleceria os limites naturais do organismo e sua capacidade de ir em busca do novo.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":63,"length":144,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"ejdfb","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"etbp3","text":"O médico Alexander Lowen, discípulo de Reich e autor da Terapia Bioenergética, afirma que se um indivíduo é incapaz de ficar com raiva, torna-se trancado numa posição de medo. Segundo ele, as duas emoções são antitéticas: quando se está com raiva, não se está com medo, e vice-versa. “Quando uma pessoa é muito medrosa, pode-se presumir que tem em sua personalidade um potencial equivalente de raiva reprimida. Expressar a raiva alivia o medo, assim como chorar alivia a tristeza. Na maioria dos casos, o medo é igualmente negado e reprimido, com isso a pessoa fica imobilizada ou morta.”","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":284,"length":304,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"2cr2k","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"aacqe","text":"No livro Alegria, a entrega ao corpo e à vida, Lowen faz uma distinção entre raiva, ira e fúria. Na sua visão, a raiva é uma emoção restauradora ou protetora. Já a ira é uma ação destrutiva. Tem a intenção de machucar, de realmente quebrar alguém ou alguma coisa. Também é cega, e o ataque geralmente é contra uma pessoa ou criança inocente, impotente. A ira também é explosiva, o que significa que não pode ser controlada depois de irromper. Pode-se conter a raiva, mas não a ira. “A ira se desenvolve quando uma pessoa sente que seu poder foi contrariado ou frustrado. Uma criança que resiste insistentemente à ordem de um genitor pode lança-lo numa ira, cuja intenção é quebrar a resistência do filho, obrigando-o a submeter-se. Quando uma criança não faz o que o genitor manda, confronta-o com seu próprio sentimento de impotência, decorrente do fato de ter sido obrigado a submeter-se quando era criança, e foi incapaz de expressar sua própria raiva por medo. Essa raiva reprimida agora torna-se ira e é projetada sobre outra pessoa de quem ele não sente medo”, explica.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":9,"length":36,"style":"ITALIC"},{"offset":482,"length":88,"style":"BOLD"},{"offset":911,"length":154,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"707tn","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"3trlp","text":"Uma raiva mais intensa do que a ira, é a fúria. “Estou furioso” expressa um sentimento de raiva extremo, simbolizado pelo furacão ou tornado, que destrói tudo em seu caminho. Como defesa contra a atuação de um impulso assassino, vem uma reação catatônica. “Essa qualidade congelada é o lado físico do ódio e só pode ser transformado pelo calor, especificamente, o calor da raiva. A ira, em oposição à raiva, é fria. Um indivíduo pode sentir o calor de sua raiva subir à sua cabeça à medida que a excitação move-se para cima. Ele vai ficar de cabeça quente devido ao aumento de sangue em sua cabeça, o que também pode fazê-lo literalmente ‘enxergar vermelho’. A raiva é uma força de vida positiva que tem fortes propriedades curativas. Em uma ocasião, quando havia vivenciado essa raiva, ela melhorou uma dor ciática que me incomodava a meses”, relata Lowen.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":380,"length":36,"style":"BOLD"},{"offset":659,"length":74,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"fibp9","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"1f935","text":"A forma como a sociedade lida com a raiva é muito contraditória. O ódio é alimentado, mas a raiva é reprimida, pois é moralmente errada. A maioria dos pais reprime energicamente um filho com raiva. Lowen acredita que isso é o mais lastimável, pois a criança que tem medo de expressar sua raiva dos pais torna-se um adulto frustrado. A raiva reprimida não desaparece. As crianças processarão o impulso proibido contra crianças menores, machucando-as deliberadamente. Ou, quando essa criança tornasse adulta, ela atuará contra seus próprios filhos, que são indefesos. “Pode-se pensar que punir uma criança por sua expressão de raiva seja uma maneira de ensiná-la a comportar-se socialmente, mas o efeito disso é anular o espírito da criança e torná-la submissa à autoridade. A criança de fato precisa aprender os códigos de comportamento social, mas isso deve ser feito de tal modo que a sua personalidade não seja prejudicada. As crianças cuja capacidade de expressar raiva não á abalada não se tornam adultos enraivecidos. Sua raiva geralmente é apropriada à situação, pois não é abastecida por conflitos não resolvidos e injúrias do passado.”","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":248,"length":118,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"e94u2","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"b3sac","text":"Lowen acredita que pesa sobre as pessoas esquentadas ou que perdem as estribeiras uma grande soma de raiva reprimida que está próxima da superfície e, portanto, é facilmente provocada. A raiva descarregada através da provocação pouco adianta para resolver o conflito subjacente, que é o medo de expressar os próprios sentimentos assassinos contra o genitor ou figura de autoridade que feriu a integridade da criança. Esse conflito é conservado e guardado na tensão do alto das costas e dos ombros, e só pode ser resolvido quando a raiva for direcionada contra a pessoa responsável pelo trauma. Contudo, ela não é dirigida contra essa pessoa, pois a injúria é antiga. O local apropriado para essa descarga é a situação terapêutica.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":667,"length":63,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"8qp35","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"dcprv","text":"“A raiva, embora relacionada com o passado, decorre diretamente da existência de tensões musculares crônicas que prendem o organismo, reduzindo sua liberdade de movimento. A raiva é a reação natural à perda de liberdade. Isso significa que qualquer tensão muscular crônica no corpo está associada à raiva. É evidente que, se a pessoa não sente a tensão, não percebe raiva nenhuma. Interpreta as limitações de movimento e a perda de liberdade como normais, assim como um escravo poderia reconhecer a condição de sua escravidão sem raiva, posto que admitiu sua perda de liberdade.”","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"eik55","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"e3k6f","text":"Somente quando recuperarmos a liberdade e a graça do nosso corpo, poderemos amar verdadeiramente e, aí sim, quem sabe, transformar o mundo. Mas, pra isso, é preciso parar de nos entorpecermos com remédios, alimentos cancerígenos, virtualidades e negação de nossas emoções, entre outras drogas. Quando assisti Blade Runner, de Ridley Scott, ainda na década de 1980, fiquei impressionada com a projeção sombria de uma sociedade dominada por uma minoria high-tech que relega à lata de lixo da história o restante da população. Será que assim caminha a humanidade ou ainda há tempo de nos resgatarmos e projetarmos comunitariamente o futuro?","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":8,"length":131,"style":"BOLD"},{"offset":309,"length":12,"style":"ITALIC"},{"offset":451,"length":9,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"8le27","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"e2o2t","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.6","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"14g2s","text":" ","type":"atomic","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[{"offset":0,"length":1,"key":0}],"data":{}},{"key":"f4l1s","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"g1eh","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}}],"entityMap":{"0":{"type":"wix-draft-plugin-image","mutability":"IMMUTABLE","data":{"config":{"alignment":"center","size":"content","showTitle":true,"showDescription":true,"textWrap":"wrap"},"src":{"id":"99c21e_3e76b483f7ac4f41b9e737a59195506d~mv2.jpg","height":706,"width":450,"original_file_name":"d119c63845c4c62d7413305257a4fee2.jpg","file_name":"99c21e_3e76b483f7ac4f41b9e737a59195506d~mv2.jpg"}}}},"VERSION":"9.11.0"}" style="white-space-collapse: preserve;"><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="2r0ub-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="2r0ub-0-0"><span data-offset-key="2r0ub-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="38ffq-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="38ffq-0-0"><span data-offset-key="38ffq-0-0" style="color: #333333; font-style: italic;"><span style="font-family: georgia;">Violência social resulta frequentemente de prazeres frustrados e raiva reprimida. Só quem recupera a liberdade é capaz de transformar o mundo.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="7508e-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7508e-0-0"><span data-offset-key="7508e-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="cl18k-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="cl18k-0-0"><span data-offset-key="cl18k-0-0"><span style="font-family: georgia;">Somos todos violentos. Podemos não reconhecer isso. Acreditamos não ser violentos porque não matamos, roubamos, batemos ou quebramos. Mas se olharmos com mais atenção, vamos perceber que a violência passiva, ou seja, de natureza emocional, faz parte do nosso dia a dia. E é ela que alimenta a fornalha da violência física. Atitudes egocêntricas, egoístas, manipuladoras, maliciosas, gananciosas, odientas, preconceituosas, suspeitosas e agressivas, muitas vezes, ferem e deixam marcas mais profundas.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="8ca7h-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="8ca7h-0-0"><span data-offset-key="8ca7h-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="3g04l-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="3g04l-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="3g04l-0-0">É comum ouvirmos as pessoas dizerem: “Este é um mundo cruel, e, se a gente quer sobreviver, também tem de ser cruel”. </span><span data-offset-key="3g04l-0-1" style="font-weight: bold;">Então, vamos continuar a educar para o ódio. Para afastar e, quem sabe, eliminar os que são “diferentes”. Sim, é isso que estamos fazendo. Estamos todos esperando que os outros mudem primeiro.</span><span data-offset-key="3g04l-0-2"> Tudo que fazemos é condicionado por motivações egoístas: “Que vantagem eu levo nisso?”. Claro que eu sei que muitas pessoas estão buscando outros caminhos, mas de alguma forma estamos sendo coniventes com essa visão que ganha força no mundo. O conservadorismo está vencendo. Por que temos medo de avançar na garantia dos direitos humanos? Podemos pensar em vários motivos, políticos, sociais, econômicos, culturais, mas quero entrar mais profundamente na esfera emocional, na forma como lidamos com nossos sentimentos, principalmente, a raiva, desde a infância.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="7hmdu-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7hmdu-0-0"><span data-offset-key="7hmdu-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="adduq-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="adduq-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="adduq-0-0">Num seminário em sua casa, em 1945, Wilhelm Reich declarou que </span><span data-offset-key="adduq-0-1" style="font-weight: bold;">a personalidade neurótica só se desenvolve quando a capacidade de uma criança de expressar raiva por um insulto à sua personalidade é bloqueada.</span><span data-offset-key="adduq-0-2"> Ele ressaltou que, quando o ato de ir em busca do prazer é frustrado, ocorre uma retração do impulso, criando uma perda de integridade no corpo. Essa integridade pode ser restaurada apenas através da mobilização da energia agressiva e sua expressão como raiva. Isso restabeleceria os limites naturais do organismo e sua capacidade de ir em busca do novo.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="fdqdq-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="fdqdq-0-0"><span data-offset-key="fdqdq-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="67njt-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="67njt-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="67njt-0-0">O médico Alexander Lowen, discípulo de Reich e autor da Terapia Bioenergética, afirma que se um indivíduo é incapaz de ficar com raiva, torna-se trancado numa posição de medo. Segundo ele, as duas emoções são antitéticas: quando se está com raiva, não se está com medo, e vice-versa. </span><span data-offset-key="67njt-0-1" style="font-weight: bold;">“Quando uma pessoa é muito medrosa, pode-se presumir que tem em sua personalidade um potencial equivalente de raiva reprimida. Expressar a raiva alivia o medo, assim como chorar alivia a tristeza. Na maioria dos casos, o medo é igualmente negado e reprimido, com isso a pessoa fica imobilizada ou morta.”</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="ascom-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="ascom-0-0"><span data-offset-key="ascom-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="aklfm-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="aklfm-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="aklfm-0-0">No livro </span><span data-offset-key="aklfm-0-1" style="font-style: italic;">Alegria, a entrega ao corpo e à vida</span><span data-offset-key="aklfm-0-2">, Lowen faz uma distinção entre raiva, ira e fúria. Na sua visão, a raiva é uma emoção restauradora ou protetora. Já a ira é uma ação destrutiva. Tem a intenção de machucar, de realmente quebrar alguém ou alguma coisa. Também é cega, e o ataque geralmente é contra uma pessoa ou criança inocente, impotente. A ira também é explosiva, o que significa que não pode ser controlada depois de irromper. Pode-se conter a raiva, mas não a ira. </span><span data-offset-key="aklfm-0-3" style="font-weight: bold;">“A ira se desenvolve quando uma pessoa sente que seu poder foi contrariado ou frustrado.</span><span data-offset-key="aklfm-0-4"> Uma criança que resiste insistentemente à ordem de um genitor pode lança-lo numa ira, cuja intenção é quebrar a resistência do filho, obrigando-o a submeter-se. Quando uma criança não faz o que o genitor manda, confronta-o com seu próprio sentimento de impotência, decorrente do fato de ter sido obrigado a submeter-se quando era criança, e</span><span data-offset-key="aklfm-0-5" style="font-weight: bold;"> foi incapaz de expressar sua própria raiva por medo. Essa raiva reprimida agora torna-se ira e é projetada sobre outra pessoa de quem ele não sente medo”</span><span data-offset-key="aklfm-0-6">, explica.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="5qdo-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="5qdo-0-0"><span data-offset-key="5qdo-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="7io3d-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7io3d-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="7io3d-0-0">Uma raiva mais intensa do que a ira, é a fúria. “Estou furioso” expressa um sentimento de raiva extremo, simbolizado pelo furacão ou tornado, que destrói tudo em seu caminho. Como defesa contra a atuação de um impulso assassino, vem uma reação catatônica. “Essa qualidade congelada é o lado físico do ódio e só pode ser transformado pelo calor, especificamente, o calor da raiva. </span><span data-offset-key="7io3d-0-1" style="font-weight: bold;">A ira, em oposição à raiva, é fria. </span><span data-offset-key="7io3d-0-2">Um indivíduo pode sentir o calor de sua raiva subir à sua cabeça à medida que a excitação move-se para cima. Ele vai ficar de cabeça quente devido ao aumento de sangue em sua cabeça, o que também pode fazê-lo literalmente ‘enxergar vermelho’. </span><span data-offset-key="7io3d-0-3" style="font-weight: bold;">A raiva é uma força de vida positiva que tem fortes propriedades curativas</span><span data-offset-key="7io3d-0-4">. Em uma ocasião, quando havia vivenciado essa raiva, ela melhorou uma dor ciática que me incomodava a meses”, relata Lowen.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="f03m4-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="f03m4-0-0"><span data-offset-key="f03m4-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="f19c0-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="f19c0-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="f19c0-0-0">A forma como a sociedade lida com a raiva é muito contraditória. O ódio é alimentado, mas a raiva é reprimida, pois é moralmente errada. A maioria dos pais reprime energicamente um filho com raiva. Lowen acredita que isso é o mais lastimável, pois </span><span data-offset-key="f19c0-0-1" style="font-weight: bold;">a criança que tem medo de expressar sua raiva dos pais torna-se um adulto frustrado. A raiva reprimida não desaparece.</span><span data-offset-key="f19c0-0-2"> As crianças processarão o impulso proibido contra crianças menores, machucando-as deliberadamente. Ou, quando essa criança tornasse adulta, ela atuará contra seus próprios filhos, que são indefesos. “Pode-se pensar que punir uma criança por sua expressão de raiva seja uma maneira de ensiná-la a comportar-se socialmente, mas o efeito disso é anular o espírito da criança e torná-la submissa à autoridade. A criança de fato precisa aprender os códigos de comportamento social, mas isso deve ser feito de tal modo que a sua personalidade não seja prejudicada. As crianças cuja capacidade de expressar raiva não á abalada não se tornam adultos enraivecidos. Sua raiva geralmente é apropriada à situação, pois não é abastecida por conflitos não resolvidos e injúrias do passado.”</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="11s69-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="11s69-0-0"><span data-offset-key="11s69-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="1npen-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="1npen-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="1npen-0-0">Lowen acredita que pesa sobre as pessoas esquentadas ou que perdem as estribeiras uma grande soma de raiva reprimida que está próxima da superfície e, portanto, é facilmente provocada. A raiva descarregada através da provocação pouco adianta para resolver o conflito subjacente, que é o medo de expressar os próprios sentimentos assassinos contra o genitor ou figura de autoridade que feriu a integridade da criança. Esse conflito é conservado e guardado na tensão do alto das costas e dos ombros, e só pode ser resolvido quando a raiva for direcionada contra a pessoa responsável pelo trauma. Contudo, ela não é dirigida contra essa pessoa, pois a injúria é antiga. </span><span data-offset-key="1npen-0-1" style="font-weight: bold;">O local apropriado para essa descarga é a situação terapêutica.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="7oool-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7oool-0-0"><span data-offset-key="7oool-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="1lsv5-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="1lsv5-0-0"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjPFrBRt-zIPaH7HyreTTdxF_DAw2_EgrFLHzpnbuFXwUPnGhDtX_p5ZkhW3fDvCX4zL9F60Oaxta1qWG_YLSV6aMmcxOHir_1jqRjMAdpwzwULWRlh_tJKVL-6ei1R6w1pqNdLUVimIkaIevaSFdW_kQCcNy5BFngGpWxmU-JAtWByEvrdvNdmnu1xi12/s706/d119c63845c4c62d7413305257a4fee2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="706" data-original-width="450" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjPFrBRt-zIPaH7HyreTTdxF_DAw2_EgrFLHzpnbuFXwUPnGhDtX_p5ZkhW3fDvCX4zL9F60Oaxta1qWG_YLSV6aMmcxOHir_1jqRjMAdpwzwULWRlh_tJKVL-6ei1R6w1pqNdLUVimIkaIevaSFdW_kQCcNy5BFngGpWxmU-JAtWByEvrdvNdmnu1xi12/w255-h400/d119c63845c4c62d7413305257a4fee2.jpg" width="255" /></a></div><span data-offset-key="1lsv5-0-0"><span style="font-family: georgia;">“A raiva, embora relacionada com o passado, decorre diretamente da existência de tensões musculares crônicas que prendem o organismo, reduzindo sua liberdade de movimento. A raiva é a reação natural à perda de liberdade. Isso significa que qualquer tensão muscular crônica no corpo está associada à raiva. É evidente que, se a pessoa não sente a tensão, não percebe raiva nenhuma. Interpreta as limitações de movimento e a perda de liberdade como normais, assim como um escravo poderia reconhecer a condição de sua escravidão sem raiva, posto que admitiu sua perda de liberdade.”</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="4i246-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="4i246-0-0"><span data-offset-key="4i246-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="depj5-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="depj5-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="depj5-0-0">Somente </span><span data-offset-key="depj5-0-1" style="font-weight: bold;">quando recuperarmos a liberdade e a graça do nosso corpo, poderemos amar verdadeiramente e, aí sim, quem sabe, transformar o mundo.</span><span data-offset-key="depj5-0-2"> Mas, pra isso, é preciso parar de nos entorpecermos com remédios, alimentos cancerígenos, virtualidades e negação de nossas emoções, entre outras drogas. Quando assisti </span><span data-offset-key="depj5-0-3" style="font-style: italic;">Blade Runner</span><span data-offset-key="depj5-0-4">, de Ridley Scott, ainda na década de 1980, fiquei impressionada com a projeção sombria de uma sociedade dominada por uma minoria </span><span data-offset-key="depj5-0-5" style="font-style: italic;">high-tech</span><span data-offset-key="depj5-0-6"> que relega à lata de lixo da história o restante da população. Será que assim caminha a humanidade ou ainda há tempo de nos resgatarmos e projetarmos comunitariamente o futuro?</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="bltum-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="bltum-0-0"><span data-offset-key="bltum-0-0"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_line-height-1_6 rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="1u7bi-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="1u7bi-0-0"><span data-offset-key="1u7bi-0-0"><br data-text="true" /></span></div></div><figure class="Er4un IyVnW" contenteditable="false" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="e0eej-0-0"><div class="BCdCh OE8fR _4cG0J _3XTmb AtNSU L5LHI f3bms4w UWgVD undefined W7t3M" data-focus="true" role="none" style="cursor: default; position: relative;" width="20"><div class="Q6a5A" data-hook="imageViewer" role="button" tabindex="0"><br /><div class="vBPBf L9OMM f3bms4w" id="new-image802" style="--dim-height: 706; --dim-width: 450;"><br /></div><div></div><div></div></div><div class="_0COSB" data-hook="componentOverlay" draggable="true" role="none"></div></div></figure><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="4bgl4-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="4bgl4-0-0"><span data-offset-key="4bgl4-0-0"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="cmevr-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="cmevr-0-0"><span data-offset-key="cmevr-0-0"></span></div></div></div>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-61009633098479395672023-07-17T10:03:00.004-07:002023-07-17T10:29:50.563-07:00Ego, o eu que se fixa<p><span style="font-family: courier;"> <span style="color: #333333; white-space-collapse: preserve;">"Compreender a natureza do ego e seu modo de funcionamento é </span></span></p><div data-draftjs-conductor-fragment="{"blocks":[{"key":"amr1n","text":"\"Compreender a natureza do ego e seu modo de funcionamento é ","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":61,"style":"{\"FG\":\"#333333\"}"},{"offset":0,"length":61,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"35hpf","text":"de uma importância vital se desejarmos nos libertar do sofrimento.\"","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":67,"style":"{\"FG\":\"#333333\"}"},{"offset":0,"length":67,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"bv3ce","text":"","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"9goks","text":"~Matthieu Ricard","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":16,"style":"{\"FG\":\"#333333\"}"},{"offset":0,"length":16,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"14ss","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"dis8u","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"fouk0","text":"por Milene C. Siqueira","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":22,"style":"{\"FG\":\"#333333\"}"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"2ld1s","text":" ","type":"atomic","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[{"offset":0,"length":1,"key":0}],"data":{}},{"key":"apok0","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"c14ri","text":"Ego é uma palavra de origem latina que significa \"eu\". É um termo principalmente Psicanalítico, \"freudiano\", para o centro consciente. É tanto o que media, o que decide entre id (instintos, prazer imediato) e superego (valores morais, limites, censura), quanto o que integra essas duas instâncias. Um ego dito forte, pela psicanálise, seria um melhor equilíbrio entre id e superego - ou seja, uma boa administração do ego entre desejos e realidade. ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"m57c","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"6buv3","text":"O ego vai sendo formado pela interação dos cuidadores (em geral, a mãe) e do ambiente, constituindo aos poucos - junto a tudo que vai sendo rechaçado (sombra/conceito junguiano) - uma persona. O ego é basicamente o ego do outro refletido em nós. E que continua pela vida sendo reforçado nas relações, e só é minimizado (ou expandido na consciência) quando pode ser observado, movendo-se no eixo do ponto fixo.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"8vuqb","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"d19dg","text":"Nas filosofias e religiões vamos ouvir as mais diversas opiniões sobre a palavra ego, ou referências similares como eu, eu pessoal, eu inferior, eu menor, eu falso. E também vilão, inimigo, demônio, etc. E vai desde a recomendação para eliminação, dissolução, anulação até a integração, transcendência.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"b2ipn","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"f85a3","text":"Mas como anular, eliminar ou transcender o que nem reconhecemos? ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"2v6pg","text":"Aliás, quem teria interesse em eliminar o ego que não o próprio ego?","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"ejsb6","text":"Matar, eliminar e mesmo lutar contra o ego não são condições possíveis. E até se diz que não dá para matar aquilo que nunca de fato nasceu. ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"cssl8","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"4sjkc","text":"Integrar e transcender são palavras mais adequadas ao tratamento do ego. Porém, não há integração e transcendência sem reconhecer, sem investigar a existência de um eu que não é \"encontrável\", permanente, mas sim transitório e interdependente. ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"9di8a","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"enjoi","text":"O ego é uma estrutura importante, sem ele não teríamos como e nem para o que observar. E não o teríamos como facilitador da expansão da consciência. Porque é também através do ego, como centro da consciência, aquele que é capaz de elaborar os conteúdos do inconsciente - no ambiente analítico - através de recursos como a fala, escrita, arte e meditação (analítica principalmente). Sem o instrumento que é o ego, também não estaríamos aqui lendo e discernindo.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"7vsve","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"1kkn3","text":"O nosso problema com o ego é a exagerada identificação ao eu, que ativa mecanismos de defesa (projeção, racionalização, fantasia, etc). É quando estamos servindo ao ego, ao invés dele nos servir.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"91hmd","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"3eb3j","text":"E paradoxalmente, embora o ego tema \"morrer\", ele está também na busca da sua ausência.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"6fm8j","text":"Poder ser espaço - ou buscar apoio para - é observar a composição das crenças estruturais e poder sair do jogo de ganha e perde, das comparações, do julgamento, do egoísmo/autocentramento, da cobiça, inveja, do sofrimento, da separação, e da constante luta interna entre o querer (desejo) x o poder (realizar).","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"2iq1a","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"82jsf","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"fivh4","text":"\"Como dois pássaros dourados pousados no mesmo galho, ","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":54,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"left"}},{"key":"easqh","text":"infinitamente amigos, o ego e o Eu habitam o mesmo corpo. ","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":58,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"left"}},{"key":"chqlb","text":"O primeiro ingere os frutos doces e azedos da árvore da vida; ","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":62,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"left"}},{"key":"dctk","text":"o segundo tudo vê em seu distanciamento.\"","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":41,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"left"}},{"key":"ajrhi","text":"","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"left"}},{"key":"amg62","text":"~Mundaka Upanishad","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":18,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"left"}}],"entityMap":{"0":{"type":"wix-draft-plugin-image","mutability":"IMMUTABLE","data":{"config":{"alignment":"right","size":"small","showTitle":true,"showDescription":true,"textWrap":"wrap"},"src":{"id":"99c21e_37da298e44544452b4079491893a1118~mv2.jpg","height":400,"width":256,"original_file_name":"b8914bf0b34cd84e0eddd3749ebcccea.jpg","file_name":"99c21e_37da298e44544452b4079491893a1118~mv2.jpg"}}}},"VERSION":"9.11.0"}" style="white-space-collapse: preserve;"><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="cqien-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="cqien-0-0"><span data-offset-key="cqien-0-0" style="color: #333333;"><span style="font-family: courier;">de uma importância vital se desejarmos nos libertar do sofrimento."</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="183u0-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="183u0-0-0"><span data-offset-key="183u0-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="vuo8-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="vuo8-0-0"><span data-offset-key="vuo8-0-0" style="color: #333333;"><span style="font-family: courier;">~Matthieu Ricard</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="6v89s-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="6v89s-0-0"><span data-offset-key="6v89s-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="eak4a-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="eak4a-0-0"><span data-offset-key="eak4a-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="af52v-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="af52v-0-0"><span data-offset-key="af52v-0-0" style="color: #333333;"><span style="font-family: courier;">por Milene C. Siqueira</span></span></div></div><figure class="Er4un IyVnW" contenteditable="false" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="9sk01-0-0"><div class="BCdCh _4cG0J crs1V fR-4F CAVxJ _2VbkD f3bms4w UWgVD undefined W7t3M" data-focus="true" role="none" style="cursor: default; position: relative;" width="20"><div class="Q6a5A" data-hook="imageViewer" role="button" tabindex="0"><div class="vBPBf L9OMM f3bms4w" id="new-image546" style="--dim-height: 400; --dim-width: 256;"><wow-image class="S8OAb " data-bg-effect-name="" data-has-ssr-src="" data-image-info="{"containerId":"new-image546","displayMode":"fill","isSEOBot":false,"imageData":{"width":256,"height":400,"uri":"99c21e_37da298e44544452b4079491893a1118~mv2.jpg","name":"","displayMode":"fill"}}" data-src="https://static.wixstatic.com/media/99c21e_37da298e44544452b4079491893a1118~mv2.jpg/v1/fill/w_270,h_422,al_c,lg_1,q_80,enc_auto/99c21e_37da298e44544452b4079491893a1118~mv2.jpg" id="99c21e_37da298e44544452b4079491893a1118~mv2.jpg"><img alt="" src="https://static.wixstatic.com/media/99c21e_37da298e44544452b4079491893a1118~mv2.jpg/v1/fill/w_270,h_422,al_c,lg_1,q_80,enc_auto/99c21e_37da298e44544452b4079491893a1118~mv2.jpg" style="height: 563px; object-fit: cover; width: 360px;" /></wow-image></div><div class=""></div><div class=""></div></div><div class="_0COSB" data-hook="componentOverlay" draggable="true" role="none"></div></div></figure><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="els6a-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="els6a-0-0"><span data-offset-key="els6a-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="f8699-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="f8699-0-0"><span data-offset-key="f8699-0-0"><span style="font-family: courier;">Ego é uma palavra de origem latina que significa "eu". É um termo principalmente Psicanalítico, "freudiano", para o centro consciente. É tanto o que media, o que decide entre id (instintos, prazer imediato) e superego (valores morais, limites, censura), quanto o que integra essas duas instâncias. Um ego dito forte, pela psicanálise, seria um melhor equilíbrio entre id e superego - ou seja, uma boa administração do ego entre desejos e realidade. </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="81fvs-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="81fvs-0-0"><span data-offset-key="81fvs-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="e9hc2-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="e9hc2-0-0"><span data-offset-key="e9hc2-0-0"><span style="font-family: courier;">O ego vai sendo formado pela interação dos cuidadores (em geral, a mãe) e do ambiente, constituindo aos poucos - junto a tudo que vai sendo rechaçado (sombra/conceito junguiano) - uma persona. O ego é basicamente o ego do outro refletido em nós. E que continua pela vida sendo reforçado nas relações, e só é minimizado (ou expandido na consciência) quando pode ser observado, movendo-se no eixo do ponto fixo.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="a86eq-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="a86eq-0-0"><span data-offset-key="a86eq-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="daaf-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="daaf-0-0"><span data-offset-key="daaf-0-0"><span style="font-family: courier;">Nas filosofias e religiões vamos ouvir as mais diversas opiniões sobre a palavra ego, ou referências similares como eu, eu pessoal, eu inferior, eu menor, eu falso. E também vilão, inimigo, demônio, etc. E vai desde a recomendação para eliminação, dissolução, anulação até a integração, transcendência.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="9h8is-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="9h8is-0-0"><span data-offset-key="9h8is-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="12qpi-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="12qpi-0-0"><span data-offset-key="12qpi-0-0"><span style="font-family: courier;">Mas como anular, eliminar ou transcender o que nem reconhecemos? </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="ec2l7-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="ec2l7-0-0"><span data-offset-key="ec2l7-0-0"><span style="font-family: courier;">Aliás, quem teria interesse em eliminar o ego que não o próprio ego?</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="1v0dn-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="1v0dn-0-0"><span data-offset-key="1v0dn-0-0"><span style="font-family: courier;">Matar, eliminar e mesmo lutar contra o ego não são condições possíveis. E até se diz que não dá para matar aquilo que nunca de fato nasceu. </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="dajlu-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="dajlu-0-0"><span data-offset-key="dajlu-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="9bc08-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="9bc08-0-0"><span data-offset-key="9bc08-0-0"><span style="font-family: courier;">Integrar e transcender são palavras mais adequadas ao tratamento do ego. Porém, não há integração e transcendência sem reconhecer, sem investigar a existência de um eu que não é "encontrável", permanente, mas sim transitório e interdependente. </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="4cu1p-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="4cu1p-0-0"><span data-offset-key="4cu1p-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="c7g44-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="c7g44-0-0"><span data-offset-key="c7g44-0-0"><span style="font-family: courier;">O ego é uma estrutura importante, sem ele não teríamos como e nem para o que observar. E não o teríamos como facilitador da expansão da consciência. Porque é também através do ego, como centro da consciência, aquele que é capaz de elaborar os conteúdos do inconsciente - no ambiente analítico - através de recursos como a fala, escrita, arte e meditação (analítica principalmente). Sem o instrumento que é o ego, também não estaríamos aqui lendo e discernindo.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="am7m5-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="am7m5-0-0"><span data-offset-key="am7m5-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="95u0n-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="95u0n-0-0"><span data-offset-key="95u0n-0-0"><span style="font-family: courier;">O nosso problema com o ego é a exagerada identificação ao eu, que ativa mecanismos de defesa (projeção, racionalização, fantasia, etc). É quando estamos servindo ao ego, ao invés dele nos servir.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="502sm-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="502sm-0-0"><span data-offset-key="502sm-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="d9fmd-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="d9fmd-0-0"><span data-offset-key="d9fmd-0-0"><span style="font-family: courier;">E paradoxalmente, embora o ego tema "morrer", ele está também na busca da sua ausência.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="169dm-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="169dm-0-0"><span data-offset-key="169dm-0-0"><span style="font-family: courier;">Poder ser espaço - ou buscar apoio para - é observar a composição das crenças estruturais e poder sair do jogo de ganha e perde, das comparações, do julgamento, do egoísmo/autocentramento, da cobiça, inveja, do sofrimento, da separação, e da constante luta interna entre o querer (desejo) x o poder (realizar).</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="aig8r-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="aig8r-0-0"><span data-offset-key="aig8r-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="baeqe-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="baeqe-0-0"><span data-offset-key="baeqe-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P x6pUR public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="8ujot-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="8ujot-0-0"><span data-offset-key="8ujot-0-0" style="font-style: italic;"><span style="font-family: courier;">"Como dois pássaros dourados pousados no mesmo galho, </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P x6pUR public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="f09o1-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="f09o1-0-0"><span data-offset-key="f09o1-0-0" style="font-style: italic;"><span style="font-family: courier;">infinitamente amigos, o ego e o Eu habitam o mesmo corpo. </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P x6pUR public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="2li1g-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="2li1g-0-0"><span data-offset-key="2li1g-0-0" style="font-style: italic;"><span style="font-family: courier;">O primeiro ingere os frutos doces e azedos da árvore da vida; </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P x6pUR public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="fgq8c-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="fgq8c-0-0"><span data-offset-key="fgq8c-0-0" style="font-style: italic;"><span style="font-family: courier;">o segundo tudo vê em seu distanciamento."</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P x6pUR public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="p2ru-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="p2ru-0-0"><span data-offset-key="p2ru-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P x6pUR public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="cnbe8-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="cnbe8-0-0"><span data-offset-key="cnbe8-0-0" style="font-style: italic;"><span style="font-family: courier;">~Mundaka Upanishad</span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="cnbe8-0-0"><span data-offset-key="cnbe8-0-0" style="font-style: italic;"><span style="font-family: courier;"><br /></span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="cnbe8-0-0"><span data-offset-key="cnbe8-0-0" style="font-style: italic;"><span style="font-family: courier;"><br /></span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="cnbe8-0-0"><span data-offset-key="cnbe8-0-0" style="font-style: italic;"><span style="font-family: courier;">.</span></span></div></div></div>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-73032901206427536862023-07-17T09:51:00.005-07:002023-08-15T09:21:19.122-07:00Neuroprocessamentos<p><span style="font-family: courier;"><span style="white-space-collapse: preserve;">Processamento, reprocessamento, reconsolidação de memórias são sinônimos para técnicas como EMDR, Brainspotting, TRG, AIM/Insidelic, Hakomi, PRI, EFT, SE (somatic experience), etc.</span></span></p><p><span style="font-family: courier;"><span style="white-space-collapse: preserve;">Cada uma delas tem suas diferenças! Mas o objetivo é neuromodular, é priorizar a </span></span><span style="font-family: courier; white-space-collapse: preserve;">autocura do nosso cérebro, do nosso corpo. Agem no sistema subcortical. </span></p><p><u style="font-family: courier; white-space-collapse: preserve;">Traumas:</u></p><div data-draftjs-conductor-fragment="{"blocks":[{"key":"esj0f","text":"\"Se não tivermos uma clara conexão com nossos instintos e sentimentos, não ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":75,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"center"}},{"key":"79aah","text":"poderemos sentir nossa conexão e sensação de pertencer a esta terra,","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":68,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"center"}},{"key":"a7f9m","text":" a uma família ou a qualquer outra coisa.\" ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":43,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"center"}},{"key":"913dm","text":"Peter Levine","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":12,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"center"}},{"key":"89v0","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"cs8oj","text":"","type":"header-four","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"9g211","text":"De modo bem simples, o processamento de memórias é um espaço (com conhecimentos e técnicas) ao sentir, uma forma de acessar o inconsciente de forma lúcida. Um campo compassivo para esse mergulho, onde brotam alívios, desobstruções, insights, discernimento e possíveis curas.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":274,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"9qbjr","text":" ","type":"atomic","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[{"offset":0,"length":1,"key":0}],"data":{}},{"key":"92npf","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"420ea","text":"Traumas:","type":"header-four","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"bscno","text":"Quando sofremos um trauma, nós nos desconectamos, congelamos, visto que o trauma rompe nossos limites de segurança.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"3o4c3","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"8m3h0","text":"Um TEPT (transtorno de estresse pós traumático) inclui sempre algum nível de congelamento, ou seja, quando não podemos completar o processo de entrar, atravessar e sair da \"imobilidade\". Quanto maior o nível de congelamento, maior o trauma.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"9taf6","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"9mo2p","text":"Tramas e Dramas:","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":16,"style":"{\"font-size\":\"20px\"}"},{"offset":0,"length":16,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"2v1uu","text":"Às vezes nos referimos aos dramas como traumas crônicos, situações recorrentes, repetitivas, como maus tratos, abuso psicológico, situações prolongadas de estresse. Onde vamos sustentando uma carga por um período longo. Quanto maior o tempo, mais a carga pesa.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":260,"style":"{\"font-size\":\"18px\"}"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"d5tgs","text":"São as tramas a que estamos de alguma forma enredados, e que formam os enredos, os dramas. Podemos passar por isso na infância ou na vida adulta, com a diferença que na vida adulta podemos estar repetindo padrões ou nos colocando em fôrmas sociais. Nos dramas nós também retesamos, rejeitamos o que seria instintivo.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":316,"style":"{\"font-size\":\"18px\"}"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"b5puo","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"81chn","text":"As terapias convencionais/cognitivas, isoladamente, não funcionam na terapia do trauma e por vezes podem também não ajudar de forma mais abrangente nos dramas, se não entrar em contato com o \"retesamento\", nas camadas mais submersas, do sistema límbico/emocional e reptiliano/instintivo.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"6qvq2","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"f185s","text":"Processando...","type":"header-four","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"36s3p","text":"Mais especificamente ao Trauma há possibilidades de dessensibilização como SE (experiência somática), EMDR, Brainspotting, AIM, TRG, Hakomi, PRI, EFT (acupressão), entre outras - que acabam por neuromodular, com estímulos sensoriais e/ou ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"2vjbt","text":"observações corporais. ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"87v81","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"4041f","text":"E há outras que não usam o termo, mas apoiam valiosamente processos. Arteterapia, artes manuais, trabalhos com mandalas, músicas, aromas naturais, \"banhos\" de natureza, danças e outros trabalhos corporais, podem apoiar processos... pois estamos entrando em contato aos estímulos simbólicos, corporais, lúdicos, naturais, ativando o lado direito cerebral, assim como o sistema límbico.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"ccqs4","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"4n1p1","text":"O Mapa não é o Território","type":"header-four","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"8adeo","text":"Enquanto mapas são estáticos e delimitados (as imagens que mantemos), territórios são vivos e sem fronteiras (exploração das imagens). A prática da análise investigativa é outro caminho para \"descongelar\", que utilizo em alguns casos, antes ou pós sessões de processamentos.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"6udjb","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"55kn","text":"Compaixão","type":"header-four","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"7jhfc","text":"O espaço compassivo, sem julgamentos, privativo e acolhedor é essencial - no campo terapêutico como um todo.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}}],"entityMap":{"0":{"type":"wix-draft-plugin-image","mutability":"IMMUTABLE","data":{"config":{"alignment":"right","size":"small","showTitle":true,"showDescription":true,"textWrap":"wrap"},"src":{"id":"99c21e_fc390ce563334436862efe0f1577e3f9~mv2.jpg","height":413,"width":563,"original_file_name":"AIM.jpg","file_name":"99c21e_fc390ce563334436862efe0f1577e3f9~mv2.jpg"}}}},"VERSION":"9.11.0"}" style="white-space-collapse: preserve;"><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="3cv2d-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="3cv2d-0-0"><span data-offset-key="3cv2d-0-0"><span style="font-family: courier;">Um trauma inclui algum nível de congelamento, ou seja, quando não podemos completar o processo de entrar, atravessar e sair da "imobilidade". </span></span></div></div><h4 class="vNEm2 rqyPc public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_H4" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="4t9fj-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="4t9fj-0-0"><br /></div></h4><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="ejkgu-0-0"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><wow-image class="S8OAb" data-bg-effect-name="" data-has-ssr-src="" data-image-info="{"containerId":"new-image319","displayMode":"fill","isSEOBot":false,"imageData":{"width":563,"height":413,"uri":"99c21e_fc390ce563334436862efe0f1577e3f9~mv2.jpg","name":"","displayMode":"fill"}}" data-src="https://static.wixstatic.com/media/99c21e_fc390ce563334436862efe0f1577e3f9~mv2.jpg/v1/fill/w_270,h_198,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/99c21e_fc390ce563334436862efe0f1577e3f9~mv2.jpg" id="99c21e_fc390ce563334436862efe0f1577e3f9~mv2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" src="https://static.wixstatic.com/media/99c21e_fc390ce563334436862efe0f1577e3f9~mv2.jpg/v1/fill/w_270,h_198,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/99c21e_fc390ce563334436862efe0f1577e3f9~mv2.jpg" style="height: 264px; object-fit: cover; width: 360px;" /></wow-image></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="ejkgu-0-0"><br /></div></div></div>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-66890572536365300342023-07-17T09:49:00.000-07:002023-07-17T09:49:00.023-07:00Três Cérebros<div data-draftjs-conductor-fragment="{"blocks":[{"key":"9med4","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"ds8ol","text":"Maldita a mente que sobe até as nuvens","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":38,"style":"BOLD"},{"offset":0,"length":38,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"a33gj","text":"na busca de reis míticos e só de coisas místicas,","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":49,"style":"BOLD"},{"offset":0,"length":49,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"da2j7","text":"coisas místicas","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":15,"style":"BOLD"},{"offset":0,"length":15,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"4u8f6","text":"clamam pela alma que não encara","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":31,"style":"BOLD"},{"offset":0,"length":31,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"6irmf","text":"o corpo como um igual","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":21,"style":"BOLD"},{"offset":0,"length":21,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"a39j3","text":"e eu nunca aprendi a tocar realmente","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":36,"style":"BOLD"},{"offset":0,"length":36,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"312nn","text":"o chão, embaixo, embaixo onde as iguanas sentem.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":48,"style":"BOLD"},{"offset":0,"length":48,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"9ovt","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"4iuca","text":"- Iguana Song, por Judy Mayham","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":30,"style":"BOLD"},{"offset":0,"length":30,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"12q8o","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"drp8t","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"epfaq","text":" Em nossa exploração do trauma aprendemos sobre as energias primordiais que se encontram no núcleo reptiliano de nosso cérebro. Não somos répteis, mas sem acesso claro à nossa herança repitiliana e mamífera, não conseguimos ser plenamente humanos. A plenitude de nossa humanidade está na capacidade de integrar as funções de nosso cérebro trino.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"8jb2p","text":" Percebemos que para resolver o trauma precisamos aprender a nos mover fluidamente entre o instinto, a emoção e o pensamento racional. Quando essas três fontes estão em harmonia, comunicando sensação, sentimento e cognição, nosso organismo funciona como deveria.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"cf953","text":" Ao aprender a identificar e contatar as sensações corporais, começamos a sondar nossas raízes instintivas reptilianas. Em si mesmos, os instintos são apenas reações. Contudo, quando essas reações são integradas e expandidas por nosso sensível cérebro mamífero que sente e por nossas capacidades cognitivas, de forma organizada, experienciamos a plenitude de nossa herança evolutiva. ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"e7tct","text":" É importante entender que as partes mais primitivas de nosso cérebro não são exclusivamente orientadas para a sobrevivência (do mesmo modo que o nosso cérebro moderno não é exclusivamente cognitivo). Elas carregam informações vitais a respeito de quem somos. Os instintos não nos dizem apenas quando lutar, fugir ou congelar; dizem-nos que pertencemos a esse lugar. O senso de \"eu sou eu\" é instintivo. Nosso cérebro mamífero amplia esse senso para \"nós somos nós\" - dizendo que pertencemos juntos a este lugar. Nosso cérebro humano acrescenta um senso de reflexão e de conexão além do mundo material.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"6nf8e","text":" Se não tivermos uma clara conexão com nossos instintos e sentimentos, não poderemos sentir nossa conexão e sensação de pertencer a esta terra, a uma família ou a qualquer outra coisa.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"arhra","text":" Aqui estão as raízes do trauma. A desconexão de nossa sensopercepção de pertencer faz com que nossas emoções flutuem num vácuo de solidão. Ela faz com que nossa mente racional crie fantasias baseadas na desconexão e não na conexão. Essas fantasias nos levam a competir, guerrear, desconfiar dos outros, e sabotam nosso respeito natural pela vida. Se não sentirmos nossa conexão com todas as coisas, então é mais fácil destruir ou ignorar essas coisas. Os seres humanos são naturalmente cooperativos e amorosos. Gostamos de trabalhar juntos. Entretanto, sem o cérebro plenamente integrado, não podemos nos reconhecer quanto a isto.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"4av05","text":" No processo de cura do trauma, integramos nosso cérebro trino. A transformação que ocorre quando fazemos isso cumpre o nosso destino evolutivo. Tornamo-nos completamente animais humanos, capazes da totalidade de nossas habilidades naturais. Somos guerreiros ferozes, incentivadores suaves, e tudo aquilo que fica entre esses dois pólos.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"bl174","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"2tjb3","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"2ikl9","text":"Epílogo do livro O Despertar do Tigre - Curando o Trauma de Peter A. Levine","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}}],"entityMap":{},"VERSION":"9.11.0"}" style="white-space-collapse: preserve;"><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="foo-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="foo-0-0"><span data-offset-key="foo-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="1jffr-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="1jffr-0-0"><span data-offset-key="1jffr-0-0" style="font-style: italic; font-weight: bold;"><span style="font-family: courier;">Maldita a mente que sobe até as nuvens</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="962b1-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="962b1-0-0"><span data-offset-key="962b1-0-0" style="font-style: italic; font-weight: bold;"><span style="font-family: courier;">na busca de reis míticos e só de coisas místicas,</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="b7d6j-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="b7d6j-0-0"><span data-offset-key="b7d6j-0-0" style="font-style: italic; font-weight: bold;"><span style="font-family: courier;">coisas místicas</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="49e3a-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="49e3a-0-0"><span data-offset-key="49e3a-0-0" style="font-style: italic; font-weight: bold;"><span style="font-family: courier;">clamam pela alma que não encara</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="9c7qk-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="9c7qk-0-0"><span data-offset-key="9c7qk-0-0" style="font-style: italic; font-weight: bold;"><span style="font-family: courier;">o corpo como um igual</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="c1h1s-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="c1h1s-0-0"><span data-offset-key="c1h1s-0-0" style="font-style: italic; font-weight: bold;"><span style="font-family: courier;">e eu nunca aprendi a tocar realmente</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="dp62n-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="dp62n-0-0"><span data-offset-key="dp62n-0-0" style="font-style: italic; font-weight: bold;"><span style="font-family: courier;">o chão, embaixo, embaixo onde as iguanas sentem.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="2haaq-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="2haaq-0-0"><span data-offset-key="2haaq-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="eqgrc-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="eqgrc-0-0"><span data-offset-key="eqgrc-0-0" style="font-style: italic; font-weight: bold;"><span style="font-family: courier;">- Iguana Song, por Judy Mayham</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="eodlo-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="eodlo-0-0"><span data-offset-key="eodlo-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="fe50g-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="fe50g-0-0"><span data-offset-key="fe50g-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="95orb-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="95orb-0-0"><span data-offset-key="95orb-0-0"><span style="font-family: courier;"> Em nossa exploração do trauma aprendemos sobre as energias primordiais que se encontram no núcleo reptiliano de nosso cérebro. Não somos répteis, mas sem acesso claro à nossa herança repitiliana e mamífera, não conseguimos ser plenamente humanos. A plenitude de nossa humanidade está na capacidade de integrar as funções de nosso cérebro trino.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="3mc1o-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="3mc1o-0-0"><span data-offset-key="3mc1o-0-0"><span style="font-family: courier;"> Percebemos que para resolver o trauma precisamos aprender a nos mover fluidamente entre o instinto, a emoção e o pensamento racional. Quando essas três fontes estão em harmonia, comunicando sensação, sentimento e cognição, nosso organismo funciona como deveria.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="71vq5-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="71vq5-0-0"><span data-offset-key="71vq5-0-0"><span style="font-family: courier;"> Ao aprender a identificar e contatar as sensações corporais, começamos a sondar nossas raízes instintivas reptilianas. Em si mesmos, os instintos são apenas reações. Contudo, quando essas reações são integradas e expandidas por nosso sensível cérebro mamífero que sente e por nossas capacidades cognitivas, de forma organizada, experienciamos a plenitude de nossa herança evolutiva. </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="jidm-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="jidm-0-0"><span data-offset-key="jidm-0-0"><span style="font-family: courier;"> É importante entender que as partes mais primitivas de nosso cérebro não são exclusivamente orientadas para a sobrevivência (do mesmo modo que o nosso cérebro moderno não é exclusivamente cognitivo). Elas carregam informações vitais a respeito de quem somos. Os instintos não nos dizem apenas quando lutar, fugir ou congelar; dizem-nos que pertencemos a esse lugar. O senso de "eu sou eu" é instintivo. Nosso cérebro mamífero amplia esse senso para "nós somos nós" - dizendo que pertencemos juntos a este lugar. Nosso cérebro humano acrescenta um senso de reflexão e de conexão além do mundo material.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="6fs3u-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="6fs3u-0-0"><span data-offset-key="6fs3u-0-0"><span style="font-family: courier;"> Se não tivermos uma clara conexão com nossos instintos e sentimentos, não poderemos sentir nossa conexão e sensação de pertencer a esta terra, a uma família ou a qualquer outra coisa.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="2af20-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="2af20-0-0"><span data-offset-key="2af20-0-0"><span style="font-family: courier;"> Aqui estão as raízes do trauma. A desconexão de nossa sensopercepção de pertencer faz com que nossas emoções flutuem num vácuo de solidão. Ela faz com que nossa mente racional crie fantasias baseadas na desconexão e não na conexão. Essas fantasias nos levam a competir, guerrear, desconfiar dos outros, e sabotam nosso respeito natural pela vida. Se não sentirmos nossa conexão com todas as coisas, então é mais fácil destruir ou ignorar essas coisas. Os seres humanos são naturalmente cooperativos e amorosos. Gostamos de trabalhar juntos. Entretanto, sem o cérebro plenamente integrado, não podemos nos reconhecer quanto a isto.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="6qc78-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="6qc78-0-0"><span data-offset-key="6qc78-0-0"><span style="font-family: courier;"> No processo de cura do trauma, integramos nosso cérebro trino. A transformação que ocorre quando fazemos isso cumpre o nosso destino evolutivo. Tornamo-nos completamente animais humanos, capazes da totalidade de nossas habilidades naturais. Somos guerreiros ferozes, incentivadores suaves, e tudo aquilo que fica entre esses dois pólos.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="60j7c-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="60j7c-0-0"><span data-offset-key="60j7c-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="3s2h2-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="3s2h2-0-0"><span data-offset-key="3s2h2-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="bkqd6-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="bkqd6-0-0"><span data-offset-key="bkqd6-0-0"><span style="font-family: courier;">Epílogo do livro O Despertar do Tigre - Curando o Trauma de Peter A. Levine</span></span></div></div></div>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-29311166113978637852023-07-17T09:45:00.004-07:002023-07-17T09:45:50.122-07:00Cultivando Autocompaixão<p> <span style="white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: courier;">Dalai Lama, com o pesquisador e autor Thupten Jinpa</span></span></p><div data-draftjs-conductor-fragment="{"blocks":[{"key":"1jfrd","text":"","type":"header-two","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"line-height":"1.2","padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"9j8on","text":"Dalai Lama, com o pesquisador e autor Thupten Jinpa","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"8nkt8","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"1pk90","text":"O texto a seguir é um trecho do livro “Fearless Heart”, em que Thupten Jinpa apresenta o programa “Treinamento para o cultivo da compaixão” (TCC), que foi desenvolvido na Universidade de Stanford, nos EUA, como uma forma de trazer as meditações de compaixão do budismo tibetano para um público maior, de modo independente do budismo ou de uma tradição espiritual, aliadas à ciência.\nEssa iniciativa vem de um pedido do Dalai Lama, durante discussões do Mind & Life Institute, que promove o intercâmbio entre meditadores e cientistas.\nAbaixo, seguem trechos do capítulo sobre auto-compaixão:","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":382,"style":"ITALIC"},{"offset":383,"length":150,"style":"ITALIC"},{"offset":534,"length":56,"style":"ITALIC"},{"offset":63,"length":13,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"busk0","text":"\nO que não é auto-compaixão","type":"header-three","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"1bsjh","text":"\n… É verdade que somos mais felizes quando estamos menos focados em nosso ego e mais voltados para o mundo, mas a auto-compaixão é totalmente diferente de uma absorção narcisista no próprio ego. Pessoas verdadeiramente auto-compassivas tomam conta de si mesmas enquanto permanecem atentas aos sentimentos e necessidades daqueles ao redor. Na verdade, a saúde mental e física, que vem de sermos mais gentis conosco, nos permite cuidar melhor das outras pessoas. Quando nos fixamos em nosso ego, por outro lado, ficamos tão presos em nosso próprio mundo que não temos espaço para ninguém mais.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":434,"length":6,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"7mncd","text":"\nAuto-compaixão também não deve ser confundida com auto-piedade. Na auto-piedade, somos capturados por nossos problemas e, ao ter pena de nós mesmos, ficamos indiferentes ao mundo ao redor. Auto-piedade é uma forma de fixação no ego, enquanto auto-compaixão nos permite ver nossas dificuldades no contexto maior da experiência humana compartilhada. Por causa de sua visão mais curta, afunilada, a auto-piedade tende a criar uma explosão com nossa situação de modo que mesmo um problema minúsculo fica parecendo esmagador e insuportável. Em contraste, a auto-compaixão permite uma atenção às proporções, que nos ajuda a lidar com obstáculos e sofrimentos de modo mais construtivo.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":1,"length":63,"style":"UNDERLINE"},{"offset":243,"length":104,"style":"UNDERLINE"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"4eo0i","text":"\nAuto-compaixão não é auto-gratificação. A coisa mais compassiva a fazer por nós mesmos pode não ser comer todo o pacote de salgadinhos, ou não confundir desejo com necessidade — não comprando o que não precisamos. A auto-compaixão não é um impulso para presentearmos a nós mesmo, embora às vezes, após reflexão cuidadosa, possamos decidir fazer isso. Igualmente importante: auto-compaixão não é sermos agressivos conosco por comer os salgadinhos, comprar o supérfluo ou nos dar o presente.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":1,"length":40,"style":"UNDERLINE"},{"offset":93,"length":3,"style":"ITALIC"},{"offset":140,"length":3,"style":"ITALIC"},{"offset":179,"length":3,"style":"ITALIC"},{"offset":232,"length":3,"style":"ITALIC"},{"offset":390,"length":3,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"7cmss","text":"\nFinalmente, auto-compaixão não é o mesmo que auto-estima. Com auto-compaixão, nos conectamos a nós mesmos, especialmente nossas lutas e falhas, com compreensão, gentileza e aceitação. Auto-compaixão é uma orientação gentil, cuidadosa, de visão clara porém sem julgamentos, de nosso coração e mente em relação ao nosso sofrimento e necessidades. A auto-estima, por outro lado, é uma visão de si baseada em auto-avaliação. Enquanto a auto-compaixão pode contribuir para uma melhor auto-estima, ela não depende disso…\nCertamente, não há nada errado com a auto-estima em si. Mas ela frequentemente é relacionada com quantas realizações obtemos, o que leva as pessoas, incluindo crianças, a acreditarem que só serão estimadas (por elas mesmas e pelos outros) se tiverem “sucesso”. E a auto-estima é distorcida pela nossa cultura de competição, de modo que muitas pessoas entendem seu próprio valor somente em comparação com outras pessoas. …\nAlguns cientistas também levantam preocupações similares. Pesquisadores descobriram que a auto-estima que depende de realizações nos deixa mais vulneráveis a sentimentos de inadequação e fracasso, quando as coisas dão errado. Alguns estudiosos mostram evidências de que a busca pela auto-estima pode prejudicar o aprendizado, especialmente o aprendizado com os próprios erros. …\nAo cultivar auto-compaixão, não nos avaliamos com base em nossos sucessos mundanos, e não nos comparamos com os outros. … Então, a auto-compaixão, diferentemente da auto-estima, permite nos conectarmos melhor com os outros e ter uma disposição mais positiva com eles…\n","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":13,"length":44,"style":"UNDERLINE"},{"offset":185,"length":160,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"7rhbg","text":"Auto-compaixão e tipos de ligação","type":"header-four","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{}}},{"key":"9cugb","text":"\nTodos temos a capacidade para auto-compaixão, mas não lidamos com isso da mesma maneira. Segundo pesquisadores da área, nossas diferenças vêm dos mecanismos de auto-proteção que adquirimos ao lidar com os desafios e desapontamentos na vida. Estudos sobre o desenvolvimento e personalidade de crianças dizem que a ativação e o desenvolvimento do que os cientistas chamam de sistema de afiliação nos primeiros anos da vida de uma criança são o fator-chave.\nO sistema de afiliação, ou sistema de carinho (como às vezes é chamado), se refere a sentimentos de segurança, conexão e contentamento, e está ligado à nossa produção natural de opiáceos e hormônios como a oxitocina (às vezes, chamado de “o hormônio do carinho”). Através do cuidado encorajador da mãe (ou pai), idealmente, um bebê acaba reconhecendo seus pais como fontes de segurança e tranquilização. Com essas experiências iniciais, o bebê forma memórias emocionais de segurança, tranquilização e calma. O bebê se sente seguro e não se esquece disso. Nesse cenário feliz, o bebê é agraciado com o que os psicólogos chamam de “ligação segura”.\nBaseados no trabalho de John Bowlby e Mary Ainsworth, estudiosos contemporâneos definem quatro tipos principais de ligação:\n","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{}}},{"key":"6r9kt","text":"ligação segura","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{}}},{"key":"4vidp","text":"ansiosa e preocupada","type":"ordered-list-item","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"eb5ej","text":"de recusa e fuga","type":"ordered-list-item","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"4pqad","text":"temerosa e de fuga","type":"ordered-list-item","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"86rgc","text":"Mas os estilos de ligação não são apenas para bebês; esse conceito se aplica aos primeiros anos e como eles afetam nossa personalidade — especificamente, como nos relacionamos com as pessoas a quem estamos ligados por toda a vida.\nAo crescermos, dizem alguns estudiosos, nossa capacidade de nos acalmar se desenvolve a partir dessas experiências iniciais — um processo de recordação emocional, poderíamos dizer. Lá no fundo, se temos um tipo de ligação segura, acreditamos que estamos bem e seguros, ou pelo menos acreditamos nessa possibilidade, porque já vivenciamos isso antes. Idealmente, essas memórias ficam conosco como um cobertor mental de segurança, para momentos de estresse. Então, nosso estilo de ligação afeta nossos hábitos de regulação emocional, que afetam a base de nossa auto-compaixão na vida adulta.\nSe nossas experiências iniciais forem menos que ideais, como adultos temos que criar aquele conforto e segurança do zero. Não é fácil, mas é bem possível, porque já temos a matéria prima: nossa experiência de sofrimento e nossa capacidade humana natural para a compaixão. ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":687,"length":133,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"38a8d","text":" ","type":"atomic","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[{"offset":0,"length":1,"key":0}],"data":{}},{"key":"4sk8l","text":"\nSe não estivermos entre os sortudos com ligação segura, podemos aprender a ter compaixão por nós mesmos exatamente por esse fato! Além disso, nossa personalidade pode ser mais flexível e receptiva a mudanças do que imaginamos.\n","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":1,"length":129,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"dfdh9","text":"Fonte:","type":"header-four","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"hrd","text":"https://afelicidade.org/2015/12/como-cultivar-a-auto-compaixao-visao-e-meditacao/ ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":81,"style":"UNDERLINE"}],"entityRanges":[{"offset":0,"length":81,"key":1}],"data":{}}],"entityMap":{"0":{"type":"wix-draft-plugin-image","mutability":"IMMUTABLE","data":{"config":{"alignment":"right","size":"small","showTitle":true,"showDescription":true,"textWrap":"wrap"},"src":{"id":"99c21e_956d9ca195a74da2b7beaafedc3ffdf8~mv2.jpg","height":205,"width":240,"original_file_name":"f2bf6cad4f4f3023e45f082220f3c4da.jpg","file_name":"99c21e_956d9ca195a74da2b7beaafedc3ffdf8~mv2.jpg"}}},"1":{"type":"LINK","mutability":"MUTABLE","data":{"url":"https://afelicidade.org/2015/12/como-cultivar-a-auto-compaixao-visao-e-meditacao/","target":"_blank","rel":""}}},"VERSION":"9.11.0"}" style="white-space-collapse: preserve;"><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="avdtd-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="avdtd-0-0"><span data-offset-key="avdtd-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="acp5v-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="acp5v-0-0"><span style="font-family: courier;"><span data-offset-key="acp5v-0-0" style="font-style: italic;">O texto a seguir é um trecho do livro “Fearless Heart”, em que </span><span data-offset-key="acp5v-0-1" style="font-style: italic; font-weight: bold;">Thupten Jinpa</span><span data-offset-key="acp5v-0-2" style="font-style: italic;"> apresenta o programa “Treinamento para o cultivo da compaixão” (TCC), que foi desenvolvido na Universidade de Stanford, nos EUA, como uma forma de trazer as meditações de compaixão do budismo tibetano para um público maior, de modo independente do budismo ou de uma tradição espiritual, aliadas à ciência.</span><span data-offset-key="acp5v-0-3">
</span><span data-offset-key="acp5v-0-4" style="font-style: italic;">Essa iniciativa vem de um pedido do Dalai Lama, durante discussões do Mind & Life Institute, que promove o intercâmbio entre meditadores e cientistas.</span><span data-offset-key="acp5v-0-5">
</span><span data-offset-key="acp5v-0-6" style="font-style: italic;">Abaixo, seguem trechos do capítulo sobre auto-compaixão:</span></span></div></div><h3 class="ATPVV rqyPc public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_H3" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="87kgg-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="87kgg-0-0"><span data-offset-key="87kgg-0-0"><span style="font-family: courier;">
O que não é auto-compaixão</span></span></div></h3><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="c8im1-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="c8im1-0-0"><span style="font-family: courier;"><span data-offset-key="c8im1-0-0">
… É verdade que somos mais felizes quando estamos menos focados em nosso ego e mais voltados para o mundo, mas a auto-compaixão é totalmente diferente de uma absorção narcisista no próprio ego. Pessoas verdadeiramente auto-compassivas tomam conta de si mesmas enquanto permanecem atentas aos sentimentos e necessidades daqueles ao redor. Na verdade, a saúde mental e física, que vem de sermos mais gentis conosco, nos permite cuidar </span><span data-offset-key="c8im1-0-1" style="font-style: italic;">melhor</span><span data-offset-key="c8im1-0-2"> das outras pessoas. Quando nos fixamos em nosso ego, por outro lado, ficamos tão presos em nosso próprio mundo que não temos espaço para ninguém mais.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="61s4s-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="61s4s-0-0"><span style="font-family: courier;"><span data-offset-key="61s4s-0-0">
</span><span data-offset-key="61s4s-0-1" style="text-decoration-line: underline;"><span data-text="true">Auto-compaixão também não deve ser confundida com auto-piedade.</span></span><span data-offset-key="61s4s-0-2"> Na auto-piedade, somos capturados por nossos problemas e, ao ter pena de nós mesmos, ficamos indiferentes ao mundo ao redor. Auto-piedade é uma forma de fixação no ego, enquanto </span><span data-offset-key="61s4s-0-3" style="text-decoration-line: underline;"><span data-text="true">auto-compaixão nos permite ver nossas dificuldades no contexto maior da experiência humana compartilhada</span></span><span data-offset-key="61s4s-0-4">. Por causa de sua visão mais curta, afunilada, a auto-piedade tende a criar uma explosão com nossa situação de modo que mesmo um problema minúsculo fica parecendo esmagador e insuportável. Em contraste, a auto-compaixão permite uma atenção às proporções, que nos ajuda a lidar com obstáculos e sofrimentos de modo mais construtivo.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="6jtn3-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="6jtn3-0-0"><span style="font-family: courier;"><span data-offset-key="6jtn3-0-0">
</span><span data-offset-key="6jtn3-0-1" style="text-decoration-line: underline;"><span data-text="true">Auto-compaixão não é auto-gratificação. </span></span><span data-offset-key="6jtn3-0-2">A coisa mais compassiva a fazer por nós mesmos pode </span><span data-offset-key="6jtn3-0-3" style="font-style: italic;">não</span><span data-offset-key="6jtn3-0-4"> ser comer todo o pacote de salgadinhos, ou </span><span data-offset-key="6jtn3-0-5" style="font-style: italic;">não</span><span data-offset-key="6jtn3-0-6"> confundir desejo com necessidade — </span><span data-offset-key="6jtn3-0-7" style="font-style: italic;">não</span><span data-offset-key="6jtn3-0-8"> comprando o que não precisamos. A auto-compaixão </span><span data-offset-key="6jtn3-0-9" style="font-style: italic;">não</span><span data-offset-key="6jtn3-0-10"> é um impulso para presentearmos a nós mesmo, embora às vezes, após reflexão cuidadosa, possamos decidir fazer isso. Igualmente importante: auto-compaixão </span><span data-offset-key="6jtn3-0-11" style="font-style: italic;">não</span><span data-offset-key="6jtn3-0-12"> é sermos agressivos conosco por comer os salgadinhos, comprar o supérfluo ou nos dar o presente.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="6sgbk-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="6sgbk-0-0"><span style="font-family: courier;"><span data-offset-key="6sgbk-0-0">
Finalmente, </span><span data-offset-key="6sgbk-0-1" style="text-decoration-line: underline;"><span data-text="true">auto-compaixão não é o mesmo que auto-estima</span></span><span data-offset-key="6sgbk-0-2">. Com auto-compaixão, nos conectamos a nós mesmos, especialmente nossas lutas e falhas, com compreensão, gentileza e aceitação. </span><span data-offset-key="6sgbk-0-3" style="font-weight: bold;">Auto-compaixão é uma orientação gentil, cuidadosa, de visão clara porém sem julgamentos, de nosso coração e mente em relação ao nosso sofrimento e necessidades.</span><span data-offset-key="6sgbk-0-4"> A auto-estima, por outro lado, é uma visão de si baseada em auto-avaliação. Enquanto a auto-compaixão pode contribuir para uma melhor auto-estima, ela não depende disso…
Certamente, não há nada errado com a auto-estima em si. Mas ela frequentemente é relacionada com quantas realizações obtemos, o que leva as pessoas, incluindo crianças, a acreditarem que só serão estimadas (por elas mesmas e pelos outros) se tiverem “sucesso”. E a auto-estima é distorcida pela nossa cultura de competição, de modo que muitas pessoas entendem seu próprio valor somente em comparação com outras pessoas. …
Alguns cientistas também levantam preocupações similares. Pesquisadores descobriram que a auto-estima que depende de realizações nos deixa mais vulneráveis a sentimentos de inadequação e fracasso, quando as coisas dão errado. Alguns estudiosos mostram evidências de que a busca pela auto-estima pode prejudicar o aprendizado, especialmente o aprendizado com os próprios erros. …
Ao cultivar auto-compaixão, não nos avaliamos com base em nossos sucessos mundanos, e não nos comparamos com os outros. … Então, a auto-compaixão, diferentemente da auto-estima, permite nos conectarmos melhor com os outros e ter uma disposição mais positiva com eles…
</span></span></div></div><h4 class="vNEm2 rqyPc public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_H4" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="buaha-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="buaha-0-0"><span data-offset-key="buaha-0-0"><span style="font-family: courier;">Auto-compaixão e tipos de ligação</span></span></div></h4><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="cq2n5-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="cq2n5-0-0"><span data-offset-key="cq2n5-0-0"><span style="font-family: courier;">
Todos temos a capacidade para auto-compaixão, mas não lidamos com isso da mesma maneira. Segundo pesquisadores da área, nossas diferenças vêm dos mecanismos de auto-proteção que adquirimos ao lidar com os desafios e desapontamentos na vida. Estudos sobre o desenvolvimento e personalidade de crianças dizem que a ativação e o desenvolvimento do que os cientistas chamam de sistema de afiliação nos primeiros anos da vida de uma criança são o fator-chave.
O sistema de afiliação, ou sistema de carinho (como às vezes é chamado), se refere a sentimentos de segurança, conexão e contentamento, e está ligado à nossa produção natural de opiáceos e hormônios como a oxitocina (às vezes, chamado de “o hormônio do carinho”). Através do cuidado encorajador da mãe (ou pai), idealmente, um bebê acaba reconhecendo seus pais como fontes de segurança e tranquilização. Com essas experiências iniciais, o bebê forma memórias emocionais de segurança, tranquilização e calma. O bebê se sente seguro e não se esquece disso. Nesse cenário feliz, o bebê é agraciado com o que os psicólogos chamam de “ligação segura”.
Baseados no trabalho de John Bowlby e Mary Ainsworth, estudiosos contemporâneos definem quatro tipos principais de ligação:
</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="5v0r5-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="5v0r5-0-0"><span data-offset-key="5v0r5-0-0"><span style="font-family: courier;">ligação segura</span></span></div></div><ol class="public-DraftStyleDefault-ol" data-offset-key="dqb96-0-0"><li class="RLR5g TnW2P public-DraftStyleDefault-list-ltr rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich-content-OL public-DraftStyleDefault-orderedListItem public-DraftStyleDefault-reset public-DraftStyleDefault-depth0 public-DraftStyleDefault-listLTR" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="dqb96-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="dqb96-0-0"><span data-offset-key="dqb96-0-0"><span style="font-family: courier;">ansiosa e preocupada</span></span></div></li><li class="RLR5g TnW2P public-DraftStyleDefault-list-ltr rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich-content-OL public-DraftStyleDefault-orderedListItem public-DraftStyleDefault-depth0 public-DraftStyleDefault-listLTR" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="40do3-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="40do3-0-0"><span data-offset-key="40do3-0-0"><span style="font-family: courier;">de recusa e fuga</span></span></div></li><li class="RLR5g TnW2P public-DraftStyleDefault-list-ltr rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich-content-OL public-DraftStyleDefault-orderedListItem public-DraftStyleDefault-depth0 public-DraftStyleDefault-listLTR" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="eh3lm-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="eh3lm-0-0"><span data-offset-key="eh3lm-0-0"><span style="font-family: courier;">temerosa e de fuga</span></span></div></li></ol><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="5a039-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="5a039-0-0"><span style="font-family: courier;"><span data-offset-key="5a039-0-0">Mas os estilos de ligação não são apenas para bebês; esse conceito se aplica aos primeiros anos e como eles afetam nossa personalidade — especificamente, como nos relacionamos com as pessoas a quem estamos ligados por toda a vida.
Ao crescermos, dizem alguns estudiosos, nossa capacidade de nos acalmar se desenvolve a partir dessas experiências iniciais — um processo de recordação emocional, poderíamos dizer. Lá no fundo, se temos um tipo de ligação segura, acreditamos que estamos bem e seguros, ou pelo menos acreditamos nessa possibilidade, porque já vivenciamos isso antes. Idealmente, essas memórias ficam conosco como um cobertor mental de segurança, para momentos de estresse. </span><span data-offset-key="5a039-0-1" style="font-weight: bold;">Então, nosso estilo de ligação afeta nossos hábitos de regulação emocional, que afetam a base de nossa auto-compaixão na vida adulta.</span><span data-offset-key="5a039-0-2">
Se nossas experiências iniciais forem menos que ideais, como adultos temos que criar aquele conforto e segurança do zero. Não é fácil, mas é bem possível, porque já temos a matéria prima: nossa experiência de sofrimento e nossa capacidade humana natural para a compaixão. </span></span></div></div><figure class="Er4un IyVnW" contenteditable="false" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="8o62k-0-0"><div class="BCdCh _4cG0J crs1V fR-4F CAVxJ _2VbkD f3bms4w UWgVD undefined W7t3M" data-focus="true" role="none" style="cursor: default; position: relative;" width="20"><div class="Q6a5A" data-hook="imageViewer" role="button" tabindex="0"><div class="vBPBf L9OMM f3bms4w" id="new-image251" style="--dim-height: 205; --dim-width: 240;"><wow-image class="S8OAb " data-bg-effect-name="" data-has-ssr-src="" data-image-info="{"containerId":"new-image251","displayMode":"fill","isSEOBot":false,"imageData":{"width":240,"height":205,"uri":"99c21e_956d9ca195a74da2b7beaafedc3ffdf8~mv2.jpg","name":"","displayMode":"fill"}}" data-src="https://static.wixstatic.com/media/99c21e_956d9ca195a74da2b7beaafedc3ffdf8~mv2.jpg/v1/fill/w_270,h_231,al_c,lg_1,q_80,enc_auto/99c21e_956d9ca195a74da2b7beaafedc3ffdf8~mv2.jpg" id="99c21e_956d9ca195a74da2b7beaafedc3ffdf8~mv2.jpg"><img alt="" src="https://static.wixstatic.com/media/99c21e_956d9ca195a74da2b7beaafedc3ffdf8~mv2.jpg/v1/fill/w_270,h_231,al_c,lg_1,q_80,enc_auto/99c21e_956d9ca195a74da2b7beaafedc3ffdf8~mv2.jpg" style="height: 308px; object-fit: cover; width: 360px;" /></wow-image></div><div class=""></div><div class=""></div></div><div class="_0COSB" data-hook="componentOverlay" draggable="true" role="none"></div></div></figure><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="9ouea-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="9ouea-0-0"><span style="font-family: courier;"><span data-offset-key="9ouea-0-0">
</span><span data-offset-key="9ouea-0-1" style="font-weight: bold;">Se não estivermos entre os sortudos com ligação segura, podemos aprender a ter compaixão por nós mesmos exatamente por esse fato!</span><span data-offset-key="9ouea-0-2"> Além disso, nossa personalidade pode ser mais flexível e receptiva a mudanças do que imaginamos.
</span></span></div></div><h4 class="vNEm2 rqyPc public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_H4" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="a575q-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="a575q-0-0"><span data-offset-key="a575q-0-0"><span style="font-family: courier;">Fonte:</span></span></div></h4><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="93iea-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="93iea-0-0"><span style="font-family: courier;"><a class="TWoY9 itht3" data-hook="linkViewer" href="https://afelicidade.org/2015/12/como-cultivar-a-auto-compaixao-visao-e-meditacao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><span data-offset-key="93iea-0-0">https://afelicidade.org/2015/12/como-cultivar-a-auto-compaixao-visao-e-meditacao/</span></a><span data-offset-key="93iea-1-0"> </span></span></div></div></div>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-23981517954553760612023-07-17T09:38:00.005-07:002023-07-17T10:16:43.607-07:00O Sofrimento Interdepende<p> <span style="font-style: italic; white-space-collapse: preserve;">Abaixo dois textos - um pessoal e outro retirado de um trecho da revista Vida Simples - onde podemos observar como o sofrimento tem relação com a falta de redes de apoio, de recursos sociais e amparo afetivo. Inclusive este tema é o estudo focado da Psicologia sócio-histórica com base na abordagem do psicólogo Lev Vygotsky (1896-1934), que acreditava na constituição do comportamento biológico humano em relação ao meio no qual estamos inseridos.</span></p><div data-draftjs-conductor-fragment="{"blocks":[{"key":"b0nmo","text":"Abaixo dois textos - um pessoal e outro retirado de um trecho da revista Vida Simples - onde podemos observar como o sofrimento tem relação com a falta de redes de apoio, de recursos sociais e amparo afetivo. Inclusive este tema é o estudo focado da Psicologia sócio-histórica com base na abordagem do psicólogo Lev Vygotsky (1896-1934), que acreditava na constituição do comportamento biológico humano em relação ao meio no qual estamos inseridos.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":448,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"2e0vr","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"ehr1c","text":" ","type":"atomic","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[{"offset":0,"length":1,"key":0}],"data":{}},{"key":"3o727","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"5ivf1","text":"O Sofrimento e o Gutemberg","type":"header-two","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{}}},{"key":"eeun9","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"8528u","text":"(Esse texto pode ser ouvido também no podcast Sentidos)\n\nÀs vezes eu penso que o sofrimento, ainda é igual àquela minha primeira semana no Gutemberg.\nO pré já foi um desafio, mas nada comparável a Johannes Gutemberg – que era o nome da escola onde fui cursar a primeira série. Acho que fiquei semanas imaginando o quão terrível seria ir para aquela escola. Romper as horas que eu passava com minha mãe, ou brincando em casa ou na rua com as amigas.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":448,"style":"{\"FG\":\"#000000\"}"},{"offset":0,"length":55,"style":"ITALIC"}],"entityRanges":[{"offset":1,"length":53,"key":1}],"data":{}},{"key":"do1br","text":"\nAquela escola era o pesadelo, era longe, paredes e escadas de concreto cinza. Janelas estilhaçadas, muros pichados. O cheiro esquisito e entorpecente que vinha da cozinha até hoje não saiu do meu nariz. Me lembro de olhar com nostalgia pelos buracos da janela, sonhando em voltar para casa, com saudades de tudo, enquanto a professora tava lá explicando as letrinhas.\nAté que não demorou muito e eu dei uma leve surtada... Com muito choro... me recusei a ficar naquela escola. Daí, veio a professora me acalmar e ela teve um plano... me colocar como primeira da fila e me deu a tarefa de recolher todos as cadernetas para serem carimbadas com presença – todo dia então eu teria essa responsabilidade. E assim foi... que me dando algum sentido para ir para escola, que arduamente consegui terminar aquele ano até finalmente sair de lá. Da segunda à oitava série, foi quase o paraíso, tinha amigos, a escola era mais perto, bem arrumada e com jardim – foi uma obra do Maluf na época.\nNo segundo grau, fiz técnico numa escola bem disputada. Foi complicado de novo romper vínculos, muitos não davam conta e saiam. Mas na sala cada um tinha vindo de uma escola, poucos se conheciam, e nisso nós fomos formando bons vínculos nesse primeiro ano. Mas eu suava frio em toda aula de matemática. Já no segundo e terceiro ano, nos dividiram, e pouco podíamos conversar porque viramos salas concorrentes, dentro dos trabalhos que seriam desenvolvidos. Foi outro ano bem difícil, além de estudar de noite, a maioria trabalhava e chegava esgotada na escola. Era todo mundo bem independente e tinha uma frieza coletiva. Meus maiores vínculos afetivos tinham virado ocupados e concorrentes! Me deprimi horrores nesse ano.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":1706,"style":"{\"FG\":\"#000000\"}"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"6m22c","text":"\nÉ assim o sofrimento. Porque somos seres interdependentes, seres de vínculos. Tudo ao nosso redor nos faz. Paredes, texturas, cores, cheiros, imagens, vibrações, sons, pessoas, tudo ao redor.\nDesastres, guerras, separações, perdas, mortes, pandemias, preconceitos, discriminações, desmatamentos, poluição. Tudo que nos divide, causa medo, sofrimento e dor.\nE nesse sentido podemos minimizar sofrimentos, o quanto mais soubermos sobre interdependência. Podemos ser mais conscientes em fazer escolhas, e em tornar o mundo um lugar mais bonito, limpo, unido, acolhedor e pacífico - comunitário. Tarefa nossa a de cultivar jardins internos, quanto de fato externos.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":662,"style":"{\"FG\":\"#000000\"}"},{"offset":307,"length":50,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"c4v3s","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"d9u5e","text":"_____________ Vaca Antidepressiva:","type":"header-two","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":14,"style":"{\"FG\":\"#000000\"}"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"2h2mh","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"3k1f7","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"},"textAlignment":"justify"}},{"key":"88s27","text":"(...) Médicos cambojanos, por exemplo, tem uma definição muito diferente do que é um antidepressivo. Quando um agricultor de arroz perdeu a perna por ter pisado em uma mina terrestre, ele entrou em depressão, apesar de ter recebido uma prótese que permitia sua locomoção, o agricultor sentia muita dor e chorava o dia todo. Não conseguia mais fazer seu trabalho e mal saia da cama. Se morasse no Brasil ou nos Estados Unidos seria levado a um psiquiatra e sairia com uma receita de antidepressivos. No Camboja, no entanto, o \"remédio\" foi diferente. Depois de conversar com o paciente e com sua comunidade, os médicos decidiram comprar uma vaca para o homem acidentado. A lógica era de que ele não precisaria enfrentar o trauma dos campos de arroz, onde perdera uma perna, e poderia se dedicar a outra atividade. Em duas semanas, os sintomas da depressão desapareceram e ele seguiu com sua vida. A vaca era o antidepressivo.","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":924,"style":"{\"FG\":\"#000000\"}"}],"entityRanges":[],"data":{"dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"},"textAlignment":"justify"}},{"key":"226s7","text":"(...) ","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":6,"style":"{\"FG\":\"#000000\"}"}],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"3puo9","text":"O antidepressivo ideal não é uma pílula que se toma no café da manhã. É a força de uma comunidade que faz questão de abraçar aqueles que se veem numa situação difícil.","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":167,"style":"{\"FG\":\"#000000\"}"},{"offset":0,"length":68,"style":"BOLD"},{"offset":70,"length":97,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"2mbfu","text":"","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}},{"key":"cs7u9","text":"Diogo Antonio Rodrigues - para a revista Vida Simples nr 216 (trecho de Saiba lidar com a Ansiedade)","type":"unstyled","depth":1,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":100,"style":"{\"FG\":\"#000000\"}"}],"entityRanges":[],"data":{"textAlignment":"justify","dynamicStyles":{"padding-top":"0px","padding-bottom":"0px"}}}],"entityMap":{"0":{"type":"wix-draft-plugin-image","mutability":"IMMUTABLE","data":{"config":{"alignment":"right","size":"small","showTitle":true,"showDescription":true,"textWrap":"wrap"},"src":{"id":"99c21e_f8045be1d0c54c85a53e368d5581299f~mv2.jpg","height":211,"width":320,"original_file_name":"comunidade.jpg","file_name":"99c21e_f8045be1d0c54c85a53e368d5581299f~mv2.jpg"}}},"1":{"type":"LINK","mutability":"MUTABLE","data":{"url":"https://www.sentidospsico.com/podcast-1","target":"_blank","rel":""}}},"VERSION":"9.11.0"}" style="white-space-collapse: preserve;"><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="6i332-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="6i332-0-0"><span data-offset-key="6i332-0-0"><br data-text="true" /></span></div></div><figure class="Er4un IyVnW" contenteditable="false" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="27mor-0-0"><div class="BCdCh _4cG0J crs1V fR-4F CAVxJ _2VbkD f3bms4w UWgVD undefined W7t3M" data-focus="true" role="none" style="cursor: default; position: relative;" width="20"><div class="Q6a5A" data-hook="imageViewer" role="button" tabindex="0"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIcgjqigR-zchAQJhXxmN3Ao0oXJ_s8HpdmPVGw5RXJNEgvXqJ0Tizt4FJj3QUoeTK_s0ukEqBbMbHYlqZgvGDuLBApIld9HF4C93_IsoPSKFPgfIY5xK6EhaYzvAhhcBxicH9rNuAfI1h0VposHf94_ofAzJ14E9m0_mJsRgDEvAKlqasmLMPkcW9FN-8/s320/comunidade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="211" data-original-width="320" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIcgjqigR-zchAQJhXxmN3Ao0oXJ_s8HpdmPVGw5RXJNEgvXqJ0Tizt4FJj3QUoeTK_s0ukEqBbMbHYlqZgvGDuLBApIld9HF4C93_IsoPSKFPgfIY5xK6EhaYzvAhhcBxicH9rNuAfI1h0VposHf94_ofAzJ14E9m0_mJsRgDEvAKlqasmLMPkcW9FN-8/s1600/comunidade.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="vBPBf L9OMM f3bms4w" id="new-image200" style="--dim-height: 211; --dim-width: 320;"><br /></div><div></div><div></div></div><div class="_0COSB" data-hook="componentOverlay" draggable="true" role="none"></div></div></figure><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="f0v6n-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="f0v6n-0-0"><span data-offset-key="f0v6n-0-0"><br data-text="true" /></span></div></div><h2 class="jzrHD rqyPc blog-post-title-font vLwbX _5rxk0 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_H2" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="9h7ef-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="9h7ef-0-0"><span data-offset-key="9h7ef-0-0"><span style="font-family: courier;">O Sofrimento e o Gutemberg</span></span></div></h2><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="91ece-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="91ece-0-0"><span data-offset-key="91ece-0-0"><br data-text="true" /></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="9m7vg-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="9m7vg-0-0"><span data-offset-key="9m7vg-0-0" style="font-style: italic;">(</span><span style="font-family: courier;"><a class="TWoY9 itht3" data-hook="linkViewer" href="https://www.sentidospsico.com/podcast-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><span data-offset-key="9m7vg-1-0" style="color: black; font-style: italic;">Esse texto pode ser ouvido também no podcast Sentidos</span></a><span data-offset-key="9m7vg-2-0" style="font-style: italic;">)</span><span data-offset-key="9m7vg-2-1">
Às vezes eu penso que o sofrimento, ainda é igual àquela minha primeira semana no Gutemberg.
O pré já foi um desafio, mas nada comparável a Johannes Gutemberg – que era o nome da escola onde fui cursar a primeira série. Acho que fiquei semanas imaginando o quão terrível seria ir para aquela escola. Romper as horas que eu passava com minha mãe, ou brincando em casa ou na rua com as amigas.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="6pcku-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="6pcku-0-0"><span data-offset-key="6pcku-0-0"><span style="font-family: courier;">
Aquela escola era o pesadelo, era longe, paredes e escadas de concreto cinza. Janelas estilhaçadas, muros pichados. O cheiro esquisito e entorpecente que vinha da cozinha até hoje não saiu do meu nariz. Me lembro de olhar com nostalgia pelos buracos da janela, sonhando em voltar para casa, com saudades de tudo, enquanto a professora tava lá explicando as letrinhas.
Até que não demorou muito e eu dei uma leve surtada... Com muito choro... me recusei a ficar naquela escola. Daí, veio a professora me acalmar e ela teve um plano... me colocar como primeira da fila e me deu a tarefa de recolher todos as cadernetas para serem carimbadas com presença – todo dia então eu teria essa responsabilidade. E assim foi... que me dando algum sentido para ir para escola, que arduamente consegui terminar aquele ano até finalmente sair de lá. Da segunda à oitava série, foi quase o paraíso, tinha amigos, a escola era mais perto, bem arrumada e com jardim – foi uma obra do Maluf na época.
No segundo grau, fiz técnico numa escola bem disputada. Foi complicado de novo romper vínculos, muitos não davam conta e saiam. Mas na sala cada um tinha vindo de uma escola, poucos se conheciam, e nisso nós fomos formando bons vínculos nesse primeiro ano. Mas eu suava frio em toda aula de matemática. Já no segundo e terceiro ano, nos dividiram, e pouco podíamos conversar porque viramos salas concorrentes, dentro dos trabalhos que seriam desenvolvidos. Foi outro ano bem difícil, além de estudar de noite, a maioria trabalhava e chegava esgotada na escola. Era todo mundo bem independente e tinha uma frieza coletiva. Meus maiores vínculos afetivos tinham virado ocupados e concorrentes! Me deprimi horrores nesse ano.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="7c44v-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7c44v-0-0"><span style="font-family: courier;"><span data-offset-key="7c44v-0-0">
É assim o sofrimento. Porque somos seres interdependentes, seres de vínculos. Tudo ao nosso redor nos faz. Paredes, texturas, cores, cheiros, imagens, vibrações, sons, pessoas, tudo ao redor.
Desastres, guerras, separações, perdas, mortes, pandemias, preconceitos, discriminações, desmatamentos, poluição. </span><span data-offset-key="7c44v-0-1" style="font-weight: bold;">Tudo que nos divide, causa medo, sofrimento e dor.</span><span data-offset-key="7c44v-0-2">
E nesse sentido podemos minimizar sofrimentos, o quanto mais soubermos sobre interdependência. Podemos ser mais conscientes em fazer escolhas, e em tornar o mundo um lugar mais bonito, limpo, unido, acolhedor e pacífico - comunitário. Tarefa nossa a de cultivar jardins internos, quanto de fato externos.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="f27fj-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="f27fj-0-0"><span data-offset-key="f27fj-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><h2 class="jzrHD rqyPc blog-post-title-font vLwbX _5rxk0 public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_H2" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="fm6dc-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="fm6dc-0-0"><span style="font-family: courier;"><span data-offset-key="fm6dc-0-0">_____________ </span><span data-offset-key="fm6dc-0-1">Vaca Antidepressiva:</span></span></div></h2><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="49coo-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="49coo-0-0"><span data-offset-key="49coo-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="cm7iu-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="cm7iu-0-0"><span data-offset-key="cm7iu-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="2bl4a-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="2bl4a-0-0"><span data-offset-key="2bl4a-0-0"><span style="font-family: courier;">(...) Médicos cambojanos, por exemplo, tem uma definição muito diferente do que é um antidepressivo. Quando um agricultor de arroz perdeu a perna por ter pisado em uma mina terrestre, ele entrou em depressão, apesar de ter recebido uma prótese que permitia sua locomoção, o agricultor sentia muita dor e chorava o dia todo. Não conseguia mais fazer seu trabalho e mal saia da cama. Se morasse no Brasil ou nos Estados Unidos seria levado a um psiquiatra e sairia com uma receita de antidepressivos. No Camboja, no entanto, o "remédio" foi diferente. Depois de conversar com o paciente e com sua comunidade, os médicos decidiram comprar uma vaca para o homem acidentado. A lógica era de que ele não precisaria enfrentar o trauma dos campos de arroz, onde perdera uma perna, e poderia se dedicar a outra atividade. Em duas semanas, os sintomas da depressão desapareceram e ele seguiu com sua vida. A vaca era o antidepressivo.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="es1d-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="es1d-0-0"><span data-offset-key="es1d-0-0"><span style="font-family: courier;">(...) </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="cam97-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="cam97-0-0"><span style="font-family: courier;"><span data-offset-key="cam97-0-0" style="font-weight: bold;">O antidepressivo ideal não é uma pílula que se toma no café da manhã</span><span data-offset-key="cam97-0-1">. </span><span data-offset-key="cam97-0-2" style="font-weight: bold;">É a força de uma comunidade que faz questão de abraçar aqueles que se veem numa situação difícil.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="7jpnl-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7jpnl-0-0"><span data-offset-key="7jpnl-0-0"><span style="font-family: courier;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P leTfN public-DraftStyleDefault-block-depth1 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_padding-top-0px rich_content_padding-bottom-0px rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="bq6rk-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="bq6rk-0-0"><span data-offset-key="bq6rk-0-0"><span style="font-family: courier;">Diogo Antonio Rodrigues - para a revista Vida Simples nr 216 (trecho de Saiba lidar com a Ansiedade)</span></span></div></div></div>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-10250476579450733952023-07-17T09:37:00.004-07:002023-07-19T06:38:19.381-07:00Bagunce!<p><span style="white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: georgia;">Sabe aquela cena do filme Dormindo com o Inimigo quando a personagem, interpretada pela Julia Roberts, está organizando a casa nova? Sem se dar conta, arruma tudo simetricamente no armário - como tinha que fazer no casamento abusivo - e quando se dá conta do que faz, entorta as toalhas e dá uma bagunçadinha geral.</span></span></p><div data-draftjs-conductor-fragment="{"blocks":[{"key":"c27u5","text":"Sabe aquela cena do filme Dormindo com o Inimigo quando a personagem, interpretada pela Julia Roberts, está organizando a casa nova? Sem se dar conta, arruma tudo simetricamente no armário - como tinha que fazer no casamento abusivo - e quando se dá conta do que faz, entorta as toalhas e dá uma bagunçadinha geral.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"1ibq9","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"3bnht","text":"Essa \"bagunçadinha\", devia ser o nosso objetivo diário!","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":0,"length":55,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"20lkg","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"8quep","text":"Mas, só quem já pôde se ver como observador de si, de sua história, através de seu próprio autoconhecimento ou no auxílio do acompanhamento terapêutico, é que pode se ver agindo dentro de padrões e caixas, repetindo, reagindo... ","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"hief","text":"Por isso, dou valor a rever ao menos partes da biografia em terapia, ali fazemos o paralelo entre questões emocionais e somatizações atuais com impressões/filtros mentais.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"57epb","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"e6tah","text":"Assim, além da observação, nomeamos, damos voz ao que andava calado, e ganhamos um tanto de liberdade para criar uma nova ação, ao invés do funcionamento no modo automático. Temos a oportunidade de \"soltar\", porque sabemos o que soltar!","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[{"offset":223,"length":5,"style":"BOLD"}],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"f84f","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"7tqql","text":"E soltar é diminuir tensões, relaxar e descontrair com mais facilidade.","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"125d0","text":"","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}},{"key":"2ihke","text":"E o exercício é contínuo... investigar, observar, respirar, soltar... Respirar e soltar...muitas vezes, até que a gente não apenas se dê conta que saiu da prisão, mas que as prisões sairam de nós!","type":"unstyled","depth":0,"inlineStyleRanges":[],"entityRanges":[],"data":{}}],"entityMap":{},"VERSION":"9.11.0"}" style="white-space-collapse: preserve;"><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="8e3i7-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="8e3i7-0-0"><span data-offset-key="8e3i7-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="9m8ql-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="9m8ql-0-0"><span data-offset-key="9m8ql-0-0" style="font-weight: bold;"><span style="font-family: georgia;">Essa "bagunçadinha", devia ser o nosso objetivo diário!</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="7fape-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7fape-0-0"><span data-offset-key="7fape-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="2eqma-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="2eqma-0-0"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS-jwonBNVe0xXWsqyyVIherWk98E0zahO5DLV3i5l6gV8tHfV-kF98KQyOTPJNMxVhQsWuNK0-46xzFB-ji_kq-Kay2oQUxyBjo18t5obEt6tAORjIxtXCYM3MD-OI8oODmbRq1KRZVaN91pMM4pZqf6Uqaw-UniaOHkW_wPubBuDPuzQ9XKt7ZzHsGvW/s400/img_18078_uma-mulher-delicada_widelg%20(1).jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="265" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS-jwonBNVe0xXWsqyyVIherWk98E0zahO5DLV3i5l6gV8tHfV-kF98KQyOTPJNMxVhQsWuNK0-46xzFB-ji_kq-Kay2oQUxyBjo18t5obEt6tAORjIxtXCYM3MD-OI8oODmbRq1KRZVaN91pMM4pZqf6Uqaw-UniaOHkW_wPubBuDPuzQ9XKt7ZzHsGvW/w265-h400/img_18078_uma-mulher-delicada_widelg%20(1).jpg" width="265" /></a></div><span data-offset-key="2eqma-0-0"><span style="font-family: georgia;">Mas, só quem já pôde se ver como observador de si, de sua história, através de seu próprio autoconhecimento ou no auxílio do acompanhamento terapêutico, é que pode se ver agindo dentro de padrões e caixas, repetindo, reagindo... </span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="av2uj-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="av2uj-0-0"><span data-offset-key="av2uj-0-0"><span style="font-family: georgia;">Por isso, dou valor a rever ao menos partes da biografia em terapia, ali fazemos o paralelo entre questões emocionais e somatizações atuais com impressões/filtros mentais.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="9n6k3-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="9n6k3-0-0"><span data-offset-key="9n6k3-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="alo6p-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="alo6p-0-0"><span style="font-family: georgia;"><span data-offset-key="alo6p-0-0">Assim, além da observação, nomeamos, damos voz ao que andava calado, e ganhamos um tanto de liberdade para criar uma nova ação, ao invés do funcionamento no modo automático. Temos a oportunidade de "soltar", porque sabemos </span><span data-offset-key="alo6p-0-1" style="font-weight: bold;">o que</span><span data-offset-key="alo6p-0-2"> soltar!</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="6ui60-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="6ui60-0-0"><span data-offset-key="6ui60-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="dn9co-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="dn9co-0-0"><span data-offset-key="dn9co-0-0"><span style="font-family: georgia;">E soltar é diminuir tensões, relaxar e descontrair com mais facilidade.</span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="bi0gd-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="bi0gd-0-0"><span data-offset-key="bi0gd-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div class="JvlZN rqyPc TnW2P public-DraftStyleDefault-block-depth0 public-DraftStyleDefault-text-ltr fixed-tab-size rich_content_P" data-block="true" data-editor="editor" data-offset-key="7g79p-0-0"><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7g79p-0-0"><span data-offset-key="7g79p-0-0"><span style="font-family: georgia;">E o exercício é contínuo... investigar, observar, respirar, soltar... Respirar e soltar...muitas vezes, até que a gente não apenas se dê conta que saiu da prisão, mas que as prisões sairam de nós!</span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7g79p-0-0"><span data-offset-key="7g79p-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7g79p-0-0"><span data-offset-key="7g79p-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7g79p-0-0"><span data-offset-key="7g79p-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7g79p-0-0"><span data-offset-key="7g79p-0-0"><br /><span style="font-family: georgia;"><br /></span></span></div><div class="public-DraftStyleDefault-block public-DraftStyleDefault-ltr" data-offset-key="7g79p-0-0"><span data-offset-key="7g79p-0-0"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></span></div></div></div>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-774741797646869962022-03-18T08:58:00.010-07:002022-03-21T08:22:14.708-07:00O Perfume <p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjdLNVXtHa2Ug-lEhzNxHyjUVmP6T9nPIUMWkLU8ho09r1LfY_Qc19HpQwCN4skNlvfwKMqmF6aXzACuQ3Vy53qB7J_Wh9rgxwHG7DfpCxKWDrAm4KmNQewKVw0y4X6HuaoS0QNmVDx7fsv8Ez2IhgThXp7zlaTdk2u7EdS_EnxpzppS2iYRpdfdsa0lg=s484" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="484" data-original-width="433" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjdLNVXtHa2Ug-lEhzNxHyjUVmP6T9nPIUMWkLU8ho09r1LfY_Qc19HpQwCN4skNlvfwKMqmF6aXzACuQ3Vy53qB7J_Wh9rgxwHG7DfpCxKWDrAm4KmNQewKVw0y4X6HuaoS0QNmVDx7fsv8Ez2IhgThXp7zlaTdk2u7EdS_EnxpzppS2iYRpdfdsa0lg=s320" width="286" /></a></span></div><span style="font-family: georgia;"><br /><i><br /></i></span><p></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: georgia;"><i>Quem pouco
conhece sobre óleos essenciais, acaba tendo uma visão restrita, quando não
incompreensível do filme O Perfume.</i></span><i style="font-family: georgia;"> </i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: georgia;"><i>Convido a esta
instigante viagem sensorial, com trechos desta maravilha literária do alemão </i></span><i style="font-family: georgia;">Patrick
Süskind.</i></span></p><p class="MsoNormal"><i><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">por Milene Cristine Siqueira</span></i></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;"><i>___</i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">O Perfume mostra a fixação do personagem Jean-Baptiste
Grenouille em conseguir - à primeira vista - identidade, amor e domínio. Mas
não era qualquer domínio, nem qualquer identidade, nem qualquer amor...</span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><i><span style="font-family: georgia;"> </span></i></o:p><i style="color: #666666;"><span style="font-family: georgia;">“...Queria ser o Deus onipotente do aroma, como o fora em
suas fantasias, mas agora no mundo real e sobre pessoas reais. E ele sabia que
isso estava em seu poder. Pois as pessoas podiam fechar os olhos diante da
grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos diante da melodia
ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar ao aroma. Pois o aroma é um
irmão da respiração. Com esta, ele penetra nas pessoas, elas não podem
escapar-lhe caso queiram viver. E bem para dentro delas é que vai o aroma,
diretamente para o coração, distinguindo lá categoricamente entre atração e
menosprezo, nojo e prazer, amor e ódio. </span></i><i style="color: #666666;"><span style="font-family: georgia;">Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas.”</span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Grenouille entusiasma-se com esse objetivo ao sentir o aroma
de uma jovem ruiva, aquela a quem entre tantos cheiros, ele - com sua
capacidade olfativa singular -reconhece ser o aroma da Perfeição:</span><i><span style="font-family: georgia;"> </span></i></p>
<p class="MsoNormal"><i><span style="font-family: georgia;"><span style="color: #666666;">“...Este perfume tinha frescura; não era, porém, a frescura
das limas ou das laranjas, a frescura da mirra ou da folha de canela, ou da
hortelã, ou das bétulas, ou da cânfora, ou das agulhas de pinheiro, nem a de
uma chuva de Maio, de um vento gelado ou da água de uma nascente... e continha
simultaneamente calor; mas não um calor semelhante ao da bergamota, do cipreste
ou do musgo, nem ao do jasmim ou do narciso, nem ao de um bosque de rosas ou de
íris... Este perfume era uma mistura de ambos, do que passa e do que pesa; não
uma mistura, mas uma unidade, e, além disso, humilde e fraco, e, no entanto,
robusto e resistente como um pedaço de seda fina e brilhante... e, todavia, não
como a seda, mas antes como o leite com mel onde se molha um biscoito, o que
nem com a melhor das boas vontades se conjugava:leite e seda! Incompreensível
este perfume, indescritível, impossível de classificar! Não deveria, na
realidade, existir. E, no entanto, ali estava com a mais absoluta das
obviedades...” (*1)</span><o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Eu li o livro em 1995, e a cena grotesca do nascimento de
Grenouille sob a mesa de limpar peixes na Paris de 1738, era tão vívida em
minha lembrança tal qual o filme mostrou, quando o assisti em 2007.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">A cena do nascimento deve ser proposital, pois é fato de que
o corpo humano em excitação sexual exale um odor similar ao de peixes e
mariscos. Grenouille será o primeiro dos outros quatro filhos nascidos na mesma
situação que irá nesse ambiente podre e fétido - em meio ao lixo e peixes em
decomposição - jogado na sombra e no cheiro da vida que fenece, sobreviver. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Nesse ambiente onde se mesclam o cheiro da fertilidade e da
morte, Grenouille nasce com uma capacidade olfatória singular e a usará como o
usa um animal predador, ou menos, pois Süskind o compara a um... carrapato.<i><o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><i><span style="font-family: georgia;"> </span></i></o:p><i><span style="color: #666666; font-family: georgia;">“...O grito depois do seu nascimento, o grito sob a mesa de
limpar peixe, o grito com que ele se tinha feito notar e levado a mãe ao
cadafalso, não fora um grito instintivo de compaixão e amor. Fora bem pesado,
quase se poderia dizer um grito maduramente pensado e pesado, com que o
recém-nascido se decidira contra o amor e, mesmo assim, a favor da vida. Nas
circunstâncias, isto era possível sem aquilo, e, se a criança tivesse exigido
ambos, então teria, sem dúvida, fenecido miseramente. Também teria podido, no entanto,
escolher naquela ocasião a segunda possibilidade que lhe estava aberta, calando
e legando o caminho do nascimento para a morte sem esse desvio pela vida, e
assim teria poupado a si e ao mundo uma porção de desgraças. Mas, para se
omitir tão humildemente, teria sido necessário um mínimo de gentileza inata, e
isto Grenouille não possuía. Foi um monstro desde o começo. Ele se decidiu em
favor da vida por pura teimosia e maldade.”(*2)</span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;"><span style="color: #666666;">G</span>renouille ainda irá sobreviver em vários episódios narrados
no livro.<span style="color: #666666;"> </span><i><span style="color: #666666;">“...Tinha a resistência de uma bactéria”</span> </i>- o que justifica a aparência de frágil,
manco, com cicatrizes e escoriações que apresenta o personagem no filme.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Grenouille tem um olfato incomum, mas não possui cheiro!</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Para os personagens que faz contato, deixa sempre um rastro
destrutivo<i><span style="color: #666666;">“...devorava tudo, absolutamente tudo e absorvia tudo”.</span></i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Uma pena que no filme não se conte a história de Madame
Gaillard, do padre Terrier, nem das amas que o rejeitam, pois <i><span style="color: #666666;">“ ...ele
suga-lhes até os ossos...”</span> </i>, do fato incomôdo de que Grenouille causa à todas
as pessoas que são invadidas (cheiradas) em suas emoções mais profundas. Da
estranheza que causa, afinal não é possível 'cheirar' quem é Grenouille.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Até que finalmente encontra Madame Gaillard com seu nariz
torto:<i><o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><i><span style="font-family: georgia;"> </span></i></o:p><i><span style="font-family: georgia;"><span style="color: #666666;">“...Quando era ainda uma menina, o pai batera-lhe com um
atiçador na fronte, mesmo por cima do começo do nariz e ela perdera o olfato,
juntamente com toda a noção do calor ou da frieza humanos e da paixão em
geral...”</span></span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">E assim, lhe é aceitável em seu orfanato, até que mais tarde
Madame Gaillard começa a notar em Grenouille diversos poderes
<i><span style="color: #666666;">“...sobrenaturais”</span></i>, como saber (cheirar) quando as pessoas estão chegando. Até
o medo maior de que ele também descubra seu dinheiro guardado, e assim trata de
livrar-se dele.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">É fato que a primeira vez que assisti ao filme, não notei
alguns detalhes, nossos olhos acabam ficando receosos, sobretudo dos
assassinatos. Tem muitas cenas escuras, pois além da época, a claridade dá o
contraste – como morte e vida - a luz revela os belos campos de lavanda ou o
verde das montanhas.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Há uma cena memorável do perfumista Baldini, interpretado
por Dustin Hoffman, que viaja no atemporal em cores, leveza, amor e frescor ao
sentir um perfume elaborado por Grenouille.</span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><i><span style="font-family: georgia;"> </span></i></o:p><i><span style="font-family: georgia;"><span style="color: #666666;">“...Baldini cerrou os olhos e pôde ver nele despertadas
recordações das mais sublimes. Viu-se caminhando, jovem, por jardins, à noite,
em Nápoles; viu-se deitado nos braços de uma mulher com negras franjas e viu a
silhueta de um ramalhete de rosas no peitoril da janela, pela qual soprava um
vento noturno; ouviu pássaros cantando e, de longe, a música de uma taberna;
ouviu coisas sussurradas bem pertinho do seu ouvido, um eu-te-amo, e sentiu
como seus cabelos se eriçavam de puro deleite, agora! Nesse instante! Gemeu de
prazer....Era algo de inteiramente novo, capaz de criar por si todo um
universo, um universo maravilhoso e luxuriante e logo se esquecia o que o mundo
à volta possuía de repugnante. Uma pessoa sentia-se rica, livre e boa... Os
cabelos eriçados do braço de Baldini se deitaram e uma sedutora paz de espírito
dele se apossou...”</span></span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Grenouille só irá perceber que não cheira a nada bem mais
tarde, quando se retira nas montanhas, lá onde até então pensara ser feliz, no
lugar onde não haviam comparações...</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Numa cena do filme, Grenouille passa por cães de guarda, que
dormem, sem ser de forma alguma notado – aparecendo mais nitidamente aos nossos
olhos como se sente: um fantasma.</span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><i><span style="font-family: georgia;"> </span></i></o:p><i><span style="font-family: georgia;"><span style="color: #666666;">“...Desde jovem estava acostumado a que as pessoas que por
ele passavam nem sequer tomassem conhecimento, não por desconsideração — como
uma vez havia acreditado — mas porque não notavam a sua existência. Não havia
espaço algum em torno dele, nenhum impulso de onda que ele, como as outras
pessoas, emanasse na atmosfera, nenhuma sombra, por assim dizer, que ele
tivesse podido projetar sobre o rosto das outras pessoas.”</span></span></i><i><span style="font-family: georgia;"> </span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Não é contado no filme, mas a primeira possibilidade de
Grenouille ser notado é quando formula para si um perfume com cheiro humano, o
cheiro superficial, mas o suficiente para enganar as pessoas – consegue ser
“visto”! Inclusive, Grenouille usando desse artifício melhora sua postura
corporal.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Só que a partir daí... Grenouille tem uma ideia que lhe
faria mais do que um igual...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Em Grasse, de posse das essências (almas) das jovens, Grenouille
finalmente irá elaborar “O Perfume” na cena mais surpreendente do filme.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">A cena na Place dus Cours onde seria executado, que vista
sem entendimento irá parecer completamente desprovida de </span><span style="font-family: georgia;">sentido - como nada além de uma grande orgia - é o contexto
aqui descrito:</span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><i><span style="font-family: georgia;"> </span></i></o:p><i style="color: #666666;"><span style="font-family: georgia;">“.... seria capaz de criar um odor que fosse não só humano,
mas sobre-humano, um odor angélico, tão indescritivelmente bom e com tanta
energia vital que quem o cheirasse ficaria enfeitiçado, ficaria sob um
encantamento, tendo de amar de todo o coração a Grenouille, o portador desse
fantástico aroma. Sim, amá-lo é o que deveriam quando estivessem sob o fascínio
do seu cheiro, não apenas aceitá-lo como igual, mas amá-lo até a loucura, até o
sacrifício pessoal; deveriam tremer de encanto, uivar e gritar, chorar de
prazer, sem saber por quê, cair de joelhos — isto é que deveriam fazer como sob
o incenso </span></i><i style="color: #666666;"><span style="font-family: georgia;">frio de deus, só por chegarem a cheirá-lo!”</span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Grenouille revestido de toda aura aromática de apenas uma
gota do “Perfume”, transmuta-se para as pessoas em Anjo ou na personificação do
melhor que elas crêem. Diferentemente do que parece, as pessoas não se desnudam
com o olhar da moralidade com o qual podemos assistir. O “Perfume” é a
descrição da primeira jovem (*1), o aroma da união dos opostos, da totalidade,
da Unidade!</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">As pessoas entram no seu paraíso pessoal, numa nuvem
espiritual que toma todo o ar, só há a embriaguez do êxtase para respirar... da
liberdade, da alegria, da inocência. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">E desprovidos de qualquer razão, e portanto dos
preconceitos, do julgamento, do Bem e do Mal, de um passado e de um futuro,
transcendem como podem, profano e sagrado são um só, buscando através dos seus
corpos também ser Um - inebriados dão-se, acolhem-se, fundem-se. É a alegoria
de um arrebatamento indescritível, à semelhança dos aromas mais sutis na natureza, que são pura onda
de energia vital/sexual!</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">O pai de Laure, Richis, vê a legitimidade em essência de sua
filha, aromaticamente vestido em Grenouille.</span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><i><span style="color: #666666; font-family: georgia;"> </span></i></o:p><i style="color: #666666;"><span style="font-family: georgia;">“...O olhar de Richis pousava sobre ele. Amor infinito havia
nesse olhar, delicadeza, comoção e a </span></i><i style="color: #666666;"><span style="font-family: georgia;">profundidade oca, boba, de quem ama.”</span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Grenouille num primeiro momento comemora seu feito, ri, vive
o grande triunfo. Mas não demora muito para ir do êxito ao fracasso, cair em si
e derramar uma gota de lágrima. Proporcionara às pessoas a embriaguez do Amor,
mas ele, Grenouille, começa a se sentir mal, sufocado da falta de si mesmo.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Frustrado, começa uma caminhada de volta à Paris. Com o
Perfume no bolso, sabe que detém de um poder que lhe pode proporcionar qualquer
coisa, pois faz as pessoas amarem. Mas já nada importa, pois sabe que com toda
riqueza e todo poder que poderia ter, nada disso lhe faria ter seu próprio
cheiro e então ser alguém, e mais que ser alguém para os outros, agora percebera
o mais importante <i><span style="color: #666666;">“...não podia cheirar
a si mesmo e, por isso, jamais saberia quem ele era”.</span><o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">E constata sobre o Perfume, e seu próprio paradoxo <span style="color: #666666; font-style: italic;">“...o
único que alguma vez o reconheceu em sua verdadeira beleza fui eu, porque eu
mesmo o fiz. E ao mesmo tempo sou o único a quem ele não pode fascinar, não
pode deixar fora de si. Sou o único para quem não tem sentido.”</span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Quando Grenouille relembra a cena da praça, pensa<i>:</i><span style="color: #666666; font-style: italic;"> “...As
pessoas, no entanto, acreditavam que desejavam a mim, e o que elas realmente
desejavam permaneceu um segredo para elas.”</span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;"><i>G</i>renouille chega à Paris, ao mesmo local do seu nascimento,
ao mesmo cheiro.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Mistura-se ao redor de uma fogueira - como sempre sem ser
notado - entre os ladrões, prostitutas, assassinos, desesperados, famintos. E
ali derrama em si todo o conteúdo que carregava do “Perfume”, e após um momento
de maravilhamento das pessoas, é por elas devorado.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Grenouille atira contra ele a arma mais poderosa que tinha
em mãos, o Amor.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Saindo de Grasse, Grenouille havia decidido morrer. Já tinha
experimentado viver com as pessoas e se refugiado delas, e nem uma ou outra
ideia lhe agradava. E sua decepção o fez saber que o reconhecimento desejado
era uma ilusão.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Caira na própria armadilha, o “Perfume” na Place dus Cours
também distinguira o que havia de mais profundo no coração de Grenouille...<i><o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><i><span style="font-family: georgia;"> </span></i></o:p><i><span style="color: #666666; font-family: georgia;">“...O que ele sempre havia desejado, ou seja, que as outras
pessoas o amassem, tornava-se, no instante do seu êxito, insuportável, pois ele
mesmo não as amava, mas as odiava. E de repente soube que jamais encontraria
satisfação no amor, mas tão-somente no ódio, no odiar e no ser odiado.”</span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Grenouille descobrira que o amor das outras pessoas não lhe
trazia satisfação, não só porque não era atribuído para ele próprio, mas porque
não amava as pessoas, e a satisfação do amor, é amar! A possibilidade de sua
sobrevivência sempre fora na ausência do amor. Conclui que o sentimento que o
mantém é unicamente o ódio.</span></p>
<p class="MsoNormal"><i><span style="font-family: georgia;"><span style="color: #666666;">“...Uma vez, uma única vez, queria ser considerado em sua
verdadeira existência e receber de outra pessoa uma resposta ao seu único
sentimento verdadeiro, o ódio.”</span><o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><i><span style="font-family: georgia;"> </span></i></o:p><span style="font-family: georgia;">Grenouille caminha pela história em personificação de como
na maioria das vezes caminha - dentro e fora - o Mal. Nas sombras,
imperceptível, inodoro, mas incômodo, sugador, destrutivo, disfarçado,
invejoso, egoísta.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">A obra de Patrick Süskind primeiro nos convida à uma viagem
fora da lógica, e nos conta muita coisa, muito mais que a história de um
assassino... metáforas ao mal, ego, identidade, poder, manipulação, pureza,
carisma, inocência, desejo. Seu cenário desvenda um pouco desse universo de
aromas, dos óleos vegetais, da destilação à vapor, enfleurage, das notas
olfativas, da vibração etérea que os óleos essenciais exercem. E nas
entrelinhas conta-nos de Espírito, Unidade, Presença, Insights, Amor... porque sua
obra tem o tema “Essência” !<i><o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Talvez Süskind se sinta como seu personagem<span style="color: #666666; font-style: italic;"> “...Os outros só
se submetem ao seu efeito, sim, nem se quer sabem que se trata de um perfume o
que sobre eles atua e fascina.”.</span></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-family: georgia;"> </span></o:p><span style="font-family: georgia;">“O Perfume” é sinônimo de “O Amor”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Como cita:<span style="color: #666666; font-style: italic;"> “... a temível beleza”</span><i>, </i>a fragrância do Amor
Maior. A centelha divina e viva além da matéria.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Patrick Süskind, ao meu ver, faz uma genial metáfora na
história de O Perfume criando um elo essencial entre Vida e Amor:</span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><i><span style="font-family: georgia;"> </span></i></o:p><i><span style="font-family: georgia;"><span style="color: #666666;">“...recém-nascido Grenouille se decidira contra o amor e,
mesmo assim, a favor da vida.”</span>(*2)</span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Amor e Vida, pulsação única universal, além do tempo e do
nosso pequeno entendimento.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Grenouille recém-nascido contra o amor, passa sua trajetória
na melhor das hipóteses como um farsante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: georgia;">Escolhera vida sem Vida. E o desfecho desta história
enigmática fecha a mandala da sua existência com a "morte" do ego.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgynE_ErNf7ReQvucm4YsE6-dJdXAgX8_o9r8GZbM_iEo5dZqEzsklIukp72N0EDPkuG4-8go57P6dwVmA6G0xOQv3kIjOwng1YHSAqWnErOwUavlqmF7vNNFTXNE5_n3OLL5NFcKrZ6tW57dOnmH8VkFTwDKYErlW6z4YZgtHoHVxTX2Rj4vAJUK7-_g=s354" style="clear: right; display: inline; float: right; font-family: georgia; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="247" data-original-width="354" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgynE_ErNf7ReQvucm4YsE6-dJdXAgX8_o9r8GZbM_iEo5dZqEzsklIukp72N0EDPkuG4-8go57P6dwVmA6G0xOQv3kIjOwng1YHSAqWnErOwUavlqmF7vNNFTXNE5_n3OLL5NFcKrZ6tW57dOnmH8VkFTwDKYErlW6z4YZgtHoHVxTX2Rj4vAJUK7-_g=s320" width="320" /></a><o:p><span style="font-family: georgia;"> </span></o:p><span style="font-family: georgia;">Jean-Baptiste Grenouille rende-se. Retorna a sua origem -
para por Amor ser enfim</span><span style="font-family: georgia;"><br />consumado!</span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><i><span style="font-family: georgia;"> </span></i></o:p><i style="color: #666666;"><span style="font-family: georgia;">“...Embora o estômago lhes pesasse um pouco, seus corações
estavam bem leves. Em suas almas sombrias havia, de repente, um clima eufórico.
E em seus rostos repousava um suave brilho de felicidade, um brilho de donzela.
Daí talvez o pudor de alçarem o olhar e se olharem nos olhos. Quando o ousaram,
primeiro furtivamente e depois abertamente, foram obrigados a sorrir. Estavam
extraordinariamente orgulhosos. </span></i><i style="color: #666666;"><span style="font-family: georgia;">Pela primeira vez, haviam feito algo por amor.”</span></i></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><i><span style="font-family: georgia;"> </span></i></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><i><span style="font-family: georgia;"><o:p></o:p></span></i></p><p><i><span style="font-family: georgia;">Fim </span></i></p><p><i><span style="font-family: georgia;"><br /></span></i></p><p><i><span style="font-family: georgia;">.</span></i></p>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-49754781083390986752022-03-15T09:44:00.001-07:002022-03-15T09:44:03.384-07:00Meditando com os Aromas<p><i style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;"></i></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><i style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh9GZ6u3TUsoXOOF2Ercl8hCacS3wBM9ZDQWJ_xk4C3afRzkMakCJ-GFUiAZjqI-YhXD6h8XLXcjUTn33TyFQ7sYRwnPz0ZBv5B0X5wU98v-aJFZztxra0Q2xkT2bYXZGuswuawBlbSLK3gEGaOpb8ZAMvfDsA99S26RvRX6QOIJa-2LokvGzSp0MbW_Q=s320" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="247" data-original-width="320" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh9GZ6u3TUsoXOOF2Ercl8hCacS3wBM9ZDQWJ_xk4C3afRzkMakCJ-GFUiAZjqI-YhXD6h8XLXcjUTn33TyFQ7sYRwnPz0ZBv5B0X5wU98v-aJFZztxra0Q2xkT2bYXZGuswuawBlbSLK3gEGaOpb8ZAMvfDsA99S26RvRX6QOIJa-2LokvGzSp0MbW_Q" width="320" /></a></i></div><i style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;"><br /></i><p></p><p><i style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;"><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Essa meditação é inspirada em texto da perfumista Mandy Aftel:</span></i></p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;" /><i style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;"><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Vá para um ambiente em que não seja perturbada, sente-se em uma posição confortável e esteja com o óleo essencial escolhido. </span></i><div><i style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;"><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Inale do próprio vidrinho ou coloque uma gota em um lenço, ou em um pires. Em meditação em grupos, pode ser feito um borrifador e aspergir como uma chuva aromática ou colocar um difusor de ambiente, como o aromatizador elétrico.</span></i><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;" /><i style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;"><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></i><i style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;"><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Inspire profundamente o aroma por três vezes, soltando o ar também pelo nariz.</span></i><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;" /><i style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;"><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Mantendo os olhos abertos, imagine sua consciência se dissolvendo dentro do aroma, como se estivesse tocando-o, imergindo nele, fluindo com ele. Quando atingir o ponto de saturação, feche os olhos para se distanciar de todos os sentidos que não seja o olfato.</span></i><div><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i><br style="background-color: white; font-size: 15.4px;" /></i></span><i style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;"><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Deixe-se viajar profundamente para dentro de você, preservando o aroma que escolheu, e toque-o com sua visão dele. </span></i></div><div><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i><br style="background-color: white; font-size: 15.4px;" /></i></span><i style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;"><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Construa uma imagem interior da essência - a essência da essência. Imagine-a como um espectro, um animal, uma lembrança, uma música ou uma dança, qualquer coisa que lhe pareça inteiramente representada pela impressão profunda do aroma. Você verá que cada aroma sob o qual meditar cria uma imagem interna e uma experiência meditativa diferentes.</span></i></div><div><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i><br style="background-color: white; font-size: 15.4px;" /></i></span><i style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;"><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Recomece. Repita as fases exterior (olhos abertos) a interior (olhos fechados) alternadamente, até que sua alma se sinta plena. Depois date e anote suas percepções sobre as meditações.</span></i><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;" /><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;" /><i style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;"><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Esse exercício a ajudará a incutir em sua consciência uma conexão viva com uma essência específica e, através dela, com a dimensão espiritual dos aromas em geral.</span></i></div><div><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i><br /></i></span></div><div><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i><br /></i></span></div><div><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i><br /></i></span></div><div><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i><br /></i></span></div><div><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>.</i></span></div><div><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i><br style="background-color: white; font-size: 15.4px;" /></i></span><i style="background-color: white; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px;"><span style="color: #351c75; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></i></div></div>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-67266527034367118732022-03-04T11:43:00.001-08:002022-03-04T11:43:28.194-08:00Sentidos<p><span style="font-family: courier; font-size: 12pt;">Esse texto também pode ser ouvido no Podcast Sentidos:</span></p><p><span style="font-family: courier;"><a href="https://open.spotify.com/show/7yI6cgyT7x4DspXxVxkJ1m">https://open.spotify.com/show/7yI6cgyT7x4DspXxVxkJ1m</a></span></p><p>____</p><p><br /></p><p><span style="font-family: courier; font-size: 12pt;">Temos constantemente a sensação de que a vida ganha ou perde o seu sentido.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><span style="font-family: courier;">Mas, primeiro, vamos investigar a respeito do que é feito o sentido?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="font-family: courier;"><span style="color: black; font-size: 12pt;">Há muitos sentidos. Dentre eles, tem o sentido que damos, por exemplo,
às crenças, aos valores sociais, ao trabalho, a empreender, status, bens. Estes
podem fazer sentido por um bom tempo, principalmente quando somos mais jovens e
queremos reconhecimento na sociedade e/ou na família. Tem também os valores, os
sentidos, que dão a estabilidade, as relações amorosas, a liberdade...</span><span style="color: black; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><span style="font-family: courier;">Ainda na adolescência, pode acontecer uma crise daquelas do tipo
existencial, e aquilo que tinha sentido em se acordar de manhã, se esvai. Tudo
vai ficando mais cinzento. Outras vezes, a crise começa num casamento ou no fim
de um emprego, ou na meia idade, quando filhos saem de casa, ou até quando
perdemos o nosso bichinho de estimação. Enfim, é quando vamos perdendo por meios
afetivos, referenciais do “eu”. E é normalmente nesses momentos onde o chão
some, que começamos a despertar para algo além dos cinco sentidos. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><span style="font-family: courier;">O ideal seria ter ajuda ou uma rede de apoio que reconheça as riquezas
da tristeza, das crises, do tempo necessário à ampliação de significados através
da profundidade. Através da reflexão, e do próprio tempo...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><span style="font-family: courier;">Dando acolhimento para aquilo ser "sentido", e não abstraído,
não ocupado por entretenimento e diversão, ou outro meio de fuga. A partir do
que possa ser concedido ser “sentido” sem julgamento, aquilo se transforma por
si mesmo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><span style="font-family: courier;">E essa transformação não é sobre dar sentido, porque aqui também podemos
cair numa constante frustração. Mas, é ao sentido que possa ser de alguma
forma, apenas, reconhecido, seja na sua manifestação visível ou não, sendo compreendido
ou aceito. Mas para isso, vamos ter que olhar de novo, vamos ter que nos abrir
para aquilo, vamos ter que deixar de lado as engessadas conclusões.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><span style="font-family: courier;">E há casos onde, querendo ou não, se dá também um novo sentido, pessoas
que vão significar a perda através de outras vidas. É como se uma vida fosse
então viver em outra, ou outras no caso de instituições, por exemplo. Tudo isso
pode ser muito importante, mas se não houver o matrimônio entre céu e terra, do
invisível com o visível, o subjetivo com o tangível, vamos de novo cair na sensação
de perda de sentido.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><span style="font-family: courier;">Podemos também questionar que sentido tem certas coisas... como alguém
viver debilitado ou com alzheimer até mais de 100 anos. Que sentido tem uma
criança morrer? Qual o sentido da fome e da miséria? Qual o sentido de se fazer
X coisa... e por aí vai...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><span style="font-family: courier;">Tem uma gama questionável que é bem importante para soluções e mudanças
de visões. Foi provavelmente através das perguntas que muito do que existe no
nosso planeta foi inventado e desenvolvido, e que culturas se transformaram.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><span style="font-family: courier;">Mas, tem outra gama que não tem nenhum sentido, segundo à nossa limitada
compreensão. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><span style="font-family: courier;">Tudo pode desaparecer dos nossos olhos ou ter mudado a sua aparência, o
seu sentido. A dor do rompimento que sentimos são a dos fios invisíveis nos
ligando a pessoas, aos animais e até mesmo com objetos que gostamos muito, ou a
um trabalho, uma casa. Porque tudo é sempre conexão. E não é porque se rompeu
exatamente, mas é a ligação com nosso senso de “eu” que parece perdida, como
quem perde uma parte de si mesmo. Porém os fios continuam nos conectando, é só a
nossa percepção limitada dentro do ego que se imagina desconectada.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><span style="font-family: courier;">A alma sempre pede por equilíbrio. A vida da alma pode não significar
nada aos olhos dos moldes sociais descritos por felicidade. Muito além do que
achamos que devia ou não devia ser, a alma serve ao Todo, cumprindo seu próprio
Sentido.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><span style="font-family: courier;">Ver algo ou sentir a vida sem sentido, é um ponto fundamental para o
questionamento, para perceber que o sentido único da vida é viver. E que viver
envolve sentir, sentir todos esses fios invisíveis de conexão com tudo, e que vão
também sendo tecidos pela nossa mente e pelo nosso coração. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><span style="font-family: courier;">E que amor, compaixão e sabedoria é o que mensura a qualidade desses
elos, trazendo para a vida a experiência com o sagrado.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><o:p><span style="font-family: courier;"> </span></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-size: 12pt;"><o:p><span style="font-family: courier;">.</span></o:p></span></p>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-50614158901841792952022-02-23T11:23:00.034-08:002022-03-31T06:45:43.037-07:00Psicoterapia Individual Online<p><b style="font-family: georgia;"></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><p align="center" class="MsoNormal" style="font-family: georgia;"><i><span style="font-family: Georgia, serif;"><br /></span></i></p><p align="center" class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia, serif;"><i>Saiba mais:</i></span></p><p align="center" class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia, serif;"><i><br /></i></span></p><p align="center" class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia, serif;"><i><a href="http://www.sentidospsico.com">www.sentidospsico.com</a></i></span></p><p align="center" class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia, serif;"><br /></span></p><p align="center" class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia, serif;"><br /></span></p><p align="center" class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia, serif;">.</span></p></span></div>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-72770336338212551192021-07-01T11:16:00.007-07:002021-07-01T11:35:21.099-07:00Notas Aromáticas em Psicoaroma<p><span style="background-color: white; color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 15.4px;">Este texto é de 2011, publicado no blog Aromais.</span></p><p><span style="background-color: white; color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 15.4px;"><i>por Milene Siqueira</i></span></p><p><span style="background-color: white; color: #666666; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: 15.4px;"><i>Os óleos essenciais (oe) estão classificados em três níveis olfativos caracterizados por suas notas, são elas: alta (ou topo/cabeça/saída), média (meio/coração/corpo) e de base (básica/fundo), que referem-se a taxa de volatilidade de um oe. </i></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #666666; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div style="margin: 0px;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /><span class="Apple-style-span">Assim, as notas altas são a primeira impressão olfativa a serem sentidas em um perfume. Já o que permanece e fixa o aroma são as essências de notas base, as quais serão sentidas por longo tempo. As médias são a alma, o coração de uma fragrância, e fazem o vínculo harmonioso, ligando notas altas á básicas, e predominam assim que a nota alta se dispersa.</span><br /><span class="Apple-style-span">Uma bela "melodia" olfativa irá depender deste prévio conhecimento trino, ou de uma boa percepção intuitiva!</span></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div style="margin: 0px;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-xRAnLsL4usI/TZTwMuOZrTI/AAAAAAAAAko/kSc1HDEmYuQ/s1600/van+gogh.jpg" style="clear: right; color: #001999; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-decoration-line: none;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-xRAnLsL4usI/TZTwMuOZrTI/AAAAAAAAAko/kSc1HDEmYuQ/s1600/van+gogh.jpg" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 1px solid rgb(238, 238, 238); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.1) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" /></span></a><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Cada óleo essencial é classificado por notas dentro das famílias aromáticas e mais precisamente de forma individual.</span></span></div><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Há também óleos essenciais com notas intermediárias (ex.: base leve, média para básica), e outros com várias notas ao mesmo tempo (multinotas), também consideradas essências de ponte. A maioria dos livros de consulta a óleos essenciais traz a referência de qual nota pertence cada oe (havendo também divergências ou classificações pessoais conforme cada autor). </span></span></div><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></span></div><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Em geral, considera-se:</span></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><i><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Nota alta: cítricos, mentolados, canforados, coníferas.<o:p></o:p></span></i></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><i><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Nota média: florais, especiarias, herbáceos.<o:p></o:p></span></i></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><i>Nota básica: amadeirados, terrosos, resinosos, doces/abaunilhados.</i><o:p></o:p></span></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Mas não é só para a perfumaria que o conhecimento de notas aromáticas vale, mas quando pensamos em tratamento, em Aroma como Terapia (Aromaterapia!), e mais especificamente em Psicoaroma!</span></span></div><div style="margin: 0px;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="color: #666666;"><br /></span><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;">As características abaixo servem como ponto de partida, pois cada família aromática e especialmente cada óleo essencial carrega consigo singularidades devendo-se, portanto, levar em conta demais aspectos.</span></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; text-align: center;"></div><div style="margin: 0px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span><a href="https://3.bp.blogspot.com/-EP3Kd9MKfMs/TZTZGi0ygII/AAAAAAAAAkQ/HAc0gXNRP-o/s1600/van+gogh+1c.jpg" style="clear: left; color: #001999; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-decoration-line: none;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><img border="0" height="244" src="https://3.bp.blogspot.com/-EP3Kd9MKfMs/TZTZGi0ygII/AAAAAAAAAkQ/HAc0gXNRP-o/s320/van+gogh+1c.jpg" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 1px solid rgb(238, 238, 238); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.1) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" width="320" /></span></span></a><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><b><u>Notas Altas</u></b></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"> - </span><span class="Apple-style-span">Vamos imaginar o Eucalipto, ou um Limão e seu frescor, a limpeza, pureza... </span></span></span></div><div style="margin: 0px;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span class="Apple-style-span">O</span></span><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;">s aromas com nota alta são os mais voláteis, impetuosos, lúcidos, brilhantes, juvenis; são como a brisa que abranda no alto verão. São aromas que movimentam, despertam! </span></span></div><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Grande parte tem ação solvente, adstringente e emoliente. </span></span></div><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Atuam melhor nos aspectos da mente consciente (acontecimentos presentes, instantâneos e periféricos). Agem rapidamente, guiam e ajudam pessoas que precisam suavizar a jornada, trazer luz, alegria, ânimo, leveza, flexibilidade, desapego, alívio, descongestionar, abrir "caminhos", pensamentos e a respiração. Pensando nisso tudo, dá para entender porque somem tão rápido quanto chegam... são livres, leves e soltos! "Acendem a luz" e concedem passagem! </span></span></div><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><b><u><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></u></b></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; text-align: center;"></div><div style="margin: 0px;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-FeCbgqkQ5UY/TZSzxoYfM5I/AAAAAAAAAj4/ub0SeuB_tkY/s1600/van+gogh+2.jpg" style="clear: right; color: #001999; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-decoration-line: none;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-FeCbgqkQ5UY/TZSzxoYfM5I/AAAAAAAAAj4/ub0SeuB_tkY/s320/van+gogh+2.jpg" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 1px solid rgb(238, 238, 238); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.1) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" width="238" /></span></b></span></a><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><u><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><b>Notas Médias</b></span></u><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"> - </span>Ligação. Podemos imaginar ou sentir um Ylang Ylang ou um Gerânio. Os aromas com nota média corporificam, envolvem, enlaçam. Traz totalidade, característica da união harmoniosa a que são destinadas. </span></span></div><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">A maioria destas essências é sedativa. Atua melhor nos aspectos da mente pré-consciente/subconsciente (acontecimentos do passado com fácil acesso a recordar, crenças adquiridas, automáticas - nível mental intermediário).</span></span></div><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Essas essências exalam conforto afetivo, e propiciam virtudes para a resolução de questões ligadas ao afeto, pois se as notas altas atuam pela abertura da respiração, aqui a abertura se dá à nível de coração, de completude.</span></span></div><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">São sedutoras, envolventes, hipnóticas! </span></span></div><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Em particular as notas médias florais, irão mexer positivamente com a libido, propiciando contato verdadeiro e entrega.</span></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Notas médias conectam, estabelecem vínculos legítimos, celebram a harmonia, beleza e autenticidade. A paz resultante é acolhedora, calorosa e compartilhada.</span></span></div><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-heWI_vAlLNk/TZSz6Kr4qWI/AAAAAAAAAj8/eSI_kAfIkl0/s1600/van+gogh+3.jpg" style="clear: left; color: #001999; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-decoration-line: none;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-heWI_vAlLNk/TZSz6Kr4qWI/AAAAAAAAAj8/eSI_kAfIkl0/s1600/van+gogh+3.jpg" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 1px solid rgb(238, 238, 238); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.1) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" /></span></span></a></div><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><b><u>Notas Básicas</u></b></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"> - </span>traz a estabilidade. Podemos lembrar do Cedro ou do Olíbano. Nesta nota estão os aromas que "permanecem", e nos remetem à valores hierárquicos: familiares, ancestrais, religiosos, superiores. </span></span></div><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Nos organiza à partir de nossos apoios essenciais e estabelecendo conexão intuitiva. Traz profundo sentido de proteção. Razões pelas quais nesta classe olfativa está a maioria dos oes usados nas práticas religiosas e meditativas. </span></span></div><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Desenvolve confiança, firmeza, nobreza e liberdade responsável, freando compulsões e auxiliando estados mentais conturbados. Atua melhor nos aspectos da mente inconsciente (arquivos sem lembrança, memórias não codificadas). </span></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div style="margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Muitos oes de nota de fundo são viscosos, gosmentos, resistentes! </span></span></div><div style="margin: 0px;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="color: #666666;">Estes oes mais densos fazem um mergulho ainda mais profundo na mente, rastreando as portas do inconsciente e trazendo à tona lembranças, </span><i style="color: #666666;">insights </i><span style="color: #666666;">ou sonhos - em geral são memórias de afeto, proteção, espiritualidade, poder pessoal; mostra à consciência aquilo que está guardado a espera de luz, significado e acolhimento; ao mesmo tempo em que desperta nossas fontes energéticas que sustentarão a permanência destes valores.</span></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #666666; font-size: 15.4px; margin-left: 18pt;"><div style="color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Podem nos dar conforto em vários níveis, pois nesta classe está a maior parte das essências que nos dão suporte, chão, raiz. </span></span></div><div style="color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></span></div><div style="color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></span></div><div style="color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></span></div><div style="color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></span></div><div style="color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; margin: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><i><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Imagens que ilustram este post: obras com ref. a Vincent Van Gogh</span></i></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><i><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></i></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><i><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></i></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: #666666;"><i><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></i></span></div><div><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>.</i></span></div></div>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-30127828811580982162020-04-28T11:01:00.002-07:002020-04-28T11:01:49.835-07:00OE Bergamota - O maná dos deuses, para os calabreses.<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: inherit; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<i>Aiii.... gosto tanto dos efeitos da Bergamota - o óleo mais equilibrante que conheço!</i></div>
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: inherit; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<i>_____________</i></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: inherit; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<i></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i><a href="https://1.bp.blogspot.com/-gK26KpbZqlw/XqhvJCkz6MI/AAAAAAAAX84/3qi_v1L4MvscgEBOSsGmx8ilPo1MwOinwCLcBGAsYHQ/s1600/bergamota.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="363" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-gK26KpbZqlw/XqhvJCkz6MI/AAAAAAAAX84/3qi_v1L4MvscgEBOSsGmx8ilPo1MwOinwCLcBGAsYHQ/s320/bergamota.jpg" width="226" /></a></i></div>
<br />
<div align="center" style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: inherit; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<i>Maná: Alimento espiritual de origem divina, aquele que consola e liberta a alma dos deprimidos, aflitos e tristes. Traz de volta luz, calor e alegria de viver - mostra que sempre haverá luz no final do túnel.</i></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A Bergamota é um fruto não comestível, exceto para produção de geleia (Marmalade Bergamotto) e o licor (Bergamino), mas sua máxima produção se destina para extração de seu potente óleo essencial, chamado de “Maná dos deuses” pelo povo que habita a região do sul da Itália, chamada de Reggio di Calabria.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Este fruto cítrico – segundo seus produtores – tem inteligência divina; foi trazido para a Calábria por volta do século XV, não se sabe claramente de onde – sua origem é envolta uma nevoa de mistério.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Tudo que se sabe é que veio trazer rejuvenescimento para uma das regiões da Itália,considerada como a mais “deprimida”, também trouxe expressivo aquecimento econômico.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Este fruto pertence à família botânica dos cítricos, chamada de Rutáceas. Divide parentesco com todos os outros frutos cítricos (Laranja, Limão, Lima, Mandarim, Grapefruit, Petitgrain e Neroli) e, por mais incrível que possa parecer, a Bergamota tem também parentesco botânico com outra planta muito comum para muitos de nós, a Ruta graveolens, conhecida popularmente como Arruda.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><u><b style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">No campo psíquico:</b> pesquisas realizadas com plantas pertencentes a esta grande família botânica a confirmam como fonte inestimável de cura, têm grande potencial terapêutico como libertadora para variados tipos de problemas psíquicos. Atuam como restauradora da liberdade de movimentos, liberdade para aqueles que se sentem aprisionados aos seus medos, sofrimentos, dores, tristezas, ressentimentos, traumas e raivas.</u></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Tudo isto pode ser considerados como “restrições internas” – é sabido que sentimentos enterrados vivos, jamais morrem, até que sejam encarados e resolvidos.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Pessoas aprisionadas neste perfil são frequentemente sofredoras de retraimento, isolamento, timidez, desconfiança – podem ser bastante reativas, inseguras e são profundamente sensíveis; muitas apresentam quadro depressivo crônico e ou ansiedade, condições que a Bergamota tem indicação terapêutica muito positiva.</span><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Podem também se tornar comumente desesperançadas, demonstrando muito medo de mover-se para frente, dar passos em direção a libertação de suas amarras; são temerosas das coisas novas e ou daquilo que desconhecem.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A raiva pode ser uma das emoções expressadas com muita frequência – comumente, isto pode estar sinalizando apenas um mecanismo de defesa, que esconde verdadeiros sofrimentos internalizados não resolvidos, mas ainda latentes e vivos, clamando por resoluções. Curando-se a dor e o sofrimento interno, desaparecem sintomas de raiva e de depressão; a sensação de isolamento e muitas outras condições que podem estar acompanhando o quadro também desaparecem. Com isto, novas possibilidades serão vislumbradas – a passagem da sombra para a luz, a morte dando lugar para a vida, que abre caminho para expressar-se livremente. O óleo de Bergamota atua muito bem em pessoas hipersensíveis, ajudando-as a administrarem as situações relacionadas com perdas, dor, sofrimento, mágoas, ressentimentos, frustrações e muitas outras condições que podem afetá-las profundamente, confere firmeza, determinação e confiança interna de que tudo tem evolução em começos, meios e fins.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">No físico:</b> age como excelente curador e ou colaborador para tratar os problemas de pele, tais como eczemas, acnes, furúnculos e herpes zoster. Têm sido obtidos bons resultados no tratamento de psoríase e vitiligo, para os quais o uso deste óleo não pode ser considerado como proposta de cura definitiva, por serem doenças cutâneas muito sérias; existe, entretanto, a possibilidade de que o uso do óleo essencial de Bergamota possa provocar a diminuição ou a interrupção do processo degenerativo da doença. O óleo atua holisticamente no ser humano – sabe-se que muitas doenças de pele têm sua origem no nível psíquico.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Semelhantemente aos outros óleos cítricos, a Bergamota age como um excelente óleo digestivo, principalmente em casos de indigestão provocada por consumo de alimentos gordurosos, frituras, açúcares; regenerador das células do fígado, colaborador para a recuperação em ocorrências de alcoolismo.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Assim como o Limão, o óleo de Bergamota tem excelente ação antiácida – atua combatendo a acidez excessiva, que gera muitos problemas para o corpo tais como digestão fraca e lenta, flatulência, constipação, boca amarga, toxidade sanguínea, dores de cabeça, azia, fraqueza mental e física, mau hálito; o câncer e a Cândida albicans encontram terreno fértil num corpo físico ácido (prevenir sempre foi o melhor remédio).</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">O óleo essencial de Bergamota, associado ao óleo de Limão, forma uma excelente sinergia para equilibrar o pH do corpo e, consequentemente, preservar a saúde em geral.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Na pele:</b> age combatendo a oleosidade; pode também ser usado no preparo de xampus para tratar os cabelos oleosos com a presença de caspa.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Precauções:</b> atenção e cuidados devem ser tomados ao se fazer uso do óleo de Bergamota: por se tratar de um óleo fototóxico, ou seja, fotossensibilizante, pode manchar a pele – assim , se for aplicado no corpo, é preciso não se expor ao sol, pelo menos uma hora após o seu uso.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-size: 13px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">texto de Vera Lucia Guedes</span></div>
Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-70746675830542487122020-02-08T11:18:00.001-08:002020-02-27T09:37:50.612-08:00Quando a Terapia Dói!<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Quem percebe que fez algo errado, tem a chamada dor de consciência!</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">E na terapia normalmente nos damos conta de enganos passados ou atuais. E se você for normal, a terapia vai doer!</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Era mais confortável antes quando podíamos continuar errando e colocando a culpa no outro ou não vendo o que fazíamos! Antes de sentir culpa. Antes de ganhar um chicotinho imaginário para nos autoflagelar.</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Puxa.... achei que ia melhorar na terapia e piorei. Ganhei consciência de aspectos que nem imaginava! É, ganhar consciência não é tão simples! Podemos cair facilmente no poço que abarca o sofrimento, chamado "autocentramento".</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Conduzir a terapia de modo não autocentrado é um desafio. Poder ver os erros de uma identificação e trabalhar em não se identificar é tarefa delicada, mas deve ser fundamental.</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Uma pessoa em terapia é uma pessoa que se transforma para as pessoas ao redor. Vira uma mãe melhor, uma esposa diferente, uma amiga que aprende a ouvir e a acolher. Mas para a pessoa em si o sofrimento pode aumentar - com o atenuante de ser controlável ou em ser acolhido pelo terapeuta. Mas não é dependência do terapeuta que buscamos e sim autonomia. Em sim conhecer a mente. </span><br />
<br />
<br />
<br />Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-14260183712018036522020-02-05T13:24:00.002-08:002020-11-11T05:21:26.971-08:00Terapias - Olhando Além<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="font-size: x-small;">Por Milene Siqueira</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Lembro de uma imagem com um prédio caindo e alguém subindo com uma escada onde os degraus eram palavras como florais, massagens e óleos essenciais, remetendo a apoios insuficientes de uma declarada queda - algo assim.</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Concordo com a imagem, também acho perigoso quando usamos recursos naturais como apenas socorros emocionais. </span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Não que eles não sejam, são e muito. Óleos essenciais, por exemplo, acalmam, equilibram, estimulam. Todo recurso de prática terapêutica é cheio de elementos que contribuem para restabelecer o equilíbrio perdido. Porém, focar no uso com base em paliativos não é muuuiiiito diferente de utilizar a alopatia para doer menos, para anestesiar. E em nada para aprender. Ainda que, sim digamos, que este ou aquele recurso tem o benefício singular da energia vital, orgânica, biocompatível, etc</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Aprender implica em paciência, tolerância, construindo bases de fortalecimento e resiliência - e para tanto precisaremos olhar, sem tapar buracos, sem anestésicos. É uma arte que se aperfeiçoa no experienciar. Lidar com nossas emoções de forma não aversiva, não dolorida, mas afetiva, autocompassiva.</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Sim! Há momentos que o que temos unicamente a fazer é apagar o incêndio! Mas fora do perigo, precisaríamos olhar num nível bem mais amplo para a condução dos cuidados terapêuticos. Que por base, inclui o equilibrio constante dos elementos em nosso ser. Penso que Hipócrates tinha mesmo razão, quando disse:</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><i style="background-color: #f3f3f3; color: #222222; font-size: 15.4px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">"Um banho perfumado e uma massagem aromática, todos os dias,</span></i><i style="background-color: #f3f3f3; color: #444444; font-size: 15.4px; text-align: center;"> constituem o </i><i style="color: #444444; font-size: 15.4px; text-align: center;"><span style="background-color: #f3f3f3;">melhor caminho para se ter o corpo e a mente saudáveis" </span><span style="background-color: white;"> | </span></i><i style="color: #222222; font-size: 15.4px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><span style="background-color: white;">H</span>ipócrates, século IV a.C.</span></i></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><i style="color: #222222; font-size: 15.4px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br /></span></i></span>
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Bom, sabemos o quanto de dificuldades muitas pessoas encontram em se quer poder se alimentar - nem digo bem, digo se alimentar! Quem diria o mais... como um banho e massagens aromáticas! A vida urbana dentro do sistema é complicada, adoece.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Mas, imaginando aqui que você esteja um pouco que seja podendo se cuidar... lembre-se que em nível básico os melhores aliados da sanidade como um todo, estão no equilíbrio dos elementos - ar, fogo, água, terra! E seja, por exemplo, indo pro mar, pra cachoeira ou apenas conscientizando-se no banho do chuveiro, faça contato com os elementos naturais a nível grosseiro,físico. E onde eles também estão presentes mas em modo mais sutil - nos óleos essenciais, florais, homeopatia, acupuntura, na dança, e enfim em todas as terapias! </span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Na bem da verdade os elementos estão presentes em nós, mas nunca ou raramente tivemos o hábito de acessar a energia deles em nós, então usamos o modo físico através da atenção da consciência e também da energia como ponte.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Segundo, autoconhecimento e conhecimento! Elemento ar incluído aqui também! Importantíssimo para adquirir consciência!</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Nenhum recurso ainda que natural, sejam óleos essenciais, cristais, florais, técnicas corporais ou energéticas, nos trarão consciência! Simplesmente porque nossa consciência não pode ser produzida de forma autônoma por algo externo a nós mesmos. </span><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Eles podem auxiliar, principamente ajudando a restaurar a harmonia, alterando a vibração e até mesmo formas de comportamento, ou ainda auxiliando uma sutil compreensão, ampliando assim as </span><i style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><u>possibilidades</u></i><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"> de consciência. De forma direta eles não nos ensinam, mas teremos acesso a possibilidades mais abertas, disponíveis em aprender, em conscientizar.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;"><br /></div>
<div style="text-align: left;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-v74d_dN582c/XjsvAdhxfPI/AAAAAAAAXlI/uZUgU6N9R5cFQtmQWoQzj51CbA2wfC8zgCLcBGAsYHQ/s1600/itinsightus.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="700" data-original-width="447" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-v74d_dN582c/XjsvAdhxfPI/AAAAAAAAXlI/uZUgU6N9R5cFQtmQWoQzj51CbA2wfC8zgCLcBGAsYHQ/s320/itinsightus.jpg" width="204" /></a><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">O autoconhecimento bem dirigido traz consciência. E consciência costuma doer, mas também nos ampara e ajuda a amparar aos demais ao nosso redor - sendo mais cuidadosos, pacientes, compreensivos com as dores alheias. Ser consciente - trazer lucidez aos nossos processos ajuda demais! Beneficia e resolve muitas questões.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Mas... somente parando por aí, em ter a consciência do porque agimos de tal forma, dos mescanismos de proteção, etc, pode nos deixar estagnados em algumas partes, operando situações e lembranças em rigidez,fixação, dor. </span><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Até que, se conduza a um elemento importantíssimo, o espaço! Que compreende visão, abertura, criatividade, sabedoria, amor e compaixão!</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-81825552563778071162020-01-22T10:39:00.002-08:002022-03-04T15:25:21.329-08:00Sensações Sempre<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Ligamos tanto o piloto automático, que a vida vai passando sem que a gente se atenha aos sentidos presentes o tempo todo...</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Tomamos banho todos os dias... mas quando é que paramos por 1 minuto que seja para sentir a água? Tocando nossa pele, a água quentinha passando sobre nós, relaxando os músculos...</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Se estivermos em uma cachoeira, provavelmente nós vamos dar conta das sensações... sentiremos a água gelada fazendo contato com nosso corpo, nos arrepiaremos, fugiremos ou nos entregaremos à ela... mas e por que não todo dia, abrindo a torneira e "experienciando" a água?</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Quando comemos algo novo e bem saboroso, também nossas pupilas gustativas se surpreendem! Mas porque no dia a dia, sim, com as comidinhas de sempre não paramos para colocar atenção?</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Estar em uma montanha pela primeira vez, sentir o vento gelado no corpo... mas porque não colocar nossa consciência naquela ventania da tarde que sempre bate nas janelas?</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Por que não tirar os sapatos em casa e tocar o chão, ou naquele canteirinho de jardim? </span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-Qxo1x6EcEUM/XiiTlaOGeLI/AAAAAAAAXek/9Hr-ulQqtWE0l2cGbgQMjpdATDyBAItYgCLcBGAsYHQ/s1600/Comece%2Bo%2Bdia%2Binspirando%2Bleveza%2521%2521%2521%2BBom%2Bdia%2521%2521%2521.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-Qxo1x6EcEUM/XiiTlaOGeLI/AAAAAAAAXek/9Hr-ulQqtWE0l2cGbgQMjpdATDyBAItYgCLcBGAsYHQ/s320/Comece%2Bo%2Bdia%2Binspirando%2Bleveza%2521%2521%2521%2BBom%2Bdia%2521%2521%2521.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Não precisa ir viajar, ir longe, perceba você mesma quantas vezes já viajou e não sentiu, não se relacionou com a vida! Tente hoje aí onde você está, sinta!</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Facilmente também deixamos as sensações por receio... porque rotulamos como algo bom e ruim. E se nós nos abrissemos para sentir s</span><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">em rotular? Se fossem somente sensações diferentes?</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">A vida é sinônimo de sensações, mas os sentidos nós é que reconhecemos!</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Texturas, paladares, visões, aromas, toques, intuições.</span><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">.. mas que tão frequentemente não percebemos, porque vamos vivendo meio enjaulados nos pensamentos, longe do momento presente, longe de um corpo, de uma relação com a vida e dos seus sentidos! </span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-4895426781613532912019-11-26T13:47:00.003-08:002019-11-26T13:47:56.850-08:00Atenção Plena na Raiva<span style="background-color: white; color: #262626; font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-size: 14px;">—Thích Nhat Hạnh</span><br />
<br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">"Quando quer que uma semente, digamos a semente da raiva, surja na nossa sala de estar e se manifeste como uma formação mental, a primeira coisa que nós podemos fazer é tocar a semente da atenção plena e convidá-la para entrar também. Agora nós temos duas formações mentais dentro da sala de estar. Isso é atenção plena na raiva. Atenção plena é sempre atenção plena em alguma coisa. Quando nós respiramos com atenção plena, isso é atenção plena na respiração. Quando nós comemos com atenção plena, isso é atenção plena no comer. Então, nesse caso, a atenção plena é atenção plena na raiva. A atenção plena reconhece e acolhe a raiva. O que quer que estejamos fazendo, seja cozinhando, varrendo, andando, respirando, nós podemos continuar gerando a energia da atenção plena, e a semente da atenção plena em nós se tornará mais forte.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;"></span><br style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;"><b>A raiva não é inimiga.</b> Ambas atenção plena e raiva são nós mesmos. A atenção plena está lá não para suprimir ou brigar contra a raiva, mas para reconhecê-la e cuidar dela – é como um irmão mais velho ajudando um irmão mais novo. Assim, a energia da raiva é reconhecida e acolhida gentilmente pela energia da atenção plena.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;"></span><br style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">Nossos blocos de dor, mágoa, raiva e desespero querem surgir na nossa consciência, na nossa sala de estar, porque eles cresceram e precisam da nossa atenção. Eles querem subir, mas nós não queremos que esses convidados indesejados subam porque eles são dolorosos. Não queremos encará-los, então enchemos a sala de convidados. Ligamos para uma amiga. Pegamos um livro. Ligamos a televisão.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;"></span><br style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;"><u>Se pudermos aprender a não ter medo dos nossos “nós de sofrimento”, começamos a deixar que eles circulem e aprendemos como acolhê-los e a transformá-los com a energia da atenção plena</u>. Reconhecemos, acolhemos e cuidamos dessas energias negativas.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;"></span><br style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;"><u>Toda vez que você dá às suas formações internas um banho de atenção plena, os blocos de dor em você se tornam mais leves. Então dê à sua raiva, ao seu desespero, ao seu medo, um banho de atenção plena todos os dias. Após alguns dias ou semanas trazendo-nas a tona diariamente e as ajudando a voltar novamente lá pra baixo, você cria uma boa circulação na sua psique.</u>"</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;"></span><br style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;" /></span>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-11011303981240509522019-11-12T06:56:00.000-08:002019-11-21T08:06:14.787-08:00Psicoaroma? Aromaterapia? Óleos Essenciais?<h3>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><u><b>Psicoaroma</b></u> ou:</span></h3>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><u>Psicoaromaterapia:</u></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><u><br /></u></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><u>Aromaterapia</u>: nome dado por <span style="background-color: white; color: #545454;">René-Maurice </span><span style="background-color: white; color: #6a6a6a;">Gattefossé em 1928, para a a terapia do uso dos óleos essenciais. </span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="background-color: white; color: #6a6a6a;">Psicoaromaterapia é portanto o uso dos óleos essenciais </span>aplicados mais especificamente às emoções, ao espectro psicológico.</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><u>Psicoaromatologia:</u></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><u><br /></u></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><u>Aromatologia</u>: nome recente, da década de 70, que cunha um espectro mais científico e farmacológico ao uso dos óleos essenciais, ampliando e especificando aplicações diversas como na agronomia, veterinária, medicina, psicologia, gastronomia, odontologia, etc</span><br />
<br />
<u><br /></u>
<br />
<h3>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><u>Aromaterapia e óleos essenciais:</u></span></h3>
<br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Há milhares de anos, os chineses, egípcios e árabes iniciaram a arte de extrair e fazer uso dos </span><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">óleos essenciais (oes).</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Mas o termo Aromaterapia só surgiria na década de 20 por René-Maurice Gattefossé, Ph.D., um químico francês. E atualmente conta com o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), como forma de tratamento que propicia harmonia entre corpo-mente.</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Óleos essenciais são pequenas gotas entre as células vegetais de folhas, flores, frutos, raízes, gramíneas, resinas. Essas gotículas agem como hormônios, reguladores e catalisadores. O aroma exalado é geralmente muito agradável, pois serve de defesa à vírus, bactérias e micróbios que somente proliferam em ambientes fétidos.</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">A Aromaterapia utiliza-se somente de óleos essenciais (100% natural e vegetal) - que permitem</span><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"> uma troca orgânica tanto em sinergia entre os elementos (composição), como na sinergia vital entre a essência e o indivíduo a ser tratado.</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Note que todo óleo essencial é uma essência, porém, nem toda essência é um óleo essencial!</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span>
<br />
<br />Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1063510219315046505.post-22080080127970143272019-11-11T09:33:00.003-08:002019-11-11T09:33:54.681-08:00Junípero<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">por Pedro Paulo Monteiro </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white; color: #134f5c;">(...)</span></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="background-color: white; color: #134f5c;">Pelo fato de o nosso corpo não ser uma máquina a produzir efeitos, baseados em suas causas, e sim uma complexidade simbólica, a aromaterapia propicia diminuir diversos sofrimentos, tais como: irritabilidade, raiva, inquietação, ansiedade, tensão de expectativa, angústia, medo, culpa, retraimento, apatia, indolência, pensamentos obsessivos que geram fadiga, melancolia, desconcentração, tristeza, depressão.</span></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="background-color: white; color: #134f5c;"><br />A aromaterapia é alquimia natural. Paracelso, por exemplo, dizia que um médico deveria aprender a linguagem da natureza para dominar a medicina. Atualmente, com o avanço da ciência tecnológica fica difícil acreditar no aroma terapêutico. As pessoas estão habituadas a pensar erroneamente somente em “problemas reais”, ou seja, problemas que possam ser analisados pelos aparelhos de medição. O que não se pode medir não significa que inexista.</span></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="background-color: white; color: #134f5c;"><br />O corpo é o palco de manifestação daquilo que somos. Ao estarmos bem, temos liberdade de expressão, caso contrário nós apresentamos movimentos bloqueados e lentificados. Tudo depende do ser e estar de cada um. Quando dizemos que estamos com raiva, não raro podemos estar inflamados. Ou quando dizemos que estamos de “saco cheio” podemos estar entupidos de secreção.</span></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="background-color: white; color: #134f5c;"><br />O corpo tem linguagem própria, recusa o pensamento lógico. Mesmo que queiramos dar coerência aos sintomas caímos na armadilha do erro. O corpo é história e, portanto, memória. Tudo está nele, e vem com ele na travessia do tempo.</span></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="background-color: white; color: #134f5c;"><br />Nesse sentido, a aromaterapia pode contribuir bastante em nossa prática. Se experimentarmos usar alguns óleos essenciais quando estivermos alongando, ou mesmo fortalecendo alguns grupos musculares, teremos efeitos no tratamento de todo o indivíduo. Por assim dizer, a relevância da aromaterapia associada à fisioterapia vai mais longe, porque trabalhamos o ser individual como um todo integral.</span></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="background-color: white; color: #134f5c;">Por exemplo, eu atendo uma senhora de 80 anos de idade que apresenta artrose de joelhos. O joelho direito já sofreu artroplastia total, e o esquerdo estava caminhando para a cirurgia. Segundo ela, fez fisioterapia “liga e desliga” durante quinze anos, o que só contribuiu para mais dor e a cirurgia como último recurso.</span></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="background-color: white; color: #134f5c;"><br />Há um mês, além das técnicas convencionais de alongamento e organização corporal, estou usando óleo de Junípero (<i>Juniperus communis</i>) para eliminar a dor e diminuir os espasmos protetores. Ela já flexiona o joelho a 90 graus, o que antes parecia impossível. A dor tem diminuído muito, e ela já consegue subir e descer escadas. Como ela diz: “estou muito mais esperançosa”. Sem dúvida, não é somente o óleo de Junípero, mas com certeza ele tem feito diferença no processo terapêutico, principalmente no que diz respeito ao tempo de recuperação.</span></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="background-color: white; color: #134f5c;"><br /><u>Pela perspectiva psicossomática podemos fazer uma leitura interessante. As articulações são nossas “encruzilhadas psicossomáticas”, a mobilidade que nos permite ir adiante. A artrose, como todos sabem, é a degeneração, a representação do desgaste temporal. Tudo o que carregamos através de nosso plano anímico-corporal. O joelho se curva, é a articulação que simboliza a humildade.</u> Não quero afirmar que ela não seja uma pessoa humilde, mas ela sempre fora uma mulher a cuidar de todos, sem ter retribuição do cuidado. Ou seja, cuidar, sem aceitar ser cuidado é uma postura de falta de humildade para consigo mesma. Durante anos ela cuidou do pai doente até a morte dele, depois veio a mãe, e ela mais uma vez exerceu o seu papel de filha cuidadora, não encontrou ninguém para estar ao lado dela, e hoje vive sozinha. Ela se condenou, carregando no corpo as dores (artrose) da recusa em curvar-se sobre si mesma e aceitar se libertar.</span></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="background-color: white; color: #134f5c;"><br /><u>O arbusto do Junípero nasce por toda a região mediterrânea, e tem propriedades purificantes e desintoxicantes. Está sempre verdejante - o símbolo do momento presente, da renovação. Assim, possui efeito de limpar o passado, renovar o presente, e permitir o caminhar em direção ao futuro.</u></span></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #134f5c;"><u style="background-color: white;"><br /></u><span style="background-color: #f3f3f3;">A dor é sempre resistência, recusa do fluxo da vida, imolação. O corpo serve de referência para entendermos que algo precisa ser modificado, porque ele é uma estrutura dinâmica.</span><br /><span style="background-color: white;">Portanto, ela está conseguindo abandonar o passado e seguir adiante, rumo a novas descobertas. Não há idade certa para fazer ou deixar de fazer qualquer coisa. O tempo é agora.</span><br /><span style="background-color: white;">Tudo começa onde estamos. Somos poesia porque somos autoconstrução contínua.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #134f5c;"><br /><span style="background-color: white;">Para finalizar, eu acredito na poesia do corpo, e como está escrito no livro Quem Somos Nós? O Enigma Do Corpo:</span><br /><br /><span style="background-color: white;">“A poesia utiliza-se de uma linguagem metafórica que tem ritmo, pulsação. Do mesmo modo, o corpo humano existe porque tem ritmo e pulsação sustentados por campos eletromagnéticos. Sabemos que a matéria é constituída por partículas minúsculas em um vasto vazio do espaço, unidas por campos elétricos. Em síntese, o corpo é plástico porque é energia em ação.” (Monteiro, 2004:14)</span></span></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #134f5c;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #134f5c;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #134f5c;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></span>Milene Siqueirahttp://www.blogger.com/profile/05908540137665279989noreply@blogger.com0